Imagem de O atentado ao Taj Mahal Palace e o que ele revelou ao mundo sobre seus funcionários no megacurioso

O atentado terrorista ao hotel de luxo na Índia em 2008 também chamou atenção do mundo sobre a conduta dos funcionários com os hóspedes

Tamb&eacute;m conhecido como &ldquo;diamante &agrave; beira-mar&rdquo;, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104364-taj-mahal-confira-5-curiosidades-sobre-o-mausoleu.htm" target="_blank" rel="sponsored">Taj Mahal</a> Palace foi fundado em 1898 por Jamshedji Tata, ent&atilde;o magnata indiano pioneiro da ind&uacute;stria moderna e dono do Grupo Tata &mdash; que se tornou o maior conglomerado empresarial da hist&oacute;ria da &Iacute;ndia.
H&aacute; algumas hist&oacute;rias conflitantes sobre os motivos que inspiraram Tata a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120720-quando-o-imperador-shah-jahan-quis-construir-um-taj-mahal-preto.htm" target="_blank" rel="sponsored">construir o magnificente</a> hotel. Alguns dizem que a ideia surgiu ap&oacute;s ele ter sua entrada recusada no Watson&rsquo;s Hotel, que era restrito apenas a brancos. A &Iacute;ndia ficou 89 anos sob <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128800-exonimos-porque-grecia-india-e-outros-paises-tem-nomes-diferentes.htm" target="_blank" rel="sponsored">dom&iacute;nio brit&acirc;nico</a>, de 1858 a 1947, e os indianos n&atilde;o s&oacute; sofreram com discrimina&ccedil;&otilde;es em seu pr&oacute;prio pa&iacute;s como tamb&eacute;m em outros. Muitos hot&eacute;is pela Europa negavam a entrada de indianos porque os consideravam como c&atilde;es de rua: "sujos, portadores de doen&ccedil;as e feios".
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128336-por-que-o-ganges-e-um-dos-rios-mais-poluidos-do-mundo.htm" target="_blank" rel="sponsored">Por que o Ganges &eacute; um dos rios mais polu&iacute;dos do mundo?</a></li>
</ul>
Por outro lado, h&aacute; anos essa hist&oacute;ria &eacute; contestada por comentaristas e historiadores. Segundo eles, Tata construiu o grande hotel para presentear o povo com uma experi&ecirc;ncia "digna de Mumbai", e como forma de reafirmar as ra&iacute;zes raciais, apesar de o eurocentrismo tentar apag&aacute;-las.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/08/08152736483311.jpg" alt="Jamshedji Tata. (Fonte: Tata Group/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Jamshedji Tata. (Fonte: Tata Group/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Seja como for, em 16 de dezembro de 1902, o hotel abriu seus imensos port&otilde;es para os h&oacute;spedes conhecerem pela primeira vez suas depend&ecirc;ncias. Com seus 560 quartos e 44 su&iacute;tes, empregando atualmente cerca de 1.600 funcion&aacute;rios, o hotel est&aacute; localizado em Colaba, ao lado do Portal da &Iacute;ndia. Ele era a primeira vis&atilde;o para navios que ancoravam no porto de Mumbai antes da constru&ccedil;&atilde;o do Portal, se tornando o primeiro edif&iacute;cio da cidade a ser iluminado por eletricidade.
As revolu&ccedil;&otilde;es arquitet&ocirc;nicas e hist&oacute;ricas que o edif&iacute;cio proporcionou &agrave; &Iacute;ndia poderiam ser sua &uacute;nica mem&oacute;ria, mas n&atilde;o foi o que aconteceu. Essa &eacute; a hist&oacute;ria do atentado terrorista ao Taj Mahal Palace e o que ele revelou ao mundo sobre a conduta dos seus funcion&aacute;rios.
<h2>Os primeiros disparos</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/22/22123121199164.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
&Agrave;s 21h38 do dia 26 de novembro de 2008, muitas coisas aconteciam ao mesmo tempo no Taj Mahal Palace. Na sala de banquetes do segundo andar do hotel, o presidente e o CEO do bra&ccedil;o indiano da empresa Unilever, Harish Manwani e Nitin Paranjpe, estavam reunidos com alguns diretores e executivos seniores para dar as boas-vindas a Paul Polmna, o novo CEO eleito. Al&eacute;m disso, acontecia um casamento em um dos p&aacute;tios.
O Taj havia alocado cerca de 35 dos seus funcion&aacute;rios para administrar o evento corporativo. Foi Mallika Jagad, gerente de banquetes de apenas 24 anos, que percebeu que havia algo de errado enquanto todos acreditavam que os estampidos que ouviam eram apenas dos fogos de artif&iacute;cio do casamento pr&oacute;ximo.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/08/08152955024315.jpg" alt="(Fonte: Ritam Banerjee/Getty Images)" />(Fonte: Ritam Banerjee/Getty Images)
Na verdade, os sons vinham de dois entre quatro terroristas, Abdul Rehman Bada e Abu Ali, que atravessaram a entrada principal da se&ccedil;&atilde;o da torre do hotel, disparando em quem avistassem pelo caminho. Eles fizeram isso logo ap&oacute;s plantarem uma bomba RDX em frente a um posto policial pr&oacute;ximo.
Tamb&eacute;m armados com uma AK-47, muni&ccedil;&otilde;es e granadas, outros dois terroristas, Shoib e Umer, entraram pela porta La-Pat do Pal&aacute;cio e come&ccedil;aram a atirar contra os h&oacute;spedes na &aacute;rea da piscina, por volta de 21h43.
O fato de eles estarem cientes de que a porta, geralmente fechada ao p&uacute;blico, estaria aberta naquele dia espec&iacute;fico devido &agrave; algumas reuni&otilde;es corporativas e o casamento, mostra o qu&atilde;o bem articulado o plano de ataque era.
<h2>O Taj em chamas</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/08/08153022707316.jpg" alt="(Fonte: Uriel Sinai/Getty Images)" />(Fonte: Uriel Sinai/Getty Images)
Quando a pol&iacute;cia de Mumbai cercou o Taj, por volta da meia-noite, pelo menos 450 dos 1.500 h&oacute;spedes do hotel estavam amontoados pela equipe em quartos pequenos para tentar fugir da mira assassina dos terroristas. Uma hora depois, a c&uacute;pula central do hotel foi bombardeada e houve um grande inc&ecirc;ndio no pr&eacute;dio, que queimou por dois dias e duas noites.
Demorou mais duas horas para que o Ex&eacute;rcito e os bombeiros chegassem ao Taj, sendo que o primeiro ciclo de evacua&ccedil;&atilde;o de ref&eacute;ns, ainda com os terroristas no pr&eacute;dio, s&oacute; aconteceu &agrave;s 4h. Foi durante a sa&iacute;da do segundo grupo de evacua&ccedil;&atilde;o, comandado por fuzileiros navais, que Gautam Singh, chef tandoor do Taj, foi baleado e morto.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/08/08153049194317.jpg" alt="(Fonte: Julian Herbert/Getty Images)" />(Fonte: Julian Herbert/Getty Images)
