Quem assiste a vídeos pornôs com frequência pode se tornar mais religioso

25/07/2016 às 11:592 min de leitura

Você é daquelas pessoas que assiste a vídeos pornográficos “religiosamente”? Apesar de o termo entre aspas estar sendo usado no sentido metafórico na frase anterior, uma nova pesquisa mostra que quem tem o hábito de ver filmes pornôs mais de 1 vez por semana também tem mais probabilidade de se tornar uma pessoa religiosa.

O pesquisador Samuel Perry analisou os hábitos de mais de 1,3 mil estadunidenses durante 6 anos para entender como a pornografia afeta a religiosidade com o passar dos anos. “Aqueles que acessaram pornografia com maior frequência pareciam ser mais religiosos em termos de frequência de oração e adoração do que aqueles que usaram a pornografia em níveis mais moderados”, explica Perry.

Nos dados coletados, quem assistia a conteúdos eróticos mais de uma vez por semana em 2006 se tornou mais religioso em 2012, se comparado com pessoas que alegavam consumir esse tipo de conteúdo com menor frequência, como 1 ou 2 vezes por mês. Os pesquisadores acreditam que isso possa ter a ver com algum sentimento de culpa ao consumir pornografia, a ser “compensada” com orações.

Sentimento de culpa ao assistir a vídeos pornográficos pode ser o responsável por elevar a taxa de religiosidade em quem consome esse tipo de conteúdo com frequência elevada

Moralidade versus pornografia

A pesquisa inusitada foi publicada no Journal of Sex Research e também trouxe a revelação de que quem nunca assistiu a filmes pornográficos eram pessoas mais piedosas e mais seguras da própria fé. Quem consome esse conteúdo mais esporadicamente também é mais propenso a largar as crenças religiosas e parar de rezar – ao contrário de quem é consumidor assíduo desse material.

“Para os norte-americanos religiosos, o consumo de pornografia está em desacordo com a sua visão da moralidade sexual. Este é um enorme problema moral para essas pessoas, especialmente quando elas a estão consumindo de forma consistente”, explica o doutor Perry. Ele também acredita que o excesso de pornografia pode ser encarado da mesma forma que o “consumo” exagerado da religião, por isso ambos acabam se aproximando.

Outra teoria é que pessoas que assistem a pornografia diariamente não sentem nenhuma culpa no sentido religioso – e, justamente por isso, conseguem exercer sua fé e sua libido de formas independentes. Samuel Perry salienta que sua pesquisa não quer dizer que pessoas religiosas consomem mais pornografia, apenas que pessoas que consomem esse material podem ser mais ligadas à fé do que podíamos imaginar.

Algumas pessoas poderiam exercer tanto a fé quanto a prática de ver filmes pornôs de maneira desassociada uma do outra

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