Exercícios prolongam sua vida mesmo se você fizer menos que o recomendado

10/04/2015 às 05:502 min de leitura

Que a prática de exercícios fortalece a saúde e provavelmente nos ajuda a viver por mais tempo, todo mundo já ouviu falar. Agora, um novo estudo feito por um grupo de cientistas dos Estados Unidos revelou que, embora as pessoas que praticam menos atividades físicas do que o recomendado já recebam alguns benefícios se comparadas às totalmente sedentárias, os atletas que fazem muito mais do que o necessário não têm benefícios muito maiores por isso.

As orientações habituais dos médicos indicam que é aconselhável praticar ao menos 150 minutos de exercícios moderados por semana, ou então 75 minutos de atividades intensas. De acordo com a nova pesquisa, aqueles que costumam praticar um pouco de exercícios, mas não o suficiente para atingir esses valores mínimos, já possuem 20% menos chance de morrer durante um período de 14 anos do que aqueles que simplesmente não fazem nada.

Já as pessoas que costumam praticar o nível recomendado de exercícios recebem benefícios ainda maiores, com uma chance de óbito 31% menor do que a dos sedentários. Ainda assim, fazer mais do que o necessário não aumenta muito esse números, com o valor máximo de 39% sendo visto naqueles que fazem entre três e cinco vezes o mínimo apropriado. Fazer mais do que isso não traz vantagens adicionais para a expectativa de vida.

A boa notícia para os maratonistas e triatletas, no entanto, é que fazer até 10 vezes mais exercícios do que o mínimo recomendado pelos médicos também não significa que eles sofrerão danos ou riscos maiores à sua saúde. Estudos anteriores haviam sugerido que pessoas que fazem treinamentos extremos de resistência poderiam ter mais chance de desenvolver problemas cardíacos.

Boas notícias para todos

Para a realização do estudo, os cientistas analisaram informações sobre mais de 660 mil norte-americanos e suecos com idades entre 21 e 98 anos. Durante outras pesquisas realizadas nas décadas de 1990 e 2000, os entrevistados responderam questionários a respeito da quantidade de tempo que gastavam fazendo atividades físicas, como caminhada, corrida, natação e ciclismo.

“As conclusões são informativas para indivíduos nos dois extremos do espectro de atividades físicas: elas fornecem evidências importantes para pessoas inativas ao mostrá-las que quantidades modestas de exercício resultam em benefícios significativos para adiar a mortalidade. Além disso, também garantem aos mais ativos que o esforço não causa aumento nos riscos de morte”, afirmaram os pesquisadores do Instituto Nacional de Câncer dos EUA.

De acordo com Todd Manini, do Departamento de Pesquisa sobre Envelhecimento e Geriatria da Universidade da Flórida, as pessoas com maior probabilidade de se beneficiarem com o aumento da quantidade de exercícios são os sedentários. “Muitas das reduções de mortalidade foram observadas em pessoas que estavam apenas a um passo de não fazer atividade física alguma em seu tempo livre”, afirmou.

Fatos reforçados

Outro estudo, divulgado por pesquisadores australianos, parece reforçar os achados nos norte-americanos. Segundo o trabalho, pessoas que praticaram atividades vigorosas (como corrida ou exercícios aeróbicos) tinham entre 9% e 13% menos probabilidade de morrer em um período de 6 anos do que aquelas que fazem exercícios mais leves (como natação suave ou tarefas domésticas). Ainda assim, pouca atividade traz mais vantagens do que nenhuma.

Por mais que os benefícios dos exercícios sejam confirmados, vale sempre lembrar que há algumas ressalvas. Pessoas que sofrem de condições médicas debilitantes, adultos com idade mais avançada e aqueles que nunca fizeram atividades vigorosas devem fazer exames médicos antes de dar início a práticas vigorosas.

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