A essa altura, 30 h&oacute;spedes j&aacute; haviam sido mortos e mais 28 estavam gravemente feridos. No total, foram 12 ataques perpetrados pelos terroristas contra estruturas da cidade: a esta&ccedil;&atilde;o de trem Chhatrapati Shivaji; o restaurante Leopold Caf&eacute;; o centro de extens&atilde;o judaico Casa Nariman; o cinema Metro Cinema; o quartel-general da pol&iacute;cia da cidade; o Hospital Cama; um t&aacute;xi pr&oacute;ximo ao aeroporto internacional de Mumbai; o estaleiro Mazagaon e o hotel de luxo The Oberoi Trident.
Tamb&eacute;m aconteceram duas explos&otilde;es atr&aacute;s do edif&iacute;cio do jornal Times of India e do St. Xavier&rsquo;s College. Nessa noite aterrorizante, pelo menos 159 pessoas foram mortas na cidade em decorr&ecirc;ncia dos ataques, e mais 200 ficaram feridas. &Agrave;s 6h30, uma equipe de 200 homens da Seguran&ccedil;a Nacional chegou a Mumbai vindo de Nova D&eacute;lhi e assumiu o comando das opera&ccedil;&otilde;es de resgate do Taj e do Oberoi.&nbsp;
Nove entre os dez terroristas envolvidos nos ataques foram mortos, enquanto um foi preso. Em maio de 2010, o atirador detido foi considerado culpado, condenado &agrave; morte e executado em 2012.
<h2>A devo&ccedil;&atilde;o ao cliente</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/08/08153149381318.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Al&eacute;m da gravidade de todos os atentados que aconteceram naquele dia na &Iacute;ndia terem sido pauta de centenas de mat&eacute;rias televisivas e jornal&iacute;sticas pelo mundo inteiro, tamb&eacute;m foi o que aconteceu no Taj durante a invas&atilde;o dos terroristas.
O hotel j&aacute; era conhecido por ter os mais altos n&iacute;veis de qualidade em quest&atilde;o de treinamento de funcion&aacute;rios, s&oacute; que ningu&eacute;m esperava que eles fossem dar outro significado no que diz respeito ao atendimento ao cliente durante o ataque terrorista. A cultura extremamente centrada no cliente permaneceu at&eacute; em um momento cr&iacute;tico como aquele, e funcion&aacute;rios ap&oacute;s funcion&aacute;rios ficaram para resgatar os h&oacute;spedes quando poderiam simplesmente ter se salvado.
Ergueu-se um interesse de outras organiza&ccedil;&otilde;es sobre como poderiam imitar esse n&iacute;vel de servi&ccedil;o, tanto em tempos de crise como em per&iacute;odos de normalidade, podendo expandir e perpetuar a extrema centraliza&ccedil;&atilde;o no zelo pelo cliente.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/22/22123425783166.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Um estudo de caso feito pela Universidade Harvard apontou que o comportamento dos funcion&aacute;rios do Taj n&atilde;o constava em nenhum manual da institui&ccedil;&atilde;o, tampouco pol&iacute;ticas ou procedimentos oficiais em caso de eventos como o de 28/11. Concluiu-se que tudo se baseia na antiga cultura de hospitalidade indiana, que se tornou o valor central do Grupo Tata, que opera 108 hot&eacute;is em 12 pa&iacute;ses, inclusive no quesito contrata&ccedil;&atilde;o.
A cultura organizacional em que os funcion&aacute;rios est&atilde;o dispostos a fazer quase tudo pelos h&oacute;spedes, transformando-os em her&oacute;is incomuns, em situa&ccedil;&otilde;es como a do 28/11, &eacute; buscada no processo de recrutamento da empresa. Ao contr&aacute;rio daquelas que fazem processos seletivos nas &aacute;reas metropolitanas da &Iacute;ndia, o Grupo Taj contrata a maioria do seu pessoal em cidades menores, pois &eacute; onde os valores tradicionais indianos prevalecem, como o respeito pelos mais velhos, a humildade, a considera&ccedil;&atilde;o pelos outros, disciplina e a honestidade.&nbsp;
De acordo com executivos seniores, nos centros urbanos, os jovens s&atilde;o cada vez mais movidos pelo dinheiro, ficam felizes em poupar custos e &eacute; pouco prov&aacute;vel que sejam leais &agrave; empresa ou emp&aacute;ticos com os clientes.
<h2>A pol&iacute;tica</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/08/08153312638320.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O Grupo Taj n&atilde;o descarta os jovens, mas busca a maioria deles rec&eacute;m-sa&iacute;dos do ensino m&eacute;dio ou at&eacute; mesmo desistentes de pequenas cidades e &aacute;reas semiurbanas. A equipe de recrutamento come&ccedil;a por escolas que consideram com um bom padr&atilde;o de ensino, recorrendo a diretores para ajud&aacute;-los a selecionar os poss&iacute;veis candidatos. Eles n&atilde;o procuram pelos melhores falantes de ingl&ecirc;s ou os que tenham destreza com n&uacute;meros, apenas aqueles com fortes tra&ccedil;os de car&aacute;ter, gentileza, car&ecirc;ncia e que tenha uma vis&atilde;o positiva sobre a vida mesmo em meio adversidades.
Os escolhidos s&atilde;o enviados para centros residenciais de certifica&ccedil;&atilde;o de habilidades do Grupo Taj, onde ganham pelos pr&oacute;ximos 18 meses de treinamento, comendo de gra&ccedil;a e recebendo uma bolsa anual de cerca de 5 mil r&uacute;pias por m&ecirc;s, o equivalente a cerca de US$ 100 no primeiro ano, subindo para US$ 142 no segundo ano.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/08/08165602343372.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A maioria dos estagi&aacute;rios envia esses valores &agrave;s fam&iacute;lias, uma vez que o Grupo Taj arca com seus custos de vida de maneira integral. Com isso, eles trabalham duro e demonstram bons valores. Acredita-se que sejam esses benef&iacute;cios e a perspectiva de uma vida ainda melhor do que aquela que impedem que caiam nas tenta&ccedil;&otilde;es da cidade grande.
Desde 1960 que o Grupo Taj foca no processo de forma&ccedil;&atilde;o e mentoria de funcion&aacute;rios com pensamentos centralizados no cliente. O esfor&ccedil;o se tornou cada vez mais orientado ao longo do tempo. Os executivos seniores alegam at&eacute; hoje que a raz&atilde;o n&atilde;o &eacute; nem a maior dimens&atilde;o da m&atilde;o-de-obra que h&aacute; fora das grandes cidades, tampouco do desejo de reduzir os custos salariais &ndash; embora saibamos que se beneficiam muito disso.

