3 crimes que abalaram os Estados Unidos durante o Dia das Bruxas

15/10/2019 às 17:004 min de leitura

Gostosuras ou travessuras?

Nem para todo mundo o famoso Dia das Bruxas — ou Halloween — é sinônimo de gostosuras, fantasias engraçadas e sustos infantis. Para alguns, a noite é doentia e, em casos como esses abaixo, acabaram em crimes sanguinários. Seja numa rua escura, por detrás da porta fechada de uma casa, num galpão ou qualquer outro lugar da cidade. Vestido de Jason ou apenas de cidadão comum. Com arma branca ou de fogo...

“Eu achei que era uma pegadinha de Halloween”

(Fonte: Sandusky Register/Reprodução)

 

Foi a primeira coisa que o jovem de 16 anos chamado Devon Griffin disse ao delegado naquela manhã do dia 31 de outubro de 2010. O garoto havia voltado para a sua casa no Michigan depois de cantar no coral da igreja. Ao chegar, foi direto para o seu quarto e ficou jogando vídeo game até por volta de 13h30 da tarde, que foi quando percebeu a falta de movimentação pela casa, principalmente por parte de sua mãe, Susan Liske, que costumava já estar em pé naquele horário.

Curioso, ele seguiu até o quarto de seus pais para encontrá-los ainda na cama e com os cobertores puxados por cima de suas cabeças. Foi conversando com a mãe, cuja perna pendia para fora da cama, na tentativa de despertá-la aos poucos, muito embora não obtivesse nenhuma resposta.

Até que resolveu puxar o lençol e se deparou com a mulher afogada de cara numa poça de seu próprio sangue. Por um instante, Devon considerou ser uma pegadinha, pois os pais costumavam ser espirituosos com relação a brincadeiras no Halloween. No entanto, ele acabou percebendo que de fato a mãe estava morta, assassinada friamente.

Susan havia sido violentamente estuprada e levado três tiros de seu assassino. Ao lado dela, deitava-se o corpo do padrasto de Devon, William Liske, com cinco tiros à queima roupa. No outro quarto, Derek Griffin, na época com 23 anos, fruto do relacionamento anterior de Susan, havia sido esquartejado por múltiplas machadadas e tivera os órgãos espalhados pelo cômodo.

(Fonte: Daily Mail/Reprodução)

 

Descobriram que o assassino era William Liske Jr., que mantinha um longo histórico de problemas mentais, como esquizofrenia, e quadros de violência descomunal. A chacina aconteceu apenas um dia depois de ele e o pai saírem para caçar e beber.

William Liske Jr se declarou culpado pelo homicídio triplamente qualificado e foi condenado à pena de morte. “Eu amava muito meu pai, e isso me deixa enojado de mim mesmo toda vez que lembro o que fiz”, o garoto confessou à corte.

Em 2015, ele cometeu suicídio em sua cela.

 

Os Assassinos da caixa de ferramentas

(Fonte: ThoughtCo/Reprodução)

 

Ou em inglês “The Toolbox Killers”, como ficou conhecida a dupla de criminosos que sequestrava somente mulheres, fez a sua quinta e última vítima no Dia das Bruxas de 1979. Com dezesseis anos de idade, Shirley Ledford esperava uma carona para casa num posto de gasolina no subúrbio de Los Angeles, depois de uma festa. Uma van branca parou e ela reconheceu Lawrence Bittaker, que estava ao volante com Roy Norris no banco do passageiro, de seu último trabalho como garçonete no verão.

Instantes depois de aceitar a carona, Lawrence dirigiu até uma área isolada onde, com a ajuda de Roy, amarrarou e amordaçou Shirley com fita adesiva. Os dois revezaram tanto a condução do veículo quanto os episódios de estupros seguidos na garota. Shirley foi atingida com uma marretada, teve os seus genitais e reto rasgados com um alicate. Depois de toda a sessão de tortura, Roy Norris estrangulou-a com um cabide e os dois abandonaram o corpo dela com as pernas abertas, em seu ato final de misoginia e degradação, em um terreno gramado. Ela foi encontrada por um corredor.

(Fonte: Crime Magazine/Reprodução)

 

Uma fita de dezoito minutos de gravação foi descoberta na van dos assassinos com os pedidos de socorro em pura agonia de Shirley Ledford durante todo o atentado, capturando, inclusive, os incentivos de Lawrence Bittaker, como: “Grite, querida. Grite!”. O caso ganhou repercussão nacional e outros ataques da dupla foram costurados até esse último, apelidando-os como “Os Assassinos da caixa de ferramentas”.

Jimmy Dalton, um preso que Roy Norris visitava com frequência, divulgou às autoridades detalhes dos crimes cometidos pelo homem, possibilitando que a polícia descobrisse onde estavam os outros corpos.

Lawrence Bittaker foi condenado à pena de morte depois de negar o seu envolvimento em tudo. Roy Norris, por outro lado, cooperou com a investigação, nomeou Lawrence como o grande orquestrador, declarou-se culpado das acusações e foi condenado a 45 anos de prisão.

O assassinato de Shirley Ledford foi abordado durante um dos episódios da série "Mindhunter", da Netflix.

 

O Homem que destruiu o Halloween

(Fonte: Me Time For The Mind/Reprodução)

 

Em 1974, a cultura das crianças saírem para coletar doces de porta em porta estava prestes a mudar para sempre. Depois de um dia todo de doces e travessuras, Timothy O’Bryan, de 8 anos, comeu o seu último doce do dia dado pelo seu pai, Ronald: a famosa bala em pó Pixy Stix. Instantes depois, o garotinho começou a sentir dores estomacais, a vomitar, teve uma crise de convulsão e morreu a caminho do hospital.

A causa da morte foi envenenamento por cianureto de potássio, numa quantidade o suficiente para matar dois adultos de uma vez. A pequena cidade Deer Park, no Texas, entrou em pânico com a notícia. Todos começaram a investigar os doces de seus filhos, imaginando que um estranho tivesse os batizados, mas acabaram descobrindo que tudo não passava de um plano do próprio pai de Timothy.

(Fonte: The Midnight Society/Reprodução)

 

Ronald tinha uma dívida de 100 mil dólares e apólices de seguro de vida de seus filhos em valores altíssimos. Ele havia dado também balas envenenadas para a sua filha e outras três crianças na tentativa de apagar os rastros de seu crime. Felizmente elas não chegaram a ingerir o doce.

Apesar de tudo, a partir desse caso, as autoridades norte-americanas abriram políticas públicas a respeito da coleta de doces, e campanhas em nível nacional foram espalhadas para que os pais checassem os baldes de doces de seus filhos antes que eles os comessem.

Apelidado de “O Homem dos doces” ou “O Homem que destruiu o Halloween”, Ronald foi condenado à morte e executado em 1984.

 

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