Radiação no Brasil no inverno é igual à da Europa no verão

02/05/2016 às 05:532 min de leitura

O Brasil é o segundo mercado em proteção solar no mundo. Pesquisa realizada em 23 países sobre os hábitos de proteção da pele revelou que a população está bem informada sobre o assunto, pois 94% dos entrevistados já sabiam os riscos da exposição ao sol sem proteção, enquanto o índice global é de 88%.

Entretanto, em 2014, apenas 66% das brasileiras declararam ter usado protetor solar no rosto alguma vez, ao longo de um ano (em 2010 eram 45%) e 30% delas o fez em média quatro vezes por semana. Ou seja, embora haja um grande conhecimento dos riscos a que está exposta a pele sem proteção solar, fatores como a cultura ao bronzeado, entre outros, ainda são desafios a serem vencidos em favor da saúde.

Essas informações e os resultados de um Estudo Meteorotrópico realizado no Rio de Janeiro pela Pesquisa e Inovação da L’Oréal Brasil, em parceira com Pesquisadores da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI-MG), foram divulgadas no 1º Fórum de Proteção da Pele “Além do FPS”, realizado pela multinacional francesa no Museu do Amanhã.

A pesquisa mediu diversos parâmetros meteorológicos e ambientais para avaliar os seus impactos sobre a saúde humana. Para isso, os cientistas simularam a rotina de um morador da capital fluminense ou de um turista que visita a cidade, e avaliaram a dose acumulada de radiação recebida, comparando-a com a dose necessária de proteção solar para o cuidado adequado da saúde.

“A região sudeste encontra-se numa latitude de 23 graus e o planeta encontra-se numa angulação equivalente em relação ao sol. Por isso, durante o verão o caminho que a radiação atravessa na atmosfera é mais curto e, consequentemente, a incidência solar na região é maior do que em outras partes do mundo”, explica o Prof. Dr. Marcelo Corrêa, professor da UNIFEI e um dos condutores do trabalho.

Para realizar a pesquisa, os cientistas utilizaram bicicletas equipadas com equipamentos especiais, que percorreram diferentes regiões da capital fluminense, em agosto de 2015, coletando os dados. “Assim, estudamos as doses acumuladas de radiação que um indivíduo recebe ao desempenhar atividades externas, associadas ao índice de poluição urbana e de ruídos a que ele está exposto, que também prejudicam sua saúde”, explica Corrêa.

A partir das informações coletadas chegou-se a concluir que durante o inverno, a radiação registrada no Brasil é comparável à que atinge a Europa durante o seu verão, por exemplo. Com uma intensidade tão forte, é preciso aumentar os cuidados com a proteção, independentemente do tipo de pele, pois o trabalho revelou também que até mesmo as mais escuras, quando expostas ao sol por cerca de 2 horas sem proteção, podem atingir a dose necessária para gerar uma queimadura (vermelhidão).

O Brasil é um dos recordistas mundiais em relação a casos de câncer de pele, que correspondem a 25% de todos os tipos de câncer. “Apesar desse alto índice, 36% das brasileiras pensam que é seguro se expor ao sol sem proteção”, afirma Ana Teixeira, diretora de Consumer & Market Insights na L’Oréal Pesquisa & Inovação Brasil. Mesmo conhecendo os riscos e malefícios da falta de cuidado, entre as expectativas das consumidoras em relação aos protetores solares, apenas duas têm relação com a saúde: ser eficaz na proteção contra o sol e resistência à água e ao suor. As outras estão relacionadas às questões de beleza e cosmética, como rápida absorção, perfume e consistência agradáveis e toque seco.

Via assessoria

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