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O atentado ao Taj Mahal Palace e o que ele revelou ao mundo sobre seus funcionários

Imagem de "Transglobe Expedition": a primeira viagem do norte ao sul do planeta no megacurioso

Entre 1979 e 1982, um grupo de exploradores britânicos foi o primeiro a atravessar o planeta de norte a sul, conhecendo os dois polos

Viajar at&eacute; o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117369-11-fatos-curiosos-e-inusitados-sobre-o-polo-norte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Polo Norte</a> ou at&eacute; o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127375-terra-nova-a-expedicao-ao-polo-sul-mais-catastrofica-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Polo Sul</a> j&aacute; &eacute; uma experi&ecirc;ncia da qual poucas pessoas no mundo podem se orgulhar. Agora imagine conhecer os dois, em uma &uacute;nica grande jornada, de um polo ao outro?
Entre 1979 e 1982, um grupo de exploradores brit&acirc;nicos fez exatamente isso. Eles foram os primeiros a navegar por todo o planeta de norte a sul &mdash; e n&atilde;o de leste a oeste, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119515-jeanne-baret-a-primeira-mulher-a-circunavegar-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">muitos navegadores</a> j&aacute; faziam desde o s&eacute;culo XV.&nbsp;
Quando o grupo iniciou a viagem, o ent&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125110-se-o-atual-rei-charles-e-o-3-quais-foram-os-outros-dois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pr&iacute;ncipe Charles</a> disse que ela era "positivamente louca". A chamada Transglobe Expedition ficou famosa e seus participantes receberam v&aacute;rios patroc&iacute;nios, incluindo o da realeza, para viabilizar a expedi&ccedil;&atilde;o. Mas essa n&atilde;o foi uma jornada simples. A seguir, n&oacute;s contamos como ela aconteceu.
<h2>Anos de prepara&ccedil;&atilde;o</h2>
A ideia da expedi&ccedil;&atilde;o foi de Virginia (Ginnie) Fiennes, esposa de Ranulph (Ran) Fiennes, um conhecido explorador e aristocrata brit&acirc;nico. Sabendo que todos os outros navegadores na hist&oacute;ria tinham circulado o planeta de leste a oeste, ela prop&ocirc;s fazer isso na outra orienta&ccedil;&atilde;o, de norte a sul, passando pelos dois polos.&nbsp;
Ginnie deu essa ideia ao marido em 1972 e, depois que ele topou, os dois come&ccedil;aram a se preparar para tamanho desafio. Eles passaram a maior parte dos anos 1970 encontrando as pessoas certas para participar do projeto e arrecadando fundos para financi&aacute;-lo. Al&eacute;m disso, foram feitos treinamentos em regi&otilde;es montanhosas do Reino Unido e no &Aacute;rtico.
<h2>Uma jornada por terra e mar</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/25/25211049732005.jpeg" alt="(Fonte: Transglobe Expedition/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Transglobe Expedition/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A expedi&ccedil;&atilde;o partiu de Greenwich, na Inglaterra, em 2 de setembro de 1979, a bordo do navio Benjamin Bowring, apelidado de Benji Bee. Como a ideia era seguir pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127079-por-que-o-meridiano-de-greenwich-esta-fora-do-lugar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">meridiano de Greenwich</a> de norte a sul, parte da jornada foi feita no navio e outra parte em terra.&nbsp;
Por isso, os tr&ecirc;s exploradores principais &mdash; Ran Fiennes, Charles Burton, e Oliver Shepard &mdash; logo desembarcaram em Paris e seguiram por terra at&eacute; Barcelona. De l&aacute;, o Benji Bee os levou at&eacute; a Arg&eacute;lia e eles atravessaram o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128079-4-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-o-deserto-do-saara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deserto do Saara</a>, chegando ao Golfo da Guin&eacute;.&nbsp;
Novamente, o barco buscou os exploradores e os transportou at&eacute; a Cidade do Cabo (&Aacute;frica do Sul), onde eles se prepararam para ir &agrave; Ant&aacute;rtica. O Benji Bee voltou ao mar nos &uacute;ltimos dias de 1979 e chegou no continente gelado em 4 de janeiro de 1980.
<h2>Atravessando a Ant&aacute;rtica e viajando para o norte</h2>
Ginnie Fiennes voou do Reino Unido &agrave; Ant&aacute;rtica junto com Giles Kershaw para auxiliar na parte ant&aacute;rtica da expedi&ccedil;&atilde;o. O grupo acampou por meses na costa, esperando os meses mais frios passarem. No segundo semestre de 1980, os tr&ecirc;s exploradores seguiram a viagem ao Polo Sul, enquanto Ginnie ficou cuidando das comunica&ccedil;&otilde;es na base e Kershaw foi levando suprimentos em um avi&atilde;o.&nbsp;
Ran Fiennes, Burton e Shepard chegaram ao Polo Sul em 15 de dezembro de 1980 e passaram a virada do ano por l&aacute;. Em 11 de janeiro de 1981, eles terminaram a travessia da Ant&aacute;rtica numa base cient&iacute;fica da Nova Zel&acirc;ndia.&nbsp;
Da Ant&aacute;rtica, o navio Benji Bee levou os exploradores rumo ao norte, passando por Auckland (Nova Zel&acirc;ndia) e Sydney (Austr&aacute;lia). O grupo navegou por todo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123347-por-que-os-avioes-procuram-nao-sobrevoar-o-oceano-pacifico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oceano Pac&iacute;fico</a>, chegando ao delta do Rio Yukon, no Alaska.&nbsp;
<h2>A chegada ao Polo Norte e o fim da expedi&ccedil;&atilde;o hist&oacute;rica&nbsp;</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Geographical Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://medium.com/geographical/reliving-the-transglobe-expedition-the-first-and-only-attempt-to-circumnavigate-the-globe-via-de0e50fbb5ff"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/25/25220749161000.webp" alt="(Fonte: Geographical Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Geographical Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Pelo Rio Yukon, o grupo navegou em um barco pequeno at&eacute; chegar &agrave; Passagem Noroeste, um conhecido corredor entre os oceanos Pac&iacute;fico e Atl&acirc;ntico, pelo &Aacute;rtico. Dali, eles foram at&eacute; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123483-6-lugares-na-terra-onde-o-sol-nao-se-poe-no-verao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alert</a>, uma base militar canadense que &eacute; o lugar habitado mais ao norte do mundo.
Eles chegaram em Alert em setembro de 1981 e l&aacute; passaram todo o inverno, seguindo viagem a p&eacute;, no in&iacute;cio de 1982. N&atilde;o foi uma viagem f&aacute;cil: Ran Fiennes relatou que o grupo precisou desviar v&aacute;rias vezes, pois o gelo n&atilde;o estava firme o suficiente, e os exploradores se feriram v&aacute;rias vezes no frio extremo. Mesmo assim, eles chegaram ao Polo Norte em 10 de abril de 1982.&nbsp;
Na pen&uacute;ltima parte da viagem, eles retornaram ao Benji Bee e avan&ccedil;aram lentamente para o Sul, ficando presos no gelo em v&aacute;rias ocasi&otilde;es. Mas, no in&iacute;cio agosto de 1982, os exploradores em campo conseguiram se reunir com o resto do time para, finalmente, voltar para casa.
Em 29 de agosto de 1982, o navio Benji Bee aportou em Greenwich, Inglaterra, de onde tinha partido h&aacute; quase tr&ecirc;s anos.&nbsp;
<h2>O primeiro cachorro a conhecer os dois polos</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/25/25222353448001.jpeg" alt="(Fonte: Scott Polar Research Institute/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Scott Polar Research Institute/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Al&eacute;m de ser a primeira expedi&ccedil;&atilde;o que atravessou o planeta de norte a sul, conhecendo os dois polos, Ran Fiennes e sua equipe alcan&ccedil;aram v&aacute;rios outros feitos que, por si s&oacute;, deixaram outras pessoas famosas no passado.
O grupo n&atilde;o apenas chegou ao Polo Sul, como tamb&eacute;m atravessou a Ant&aacute;rtica. Al&eacute;m disso, ele viajou pela temida Passagem Noroeste &mdash; e fez tudo isso na companhia de Bothie, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122997-beth-e-bluebell-os-novos-caes-moradores-do-palacio-de-buckingham.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cachorro da ra&ccedil;a Jack Russell</a>, que foi o primeiro a conhecer os dois polos. Ginnie Fiennes tamb&eacute;m foi a primeira mulher a ganhar uma Medalha Polar da coroa brit&acirc;nica por sua dedica&ccedil;&atilde;o ao projeto.

