Polêmica: universitárias buscam ricaços dispostos a bancar seus estudos

31/05/2016 às 11:343 min de leitura

Talvez você não esteja muito familiarizado com o sistema universitário dos EUA. Basicamente, os estudantes que ingressam nas faculdades devem pagar taxas anuais, além de cobrir gastos com aluguel, alimentação, transporte etc. Ademais, quanto mais prestigiosa for a instituição de ensino, mais alto é o custo para os universitários — e o mais comum é que, ao se formar, eles herdem uma enorme e assustadora dívida, inclusive os que ganham bolsas de estudos.

Pois, de acordo com Sarah Skidmore Sell, do portal The Inquirer, esse tipo de situação deu origem a uma “saída” um tanto quanto controversa. Diversas jovens passaram a recorrer a sites de relacionamentos voltados para a busca de ricaços dispostos a bancar seus estudos; em troca, as universitárias oferecem companhia e sexo casual.

Patrocínio

Sarah conversou com uma dessas universitárias, que acabou de se formar em Direito e pediu para não ser identificada. Quando ingressou na universidade, a estudante se deparou com custos anuais na ordem dos US$ 50 mil (perto de R$ 180 mil), isso depois de ganhar uma bolsa de estudos. Então, a estudante decidiu fazer uso dos sites para descolar um “patrocínio” — e está cursando a faculdade sem dever um único tostão.

Segundo a universitária — que contou com o apoio de diversos patrocinadores para financiar os últimos três anos de estudo —, os sites são um excelente recurso para jovens que desejam se formar sem se preocupar com ter que trabalhar vários anos para pagar suas dívidas.

Por outro lado, apesar de essas “ferramentas” estarem ganhando popularidade entre as universitárias norte-americanas — e de outras partes do mundo também —, a prática vem ganhando muitos críticos. Há quem acredite que, em vez de se cadastrar nos sites para encontrar apoio financeiro, o que acontece é que muitas jovens acabam se expondo ao risco e sendo exploradas em um momento de vulnerabilidade.

Polêmica

Não é de hoje que muitas jovens recorrem a atividades relacionadas ao sexo — como trabalhar em casas noturnas, atuar como “cam girls” e até se dedicar à prostituição mesmo — para pagar os estudos. Entretanto, as buscas de patrocinadores por meio de sites especializados são um fenômeno relativamente novo.

A maioria não tem como custear os estudos

Para Ron Weitzer, um especialista em criminologia e indústria do sexo e professor de Sociologia da Universidade George Washington, o que essas moças fazem pode ser classificado como uma espécie de prostituição “light”. A diferença é que, no caso dos sites, os acordos entre universitárias e interessados são muito mais vagos do que na prostituição — onde questões como o custo e o que esse custo inclui normalmente é combinado antes do ato.

Afinal, os “tratos” envolvem a expectativa de ganho material por parte das estudantes, mas nem sempre as condições — ou seja, se haverá sexo em troca de dinheiro — são expostas abertamente. Porém, para outros especialistas, o que os sites estão fazendo é permitir que as transações entre garotas e clientes se tornem muito mais fáceis e eficientes.

Prostituição light?

Voltando à universitária, ela contou que selecionou os seus patrocinadores entre muitos candidatos potenciais. Segundo disse, o homem que está bancando seus estudos atualmente se tornou um de seus melhores amigos, e os dois têm uma relação de respeito mútuo.

Boa parte dos estudantes sai da universidade atolada em dívidas

Outra estudante — que também não quis revelar sua identidade — contou que, embora ela tivesse uma bolsa de estudos que cobria quase todos os custos da universidade (ela estuda na prestigiosa Universidade de Columbia, em Nova York), a moça tinha que compartilhar um apartamento com outra pessoa e se dividir entre vários empregos para cobrir os demais custos.

Então, quando seu desempenho acadêmico começou a sofrer, essa jovem decidiu apelar para os sites. Ela encontrou dois patrocinadores: um que ela encontra ocasionalmente e outro que se tornou uma espécie de namorado fixo. Esse segundo cara dá a ela uma mesada e paga seu aluguel.

Ajuda financeira alternativa

Bem, talvez os números a seguir ajudem a esclarecer o motivo de as estudantes terem decidido buscar ajuda nos sites de relacionamentos: os recém-formados norte-americanos “herdam”, em média, dívidas de US$ 75 mil (perto de R$ 270 mil) ao terminar os estudos — isso quando não se trata de uma carreira mais longa, quando, então, os valores podem ser ainda mais altos.

No caso de quem consegue uma bolsa de estudos, embora as mensalidades sejam — parcialmente ou totalmente — cobertas, ainda existem outros custos, e só em aluguéis, os gastos podem chegar a US$ 2 mil (cerca de R$ 7 mil) por mês.

O serviço é oferecido para homens e mulheres

De acordo com Sarah, do The Inquirer, um dos sites que oferecem o serviço de conectar universitárias e patrocinadores cobra uma taxa mensal de US$ 30 (ou pouco mais de R$ 100) das estudantes e disponibiliza planos de US$ 70 a US$ 180 (entre R$ 250 e R$ 640, respectivamente) aos interessados.

O site atende pessoas do mundo inteiro e, de 2010 até 2016, viu o número de pessoas cadastradas saltar de 79,4 mil para 1,9 milhão — sendo que um terço dos inscritos são estudantes. A companhia também oferece o mesmo serviço para universitários do sexo masculino que estejam em busca de patrocinadoras, mas revelou que a procura por esse tipo de transação é bem menor. E você, caro leitor, o que acha dessa solução inusitada?

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