Você sabia que as plantas também tomam decisões?

31/08/2016 às 00:562 min de leitura

Sim, por estranho que pareça, as plantas realmente tomam decisões no seu dia a dia. Costumamos associar escolhas, pensamento e inteligência com o cérebro e, por isso, podemos achar que os vegetais e os animais mais simples são seres inferiores. Porém, alguns cientistas pensam diferente. Stefano Mancuso é um deles e afirma que “a visão atual de inteligência – como o produto do cérebro, assim como a urina é dos rins – é uma enorme simplificação”. Um cérebro sem um corpo não é capaz de produzir nada de inteligente.

Charles Darwin, que estudou as plantas por décadas, já dizia que de alguma forma elas são conscientes e se movimentam ou respondem a diferentes estímulos. Claro que a forma como as plantas lidam com seus problemas é bem diferente dos animais, mas elas também tomam decisões interessantes.

Para suprir suas necessidades energéticas, as plantas podem se virar em direção ao sol ou ao menos crescer para onde tem mais luz, são capazes de atrair ou repelir animais através das moléculas químicas que produzem, suas raízes procuram melhores lugares para obter água e evitar salinidade e alguns estudos mostraram até que elas possuem mais sentidos que nós humanos.

Resumindo, as plantas estão a todo tempo analisando o ambiente, administrando seus recursos e calculando riscos para continuar vivas.

Como é possível decidir sem um cérebro?

Ainda há muito a se descobrir, mas Stefano Mancuso aposta nas pontas das raízes como responsáveis. Ali estão diversos sensores que percebem informações do ambiente e as analisa, como se fossem verdadeiros computadores. Além disso, pesquisadores examinaram essas partes das plantas e identificaram sinais muito semelhantes aos dos neurônios dos animais, além de essas serem as únicas partes das plantas em que já foi observada atividade elétrica sincronizada.

A vantagem aqui é que em vez de concentrarem tudo em único órgão como o cérebro, as plantas utilizam as raízes, que se conectam como a internet, para processar a informação. Para os cientistas, conectar e compartilhar informações dessa forma é vantajoso e aumenta as chances de sobrevivência, pois mesmo que o vegetal perca grande parte de suas raízes, ainda é capaz de analisar o ambiente e “pensar” no próximo passo.

* Esta matéria foi escrita pelo leitor Marcus Vinicius Cattem

Fonte

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