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'Transglobe Expedition': a primeira viagem do norte ao sul do planeta

Imagem de Caso Escadinha: a fuga presidiária mais surpreendente da história do Brasil no megacurioso

Como o criminoso José Carlos dos Reis Encina escapou de helicóptero de um dos presídios de segurança máxima do Rio de Janeiro

Jos&eacute; Carlos dos Reis Encina, mais conhecido como Escadinha, foi preso 5 vezes antes do fat&iacute;dico ano de 1985. Isso porque um delegado chegou a afirmar que o criminoso n&atilde;o passava de mais um pe&atilde;o no tr&aacute;fico de drogas e que estava muito longe de ser um traficante respeitado e de porte. S&oacute; que nada disso condizia com a hist&oacute;ria de Escadinha, tampouco com sua trajet&oacute;ria.
Isso at&eacute; poderia ser verdade se, no momento em que foi finalmente preso, ele apenas estivesse carregando uma arma na cintura e n&atilde;o tivesse uma extensa ficha criminal, como aconteceu em setembro de 1974, no auge dos seus 19 anos. Escadinha foi surpreendido por policiais enquanto subia um morro na Piedade, no Rio de Janeiro, sendo autuado em flagrante, condenado a pagar uma multa e libertado em seguida.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118679-assalto-ao-banco-central-o-crime-que-parou-o-brasil.htm" target="_blank" rel="sponsored">Assalto ao Banco Central: o crime que parou o Brasil</a></li>
</ul>
No entanto, no dia em que foi preso por acaso, em 1985, ele simplesmente j&aacute; tinha 6 passagens pela pol&iacute;cia e era um dos fundadores, junto ao irm&atilde;o Paulo Maluco, da organiza&ccedil;&atilde;o criminosa Falange Vermelha, que mais tarde se tornou o Comando Vermelho (CV).
Essa &eacute; a hist&oacute;ria do Caso Escadinha, a fuga presidi&aacute;ria mais surpreendente da hist&oacute;ria do Brasil.
<h2>Seguran&ccedil;a m&aacute;xima</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/29/29162816099256.jpg" alt="(Fonte: Sind Sistema/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Sind Sistema/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Nascido em 21 de maio de 1956, no Morro do Juramento, uma favela situada no bairro Vicente de Carvalho, Rio de Janeiro, foi l&aacute; que Escadinha iniciou sua vida no crime e onde tamb&eacute;m montou seu quartel-general. Em novembro de 1976, dois anos ap&oacute;s ter sido fichado pela primeira vez, o criminoso foi preso por tr&aacute;fico de drogas. Em 1980, novamente, mas por porte de arma, tr&aacute;fico de drogas e forma&ccedil;&atilde;o de quadrilha.
Um ano depois, a pol&iacute;cia pegou Escadinha e o autuou por porte de armas, mas novamente ele foi liberado. Sua ficha engrossou depois de 1982, quando ele se envolveu em tr&ecirc;s latroc&iacute;nios (roubo seguido de morte).
Em 1986, Escadinha foi preso por acaso enquanto sa&iacute;a da Favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio. Ele foi condenado a 30 anos de pris&atilde;o em regime fechado e designado ao antigo Instituto Penal C&acirc;ndido Mendes, anteriormente Col&ocirc;nia Penal Dois Rios, situado na Ilha Grande, litoral sul do Rio.
Fundado em 1884 por ordem de Dom Pedro II, o local foi um hospital-col&ocirc;nia para tratar viajantes que chegavam da Europa e estavam <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127466-a-dolorosa-historia-das-pessoas-com-lepra-no-brasil-do-seculo-xx.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">contaminados por lepra</a> ou c&oacute;lera. O edif&iacute;cio era dividido em tr&ecirc;s pavilh&otilde;es que separavam os doentes que eram ricos e podiam andar pelas depend&ecirc;ncias da institui&ccedil;&atilde;o, dos pobres, que eram amontoados em um pr&eacute;dio pr&oacute;ximo &agrave; ba&iacute;a.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/29/29163021074258.jpg" alt="Escadinha. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Escadinha. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em meados de 1913, o lazareto foi desativado e voltou &agrave; ativa apenas em 1939, quando o governo passou a us&aacute;-lo como alojamento de fuzileiros navais. Um ano depois, j&aacute; ganhou o nome Col&ocirc;nia Penal C&acirc;ndido Mendes e passou a receber presos que estavam na Col&ocirc;nia de Dois Rios, normalmente presos pol&iacute;ticos de Fernando de Noronha, na &eacute;poca base militar para os Estados Unidos.
No ano em que Escadinha nascia, em 1954, o governador Carlos Lacerda formalizava a institui&ccedil;&atilde;o como um complexo penitenci&aacute;rio considerado de seguran&ccedil;a m&aacute;xima devido sua estrutura prisional e as condi&ccedil;&otilde;es naturais que o envolviam. O local era cercado por mata densa e cerrada, impossibilitando a chegada de ve&iacute;culos por terra.
Quando Escadinha foi parar no C&acirc;ndido Mendes, o intuito era que ele nunca conseguisse escapar, mas ele arranjou um jeito &ndash; e de uma forma espetacular.
<h2>A fuga cinematogr&aacute;fica</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/29/29163140460259.jpg" alt="(Fonte: Mais Go&iacute;as/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Mais Go&iacute;as/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Na tarde de 31 de dezembro de 1985, enquanto o Brasil e o mundo se preparavam para estourar a champanhe em comemora&ccedil;&atilde;o ao novo ano que estava prestes a come&ccedil;ar, Escadinha se preparava para executar seu plano de fuga orquestrado por Jos&eacute; Carlos Greg&oacute;rio, mais conhecido como "Gordo". Durante 3 meses, a c&uacute;pula do Comando Vermelho arquitetou como seria feita a fuga do fundador da fac&ccedil;&atilde;o, fazendo conex&otilde;es e subornando quem fosse necess&aacute;rio para que tivessem &ecirc;xito.
Chegada a hora, o helic&oacute;ptero FH1100, sob o controle do Comandante Luiz Pires, que havia sigo alugado por Gordo, foi sequestrado e for&ccedil;ado a pousar em uma clareira a cerca de 1 km do pres&iacute;dio, bem no hor&aacute;rio de visita&ccedil;&atilde;o. Vale ressaltar que a a&ccedil;&atilde;o de resgate do criminoso foi facilitada pela falta de qualquer proibi&ccedil;&atilde;o de voos para a regi&atilde;o.
A fuga s&oacute; deu certo porque Escadinha prestava servi&ccedil;o na Vila Dois Rios, nas imedia&ccedil;&otilde;es do pres&iacute;dio, cujo per&iacute;metro era fortemente vigiado por barcos da pol&iacute;cia. Era comum que os presos recebessem essa esp&eacute;cie de passe dos guardas penitenci&aacute;rios exatamente porque n&atilde;o havia uma forma de eles fugirem, uma vez que as &aacute;guas eram vigiadas.
Desse modo, Escadinha conseguiu fugir a vista de todos, e nem os policiais ou agentes penitenci&aacute;rios conseguiram atirar na aeronave, tamanha a rapidez que tudo aconteceu. O criminoso foi escoltado por dois carros e transportado de volta ao seu reduto no Morro do Juramento.
<h2>O fim</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/29/29163504531263.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O Departamento de Investiga&ccedil;&otilde;es Especiais (DIE) organizou uma for&ccedil;a-tarefa com 300 homens para ca&ccedil;ar Escadinha. Ele passou 3 meses foragido, enquanto pistas da opera&ccedil;&atilde;o de escape foram sendo desvendadas pela pol&iacute;cia por meio de depoimentos e uma investiga&ccedil;&atilde;o minuciosa para pegar as conex&otilde;es que a facilitaram.
Escadinha s&oacute; conseguiu ser preso novamente em mar&ccedil;o de 1986, em um hospital, ap&oacute;s levar dois tiros durante um confronto com a pol&iacute;cia militar no Morro do Juramento. Ironicamente, ele foi transportado de volta ao pres&iacute;dio C&acirc;ndido Mendes por um helic&oacute;ptero, uma vez que a pol&iacute;cia temia que membros do Comando Vermelho intervissem na transfer&ecirc;ncia.
No ano seguinte, Escadinha foi transferido para o Pres&iacute;dio Frei Caneca, onde tentou uma fuga novamente por helic&oacute;ptero, mas que fracassou, resultando na morte de dois dos seus comparsas. Com isso, ele finalmente foi parar na penitenci&aacute;ria Lemos de Brito. Em um momento, o criminoso conseguiu o direito a responder em regime semi-aberto, tendo que voltar ao pres&iacute;dio todos os dias para dormir. Em seu hor&aacute;rio comercial, Escadinha administrou uma cooperativa de t&aacute;xi.
Ele manteve essa rotina at&eacute; 23 de setembro de 2004, quando foi assassinado no carro que conduzia junto ao tamb&eacute;m detento Luciano da Silva Wanderley, no meio da Avenida Brasil, na altura de Padre Miguel. Aos 48 anos, morria o homem respons&aacute;vel por uma das fugas presidi&aacute;rias mais espetaculares da hist&oacute;ria do Brasil, e at&eacute; hoje a pol&iacute;cia n&atilde;o descobriu quem encomendou a morte de Escadinha e por qual motivo.

