5 coisas relevantes que a União Soviética teria deixado para o mundo

01/11/2017 às 03:003 min de leitura

A União Soviética foi um conjunto de unidades administrativas de governo e economia extremamente centralizados que tem suas raízes na Revolução Russa de 1917, quando os Bolcheviques, liderados por Vladimir Lenin, derrubaram o governo provisório que substituiu o último czar, Nicolau II. Em 1922, a União Soviética foi oficialmente fundada tendo a antiga Rússia como centro e uma série de países ao seu redor anexados ao bloco.

De 1922 até 1991, a União Soviética foi uma das maiores potências do planeta, tendo vencido a Segunda Guerra Mundial e polarizado o mundo em oposição aos Estados Unidos durante a Guerra Fria. Ideologicamente, a União Soviética causou muita polêmica, com apoiadores e opositores de todos os tipos. Independentemente disso, o site ListVerse considera que o bloco foi o berço de muitas criações que trouxeram benefícios para a humanidade como um todo.

A seguir, confira uma lista com cinco coisas relevantes que, segundo o ListVerse, a União Soviética deixou para o mundo.

1. Mulheres politicamente ativas

Enquanto o mundo ocidental relegava mulheres a realizarem tarefas domésticas e afazeres relacionados aos cuidados da família, a União Soviética mantinha direitos iguais de emprego garantidos por lei para homens e mulheres. De acordo com o guia de pesquisa histórica da Universidade de Boston, tarefas ditas “masculinas” eram realizadas normalmente pelo sexo feminino no bloco soviético, com todos os benefícios e pagamentos idênticos.

Já na política, cerca de 600 mulheres ocupavam cargos similares ao de prefeita durante a década de 1920, enquanto em alguns países ocidentais elas não tinham nem direito ao voto. Isso influenciou muito os movimentos sufragistas do século 20 no mundo todo.

Marcha das Mulheres na Revolução de Russa de 1917

2. Primeiro país europeu a apoiar direitos reprodutivos

Em 1920, a União Soviética foi o primeiro país da Europa a legalizar completamente o aborto, dando às mulheres direitos sobre seu corpo e o poder de escolha sobre a reprodução. Apenas em 1936 outra nação, a Islândia, também aprovou essa permissão. Essas informações foram levantadas pelo estudo "Abortion, Contraception, and Population Policy in the Soviet Union", de David M. Heer.

Após o procedimento ter sido proibido em 1936 pelo baixo crescimento populacional, ele voltou a ser permitido em 1955, mas apenas para casos em que a mãe corria risco de morte.

Pôster soviético sobre o aborto

3. Apoio ostensivo ao anticolonialismo

Parte da estratégia Soviética foi uma rejeição estrita ao colonialismo ocidental. O bloco chegou a ajudar países subdesenvolvidos com dinheiro e armamento para se defenderem, especialmente nações africanas, de acordo com o ensaio "The Soviet Union and the Third World", de Mark N. Katz. Durante o processo de independência da Índia, colonizada pelo Reino Unido, o apoio da União Soviética foi crucial para que os indianos continuassem independentes depois da saída dos ingleses.

Selos soviéticos comemorando a "amizade" entre União Soviética e Índia

4. Educação gratuita

O desenvolvimento da educação na União Soviética sempre foi prioridade para o Estado, especialmente no desenvolvimento de áreas como a engenharia e as ciências. A lei soviética garantia educação de qualidade e gratuita para todos os cidadãos, incluindo os níveis superiores, como graduação e pós-graduação. Isso englobava não só as aulas, mas todos os gastos envolvendo o processo de estudo, como livros didáticos e material escolar.

Segundo a obra "A Geography of Russia and its Neighbors", do geógrafo Mikhail S. Blinnikov, isso teria beneficiado muito os países que formavam o bloco, como a Bielorrússia, que não possuía nenhuma universidade antes da formação da União Soviética e, após 1991, contava com mais de 22 instituições de ensino superior.

Pôster para estimular os jovens a frequentarem o sistema de educação soviético com a inscrição: "Para se ter mais, deve-se produzir mais. para produzir mais, deve-se saber mais"

5. Estrito controle de drogas

Considerado uma decadência causada pelo capitalismo, o uso de drogas foi extremamente combatido na União Soviética, especialmente os derivados do ópio, muito populares no mundo ocidental no começo do século 20. O número de usuários de drogas era extremamente baixo e os poucos que conseguiam entorpecentes o faziam através de ciganos que contrabandeavam os produtos para dentro do bloco. Todas essas informações foram adquiridas em um arquivo da própria CIA, a agência de inteligência americana, chamado "The USSR and Illicit Drugs: Facing Up to the Problem".

Com o fim da União Soviética, as drogas voltaram para os países que a formavam, inicialmente através dos soldados que lutaram no Afeganistão no fim dos anos 1980, e acabaram se tornando um dos maiores problemas sociais da Rússia de hoje em dia.

*Publicado em 19/02/2016

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