O que a música faz com seu cérebro quando você está trabalhando

17/07/2017 às 02:002 min de leitura

Aqui no escritório da NZN em Curitiba não é nada difícil encontrar redatores, designers, programadores, ilustradores, coordenadores e basicamente todo mundo que trabalha na empresa com fones de ouvido. Escutar música durante o trabalho, além de ser um prazer, pode nos salvar em termos de concentração, já que as musiquinhas escolhidas ajudam a abafar o barulho ao redor – eu, por exemplo, estou há dias ouvindo Chet Faker (recomendo).

No meu caso, Chet Faker me parece algo calmo o suficiente para que eu me concentre e consiga ler e escrever sem grandes interrupções. Em outros momentos, no entanto, recorro a músicas diferentes e escuto de Seven Lions a Yamandu Costa. No fundo, eu já tinha percebido, mas ainda não tinha entendido: músicas diferentes afetam nosso cérebro de maneiras diferentes, e a galera do Inc me ajudou a entender isso um pouco melhor. Entenda você também:

1 – Para estudar

Quando está aprendendo algo novo, seu cérebro precisa analisar e memorizar novos dados. Ao ouvir músicas, seu órgão pensante processa informações sonoras e acaba colocando essa tarefa acima da anterior, que é a de aprender algo novo. Essa trabalheira desencadeada pela música atrapalha o estudo e você pode acabar entendendo tudo errado. O ideal, quando estamos estudando, é não ouvir música ou, pelo menos, escolher as versões instrumentais.

2 – Para não se incomodar com um ambiente barulhento

Se você trabalha ou estuda em um ambiente com muito barulho e movimentação, a música pode ajudar a diminuir os efeitos de tanta algazarra. É difícil se concentrar em locais com muita movimentação porque ficamos o tempo todo tentando entender, ainda que inconscientemente, as conversas e as interferências sonoras que acontecem à nossa volta, de maneira geral.

O barulho excessivo aumenta os níveis do hormônio do estresse, o cortisol, e diminui os níveis de dopamina. Essas duas alterações químicas já afetam o funcionamento do córtex pré-frontal, prejudicando nossa produtividade. Nesses casos, a música realmente ajuda. Ouça sem medo.

3 – Se seu trabalho é repetitivo

Ouvir música se você faz um trabalho repetitivo realmente faz com que seu desempenho melhore e você cometa menos erros. Isso tem a ver com o fato de que as músicas de que gostamos fazem com que nosso cérebro libere neurotransmissores como a dopamina, que nos dá a sensação de bem-estar (obrigada, Chet Faker).

Essa lógica vale mesmo para trabalhos complexos – cirurgiões frequentemente ouvem música clássica enquanto operam seus pacientes. A música, além de nos deixar mais felizes, melhora também nossa interação com os colegas de trabalho, afinal somos mais legais e educados quando estamos felizes.

4 – Melhor deixar para conhecer músicas novas em casa

Tarefa impossível para mim, mas meu trabalho aqui é repassar o que aprendi. Ao que tudo indica, nosso corpo fica eufórico quando ouvimos aquele álbum novo de um dos nossos artistas favoritos – quem nunca tinha percebido isso? O problema é que quando estamos no trabalho precisamos nos concentrar, e se tudo o que você faz é se deleitar com a música nova de uma das suas bandas favoritas, a concentração despenca.

5 – O segredo é fazer playlists

Não tenha medo de ouvir música durante o trabalho e agradeça se isso for possível. Em termos de concentração, especialmente para quem trabalha com processos linguísticos, o ideal é montar uma playlist de músicas já conhecidas por você – isso evita que você fique prestando atenção demais às letras ou tentando traduzir versos. Se você tem dificuldades para se concentrar, não se esqueça da dica do dia e aposte em versões instrumentais.

*Publicado em 22/07/2016

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