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Caso Escadinha: a fuga presidiária mais surpreendente da história do Brasil

Imagem de Como as garrafas de bebida do Titanic continuam intactas no fundo do mar? no megacurioso

Em meio aos destroços do Titanic, surge o intrigante mistério das garrafas de champanhe que continuam íntegras mesmo após décadas submersas

<head></head><body>Em junho de 2023, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125493-tudo-que-ha-de-errado-com-o-submarino-turistico-do-titanic.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">submersível Titan</a> implodiu ao tentar explorar os destroços do Titanic, surpreendendo o mundo e gerando uma série de perguntas sobre implosões submarinas. A perplexidade se intensifica quando nos deparamos com o enigma das garrafas de champanhe encontradas intactas nos destroços do famoso navio de passageiros britânico.Para desvendar o mistério por trás da resistência desses itens ao colapso submarino, vamos mergulhar nas complexidades das implosões e explorar as características únicas dos recipientes que desafiaram as profundezas.<h2>O fenômeno das implosões submarinas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01221715500005.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)As implosões submarinas ocorrem quando a pressão interna de um objeto não pode resistir à pressão externa no fundo do mar. Seja um submarino, seja outro objeto da superfície, a diferença de pressão desencadeia o colapso do objeto sobre ele mesmo. A força resultante é tão intensa que pode esmagar até as estruturas feitas para resistir às profundezas do oceano, como ocorreu com o submersível Titan.Entretanto, vale ressaltar que o navio <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125546-por-que-o-titanic-nao-implodiu-quando-afundou-no-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Titanic não sofreu uma implosão completa</a>, pois existem partes do navio que escaparam desse destino. A explicação reside na liberação controlada de ar de dentro do navio, que igualou as pressões interna e externa, um fator determinante para evitar a implosão devastadora.<h2>Pressão e champanhe</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/01/01221818632006.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Ao abordar o enigma das <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127830-champanhe-de-200-anos-achado-no-fundo-do-mar-ainda-pode-ser-bebido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">garrafas de champanhe que estão no fundo do mar</a>, a compreensão da pressão desempenha um papel crucial. As garrafas encontradas nos destroços do Titanic são projetadas para resistir a pressões significativas. Vamos explicar melhor usando a unidade de medida de pressão bar, que é muito próximo da pressão atmosférica padrão.Com cerca de 6 bar de pressão interna, essas garrafas são capazes de suportar as profundezas iniciais do oceano sem correr risco de implosão. À medida que elas começam a afundar, a diferença de pressão entre o interior e o exterior diminui até cerca de 60 metros de profundidade. No entanto, o Titanic repousa a uma profundidade de 3.800 metros, onde a pressão atinge cerca de 380 bar&nbsp;e, ainda assim, as garrafas de champanhe resistem. Como?Uma pista crucial para a sobrevivência das garrafas de champanhe nas profundezas reside na presença de rolhas destroçadas. Quando uma garrafa sobrevive à implosão, como nas seções intactas do Titanic, a água entra para equalizar as pressões. A água penetrante é essencial para impedir que a diferença de pressão provoque a implosão da garrafa.Assim, apesar das profundezas extremas do Titanic, as garrafas de champanhe parecem ter encontrado uma maneira de evitar o colapso, provavelmente pela entrada — rápida ou gradual — de água. Esse mecanismo de escape permitiu que as garrafas desafiassem as expectativas e permanecessem praticamente intactas, um mistério intrigante em meio aos destroços submarinos.</body>

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Como as garrafas de bebida do Titanic continuam intactas no fundo do mar?

Imagem de A demência era mesmo uma doença comum entre os antigos gregos e romanos? no megacurioso

Uma análise profunda dos textos médicos greco-romanos revela um panorama surpreendente sobre a demência nos tempos antigos

<head></head><body>Em um fascinante estudo conduzido por Caleb Finch, professor universitário da Escola de Gerontologia Leonard Davis, da USC, junto com seus colegas, eles realizaram uma análise profunda dos textos médicos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126781-mitos-e-verdades-sobre-as-orgias-de-gregos-e-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">greco-romanos</a> dos séculos VIII a.C. e III d.C. que revelou fatos intrigantes sobre a demência nos tempos antigos.Esse estudo inovador, publicado no renomado Journal of Alzheimer's Disease, desafia nossas percepções modernas e sugere que o comprometimento cognitivo não era uma preocupação predominante para as civilizações antigas, contrariando a epidemia contemporânea de demência que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.<h2>Demência nos textos greco-romanos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/04/04151959732006.jpg" alt="Hipócrates, considerado o pai da Medicina. (Fonte: Getty Images)">Hipócrates, considerado o pai da Medicina. (Fonte: Getty Images)Os antigos gregos e romanos tinham uma preocupação mínima com a perda grave de memória, de acordo com uma análise detalhada dos textos médicos. Os pesquisadores exploraram meticulosamente escritos de vários séculos e autores greco-romanos, e encontraram poucas menções à demência e à perda cognitiva avançada.A análise dos textos revelou que a demência era extremamente rara nos tempos antigos. Os antigos gregos, mesmo reconhecendo perdas leves de memória, não documentavam casos graves que possam ser associados à doença de Alzheimer, por exemplo. Nos escritos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109434-dia-do-medico-quem-foi-hipocrates-o-pai-da-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hipócrates</a>, surdez, tontura e distúrbios digestivos eram mencionados como desafios enfrentados pelos idosos, mas a perda de memória não era uma preocupação destacada.Ao contrário do cenário moderno, onde a <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/127756-tdah-em-adultos-representa-maior-risco-de-demencia-alerta-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">demência</a> é epidêmica, os escritos revelam que era esperado que os idosos mantivessem competência intelectual para além dos 60 anos. Esse contraste revelador desafia nossas noções preconcebidas sobre a prevalência histórica das doenças que envolvem deterioração cognitiva e da memória entre idosos.<h2>Mudanças na Era Romana</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/04/04152113961007.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em Roma, foram identificados alguns relatos mencionando demência e perda cognitiva, embora notavelmente escassos em comparação com a realidade moderna. Para os pesquisadores, essa é uma indicação da progressão do problema ao longo do tempo. Os estudiosos sugerem que o aumento na prevalência da demência na era romana pode ter sido influenciado por fatores ambientais.Nesse contexto, o uso generalizado de recipientes de chumbo na cozinha, canos de água e até mesmo vinho com chumbo pelos aristocratas romanos pode ter contribuído para o comprometimento cognitivo. Essas descobertas oferecem uma intrigante analogia com os dias atuais, sugerindo que nossos estilos de vida modernos, com comportamento sedentário e exposição à poluição, podem ser culpados pelo aumento nos casos de demência.A análise dos textos médicos greco-romanos oferece uma visão fascinante da demência nos tempos antigos, desafiando a ideia de que a perda cognitiva avançada era comum. O contraste marcante com a epidemia moderna de demência levanta questões sobre as influências contemporâneas. À medida que continuamos a desvendar os mistérios da demência, olhar para o passado pode fornecer informações valiosas para entender e enfrentar esse desafio crescente.</body>

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A demência era mesmo uma doença comum entre os antigos gregos e romanos?

Imagem de 5 batalhas históricas que os filmes de Hollywood ensinaram (muito) errado no megacurioso

Esses filmes praticamente reescreveram a história, com cenas bastante diferentes do que aconteceu na realidade

&Eacute; comum que o cinema tome certas liberdades criativas ao retratar <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eventos hist&oacute;ricos</a>. Afinal, isso pode ser importante para dar um efeito dram&aacute;tico a uma cena ou tornar alguma hist&oacute;ria mais compreens&iacute;vel para o p&uacute;blico. Al&eacute;m disso, por mais que os roteiristas pesquisem, um ou outro detalhe pode simplesmente passar despercebido.&nbsp;
Por&eacute;m, uma coisa &eacute; tomar liberdades criativas ou errar em detalhes. Outra bem diferente &eacute; contar a hist&oacute;ria de forma totalmente errada &mdash; algo que muitos filmes de Hollywood fizeram nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas.&nbsp;
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122050-6-fatos-sobre-dinossauros-que-jurassic-park-te-ensinou-errado.htm" target="_blank" rel="sponsored">6 fatos sobre dinossauros que Jurassic Park te ensinou errado</a></li>
</ul>
Para muitos leigos, essas quest&otilde;es talvez n&atilde;o chamem aten&ccedil;&atilde;o. Mas, para quem estudou os eventos hist&oacute;ricos retratados ou foi testemunha ocular dos fatos, esses erros s&atilde;o mais dif&iacute;ceis de perdoar. A seguir, n&oacute;s listamos alguns exemplos de erros graves em filmes de guerra hollywoodianos.
<h2>1. Pearl Harbor (2001)</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/oGYcxjywx0o?si=H5mHAR6YtyCdqycV" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Pearl Harbor foi um dos maiores sucessos de bilheteria de sua &eacute;poca &mdash; mas um dos principais fracassos entre os historiadores. Tamb&eacute;m &eacute; importante ponderar que muitos dos soldados que estiveram na batalha verdadeira ainda eram vivos em 2001 e assistiram ao filme.&nbsp;
Para come&ccedil;ar, os jipes usados no filme eram de 1950, da &eacute;poca da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120724-como-desertores-americanos-viraram-estrelas-na-coreia-do-norte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra da Cor&eacute;ia</a> (uma d&eacute;cada depois do ataque ao porto de Pearl Harbor) e as armas mostradas n&atilde;o eram as verdadeiras. O filme tamb&eacute;m mostra os japoneses mirando em instala&ccedil;&otilde;es m&eacute;dicas, mas esse nunca foi o alvo principal e s&oacute; uma pessoa nesses locais morreu na batalha.
Os piores erros, por&eacute;m, est&atilde;o nos aeroportos: o filme mostra torpedos atingindo as pistas da base a&eacute;rea, mas isso &eacute; algo que nem faria sentido numa batalha real. Al&eacute;m disso, os her&oacute;is do filme conseguem levantar voo numa pista de decolagem em pleno bombardeio. Ainda que os soldados de verdade tenham levantado voo para enfrentar os japoneses, eles fizeram isso em outra pista, mais distante da batalha.
<h2>2. Cora&ccedil;&atilde;o Valente (1995)</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/1NJO0jxBtMo?si=Zlw6nbBD-PCsEh4G" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Cora&ccedil;&atilde;o Valente foi produzido, dirigido e estrelado por Mel Gibson, no papel do l&iacute;der <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121947-7-curiosidades-sobre-a-escocia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escoc&ecirc;s</a> William Wallace. E embora o filme tenha agradado aos cr&iacute;ticos de cinema, ganhando Oscar de Melhor Filme e Melhor Diretor, ele n&atilde;o foi recebido da mesma forma pelos historiadores.
Segundo os especialistas, as roupas e pinturas corporais dos escoceses de Cora&ccedil;&atilde;o Valente s&atilde;o completamente diferentes das utilizadas na &eacute;poca. Al&eacute;m disso, a linha do tempo do filme n&atilde;o faz sentido com a realidade: a Esc&oacute;cia s&oacute; foi invadida um ano antes da rebeli&atilde;o de William Wallace, e n&atilde;o durante sua juventude, como diz o roteiro.
Mas o principal erro est&aacute; na batalha que &eacute; cl&iacute;max do filme. A Batalha da Ponte Stirling s&oacute; teve um resultado favor&aacute;vel para os escoceses por causa da ponte: os ingleses atravessavam aos poucos, facilitando o ataque. Mas n&atilde;o h&aacute; ponte alguma na batalha do filme.
<h2>3. Outlaw King (2018)</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Q-G1BME8FKw?si=PwOMWbt5G6AlCuXK" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
As Guerras de Independ&ecirc;ncia da Esc&oacute;cia tamb&eacute;m foram retratadas em outros filmes, como Outlaw King, lan&ccedil;ado pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122094-lembra-quando-a-netflix-era-uma-locadora-de-filmes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Netflix</a> em 2018. Aqui, o protagonista &eacute; Roberto de Bruce, rei dos escoceses que se rebela contra o dom&iacute;nio ingl&ecirc;s &mdash; pegando em armas para isso.
<ul>
<li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123700-6-fatos-sobre-a-realeza-britanica-que-the-crown-te-ensinou-errado.htm" target="_blank" rel="sponsored">6 fatos sobre a realeza brit&acirc;nica que The Crown te ensinou errado</a></li>
</ul>
Em uma das principais cenas do filme, Roberto batalha contra as for&ccedil;as inglesas, lideradas por Eduardo II. Roberto est&aacute; em desvantagem num&eacute;rica, mas consegue neutralizar seus inimigos e tem a oportunidade de liquidar Eduardo II. Por&eacute;m, o deixa ir, mostrando sua superioridade.
Contudo, Eduardo estava bem longe da Batalha de Loudoun Hill. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125110-se-o-atual-rei-charles-e-o-3-quais-foram-os-outros-dois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rei ingl&ecirc;s</a> at&eacute; batalhou diretamente com os escoceses, mas muito tempo depois &mdash; e foi o pr&oacute;prio Eduardo que conseguiu fugir, sem depender da bondade de Roberto de Bruce.&nbsp;
<h2>4. 300 (2007)</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/UrIbxk7idYA?si=4uYRlI-vKK8xMuor" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Voc&ecirc; deve saber que o rei Xerxes provavelmente n&atilde;o se parecia com o Rodrigo Santoro careca. Mas n&atilde;o &eacute; disso que estamos falando.&nbsp;
Nas batalhas de verdade, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124871-como-era-a-preparacao-de-um-guerreiro-espartano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espartanos</a> lutavam com armaduras &mdash; e n&atilde;o com as roupinhas min&uacute;sculas, usadas para mostrar os m&uacute;sculos do rei Le&ocirc;nidas no filme. Al&eacute;m disso, todos os capacetes tinham plumas, e n&atilde;o s&oacute; o do rei. Outro erro hist&oacute;rico &eacute; mostrar os persas usando rinocerontes e elefantes contra os espartanos.
Mas, a principal cr&iacute;tica ao filme de 2007 &eacute; afirmar que as tropas do rei Le&ocirc;nidas enfrentaram seus inimigos sozinhas. Na verdade, os 300 tiveram o aux&iacute;lio dos atenienses, em um cap&iacute;tulo importante do processo de unifica&ccedil;&atilde;o das cidades-estado na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123209-5-historias-de-grandes-herois-gregos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gr&eacute;cia Antiga</a>.&nbsp;
<h2>5. Napole&atilde;o (2023)</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Mlmu8AaRyMY?si=Ul1RsYEQbOQh-vCD" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Para terminar nossa lista, um filme recente que causou pol&ecirc;mica ao retratar uma figura t&atilde;o conhecida da hist&oacute;ria ocidental: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124285-a-obsessao-historica-das-pessoas-pelo-penis-de-napoleao-bonaparte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Napole&atilde;o Bonaparte</a>.
Para come&ccedil;ar, h&aacute; um erro enorme em uma das batalhas mais importantes do filme. Quando o rei franc&ecirc;s tenta tomar uma das rotas comerciais mais importantes dos brit&acirc;nicos, no Egito, h&aacute; uma batalha pr&oacute;xima das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124406-como-eram-as-piramides-do-egito-quando-foram-construidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pir&acirc;mides</a>. H&aacute; at&eacute; uma cena em que um canh&atilde;o arranca peda&ccedil;os da constru&ccedil;&atilde;o milenar.&nbsp;
Contudo, isso n&atilde;o seria poss&iacute;vel, j&aacute; que os canh&otilde;es da &eacute;poca n&atilde;o tinham poder de fogo para atirar t&atilde;o alto. Al&eacute;m disso, por mais que a batalha tenha acontecido pr&oacute;xima &agrave;s Pir&acirc;mides, ela n&atilde;o foi t&atilde;o perto assim &mdash; na verdade, as tropas lutaram a cerca de 15 km dos monumentos.&nbsp;
Dito isso, a principal cr&iacute;tica ao filme est&aacute; na forma como Napole&atilde;o &eacute; retratado quase como um ditador sanguin&aacute;rio. Essa &eacute; uma vis&atilde;o bastante brit&acirc;nica sobre o l&iacute;der, falhando em reconhecer suas qualidades e sua popularidade junto ao povo franc&ecirc;s. Vale lembrar que o diretor do filme, Ridley Scott, &eacute; brit&acirc;nico.

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5 batalhas históricas que os filmes de Hollywood ensinaram (muito) errado

Imagem de 5 ditadores terríveis que você talvez nunca tenha ouvido falar no megacurioso

Conheça a história por trás de algumas das figuras mais tenebrosas que andaram pela Terra, causando caos, destruição e inúmeras mortes — diretas ou indiretas

<head></head><body>Durante a história da humanidade, existiram diversas figuras emblemáticas lembradas até hoje pelo mal que fizeram a outras pessoas. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121500-hitler-tinha-planos-de-aniquilar-a-etnia-polonesa-em-ate-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a>, Benito Mussolini, Josef Stalin e Mao Tsé-Tung são apenas alguns exemplos de ditadores conhecidos internacionalmente pelas mortes, caos e destruição que causaram no planeta.Porém, existiram muitos outros reis, imperadores, ditadores militares e presidentes vitalícios que não receberam tanto "reconhecimento" por suas políticas genocidas e repressivas. Mas isso não significa que você não deva conhecê-los. Veja só essa lista com cinco ditadores terríveis que você provavelmente nunca ouviu falar!<h2>1. Ne Win</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Ne_Win#/media/File:1960%E5%B9%B410%E6%9C%882%E6%97%A5%E4%B8%AD%E7%BC%85%E8%BE%B9%E7%95%8C%E6%9D%A1%E7%BA%A6%E7%AD%BE%E8%AE%A2%E5%A4%A7%E4%BC%9A%E5%91%A8%E6%81%A9%E6%9D%A5%E4%B8%8E%E5%A5%88%E6%B8%A9.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19021314330006.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O enigmático líder militar Ne Win atormentou Mianmar como ditador por 26 longos anos, de 1962 a 1988. Muitas vezes caracterizado pela sua excentricidade, ele implementou uma série de políticas econômicas bizarras, incluindo a infame decisão em 1987 de desmonetizar a maior parte da moeda do país.A mistura de autoritarismo e peculiaridade de Ne Win o fez um líder mais cativante do que a maioria. No entanto, isso não muda o fato dele ter sido brutal e impiedoso em seus atos, causando a pobreza de seu povo e matando milhares por conta disso.<h2>2. Jean-Bedel Bokassa</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31163742458262.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)No seu ápice político, Jean-Bedel Bokassa se nomeou Imperador da República Centro-Africana, emergindo como um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121002-6-ditadores-que-escreveram-obras-literarias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ditadores</a> mais extravagantes e excêntricos da África no século XX. Chegando ao poder por meio de um golpe militar em 1966, Bokassa mais tarde coroou-se numa suntuosa cerimônia que levou sua empobrecida nação à falência.Além disso, durante seu tempo no poder, sofreu alegações de canibalismo e ficou reconhecido pelo caos, crueldade e morte. Seu reinado só chegou ao fim em 1979, quando a França interveio, derrubando seu império e reestabelecendo a república na região.<h2>3. Alberto Fujimori</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19021207645005.jpg" alt="(Fonte: Koichi Kamoshida/Newsmakers/Getty Images)">(Fonte: Koichi Kamoshida/Newsmakers/Getty Images)O antigo presidente do Peru, Alberto Fujimori, assumiu o cargo em 1990 e rapidamente ganhou popularidade por combater a corrupção e também por implementar reformas econômicas que estabilizaram a inflação peruana. No entanto, a sua presidência tornou-se sinônimo de práticas autoritárias e violações dos direitos humanos.Numa reviravolta surpreendente, Fujimori dissolveu o Congresso do país em 1992 e assumiu o controle do poder judicial. Embora não tenha sido exatamente o ditador mais brutal da história, vale ressaltar que suas práticas contra a democracia não merecem ser homenageadas.<h2>4. Islam Karimov</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19021140283002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Islam Karimov, o primeiro presidente do Uzbequistão, manteve controle firme do poder desde a independência do país em 1991 até a sua morte, em 2016. Conhecido pelo seu regime autoritário, Karimov manteve o controle mediante uma combinação de repressão política e um culto à personalidade cuidadosamente alimentado.O ápice da sua destruição pode ser vista no massacre de Andijan em 2005, quando as forças governamentais violentamente dispersaram manifestantes contrários ao governo, matando mais de 1,5 mil pessoas.<h2>5. Nicolae Ceauzescu</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31164620007269.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Secretário-geral do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127268-o-jogo-de-tabuleiro-que-transformava-os-eua-em-comunista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Partido Comunista</a> Romeno e presidente da Romênia, Nicolae Ceauzescu manteve o poder desde 1965 até uma queda dramática e humilhante em 1989. Ele inicialmente ganhou popularidade pela sua oposição à invasão soviética da Checoslováquia em 1968, mas seu regime rapidamente evoluiu para uma crescente repressão e má gestão econômica.NA década de 1980, Ceauzescu implementou medidas de austeridade para saldar dívidas externas, levando a uma escassez extrema de bens básicos. Isso, juntamente com os seus esforços para aumentar a população do país por meio de políticas pró-natalinas, prejudicou ainda mais a economia e aprofundou a crise na Romênia. Em dezembro de 1989, uma onda de protestos pôs fim ao seu regime, fazendo com que Ceauzescu e sua esposa fossem capturados, julgados às pressas e executados no dia de Natal daquele ano.&nbsp;</body>

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5 ditadores terríveis que você talvez nunca tenha ouvido falar

Imagem de "Mestres do Ar": a história real por trás do 100º Grupo de Bombardeios da Segunda Guerra Mundial no megacurioso

Nova série dirigida por Steven Spielberg acompanha um grupo aéreo americano apelidado de 'Centésimo Sangrento'

<head></head><body>Após anos de espera, os fãs das séries Band of Brothers (2001) e The Pacific (2010) finalmente receberam uma "continuação" para os acontecimentos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> em Mestres do Ar (2023), dirigida por Steven Spielberg.Dessa vez, a história fala sobre o 100º Grupo de Bombardeios, também chamado de "Centésimo Sangrento", que voaram bombardeiros da Inglaterra para a Alemanha durante o conflito armado e sofreram enormes perdas.Se o que é retratado nas telinhas e telonas já não é bruto o bastante, a realidade foi ainda mais horrível. Por isso, nos próximos parágrafos, aprofundaremos sobre o que realmente aconteceu com esses soldados.<h2>Início da jornada</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Apple TV+/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/k6HdVRSR6eM9dEwn6PQc3qeODfs=/fit-in/1072x0/filters:focal(1920x805:1921x806)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/e4/69/e4697f40-1912-49b3-859c-61498220a2a4/masters_of_the_air_photo_010114.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/25/25014823505002.jpeg" alt="(Fonte: Apple TV+/Divulgação)">(Fonte: Apple TV+/Divulgação)Cleven e Egan, os aviadores que estão no centro de Mestres do Ar, conheceram-se na primavera de 1940, quando foram designados para morar juntos na escola de aviação. Ambos se alistaram na Força Aérea dos Estados Unidos (USAAF) antes do ataque a Pearl Harbor — inspirados menos pelo patriotismo do que pelo desejo de se tornarem pilotos.Juntos, os dois ficaram conhecidos como os "dois Buckys" por conta de seus apelidos iguais. Ambos foram enviados para servir no 100º Grupo de Bombardeios, um time de aviadores estabelecido em 1942 com uma formação de 37 tripulações, cada uma composta por 10 homens. Depois de passarem por treinamento corretivo nos EUA, o 100º partiu para Norfolk, na Inglaterra, no fim de maio de 1943. Na época, a Segunda Guerra Mundial já estava favorável para os Aliados, com o Eixo se rendendo no Norte da África e tropas se preparando para invadir o território nazista ocupado a partir de múltiplas frentes.O grupo participou do seu primeiro bombardeio em 25 de junho daquele ano, pouco mais de duas semanas depois dos homens terem chegado na Inglaterra. Durante os ataques, as tripulações americanas de 10 pessoas engajaram-se em bombardeios de precisão à luz do dia, concentrando-se em alvos estratégicos. O objetivo era restringir a capacidade da Alemanha de "construir máquinas de guerra".&nbsp;<h2>Perigo constante</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Fundação do 100º Grupo de Bombardeios&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/QVEoXfIOE6yiLvTI3ItLNhXsmao=/fit-in/1072x0/filters:focal(662x488:663x489)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/9e/38/9e3854d7-27d8-497c-97ab-31e3c4a0158d/media-378754.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/25/25014912314003.jpeg" alt="(Fonte: Fundação do 100º Grupo de Bombardeios/Reprodução)">(Fonte: Fundação do 100º Grupo de Bombardeios/Reprodução)Os homens da 101ª Divisão Aerotransportada e da Primeira Divisão de Fuzileiros Navais — os heróis das duas séries que precederam Mestres do Ar — passaram semanas ou meses na linha de frente e com poucas pausas. Os aviadores, por outro lado, poderiam estar "no seu beliche às 4 horas da manhã, no ar sobre Colônia às 10 horas, e depois num pub inglês às 20 horas", disseram historiadores.As missões normalmente duravam menos de um dia e, quando terminavam, a tripulação sobrevivente podia voltar para seu dormitório e recarregar as baterias até o próximo confronto. Porém, servir na USAAF era mais perigoso do que lutar no solo e exigia um preço psicológico único, sendo o contraste entre o tempo passado na base e no ar especialmente nítido.Um aviador poderia tranquilamente tomar café da manhã ao lado de dois amigos pela manhã e depois voltar para casa sem notícia de seus companheiros no fim do dia. Ou seja, ao contrário da guerra terrestre, não existe um corpo quando alguém é morto. Logo, era extremamente difícil saber se um aviador foi capturado, morto ou se simplesmente desaparecera.<h2>A história do 'Centésimo Sangrento'</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/25/25014948318004.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Em 1943, o objetivo da USAAF para bombardear a Alemanha até a subsmissão centrou-se no B-17, que as autoridades acreditavam que poderia se defender contra caças inimigos enquanto lançava bombas sobre alvos industriais preciosos. Foi assim que as Forças Aéreas enviaram uma operação com mais de 1 mil bombardeiros para a Alemanha durante um período de sete dias chamado de "Semana Negra".Contudo, devido a sucessiva onda de ataques da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118612-a-blitz-de-belfast-o-bombardeio-destrutivo-feito-pelos-nazistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Luftwaffe</a>, a força aérea alemã, o ataque foi facilmente abatido. Ao final daquela semana, 148 bombardeiros foram destruídos e 1,5 mil homens foram mortos ou capturados, entre eles Cleven e Egan. O primeiro foi capturado e interrogado pelos alemães, enquanto Egan se ofereceu para liderar um ataque a Münster em 10 de outubro para vingar seu amigo.&nbsp;A Semana Negra provou ser um ponto de virada na guerra aérea, concedendo uma vantagem à Luftwaffe e forçando os americanos a suspender os ataques de longo alcance. O revés, no entanto, foi temporário. Quando os Aliados desembarcaram na <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/44525-70-anos-do-dia-d-que-definiu-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Normandia</a>, em 6 de junho de 1944, a Força Aérea Alemã estava virtualmente derrotada, com seus caças atraídos por bombardeiros americanos.<h2>Fim da guerra e legado</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Fundação do 100º Grupo de Bombardeios&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/bxTfZNXRqzIxmPP76MJWQ358QVA=/fit-in/1072x0/filters:focal(400x398:401x399)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/37/cd/37cd3cd9-cdb9-4450-a359-e8f26128d52b/john-egan-and-gale-cleven.webp"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/25/25015027908005.jpeg" alt="(Fonte: Fundação do 100º Grupo de Bombardeios)">(Fonte: Fundação do 100º Grupo de Bombardeios)Ao contrário da sua reputação, o 100º não sofreu o maior número de perdas entre os grupos da Oitava Força Aérea, o que fez com que muitos historiadores questionassem a reputação de "Centésimo Sangrento" em suas memórias. No entanto, vale ressaltar que o grupo sofreu perdas gigantescas de uma só vez.No dia 6 de março de 1944, por exemplo, 15 aeronaves do 100º foram abatidas em Berlim. Das 306 missões realizadas por eles entre 25 de junho de 1943 e 20 de abril de 1945, apenas oito foram responsáveis por quase metade de suas perdas.Os dois Buckys surpreendentemente sobreviveram ao conflito e permaneceram amigos íntimos por anos, com Egan servindo de padrinho de casamento de Cleven com sua namorada de infância. Ambos permaneceram na Força Aérea após a guerra. Egan acabou morrendo de ataque cardíaco em 1961, enquanto Cleven morreu em 2006 aos 87 anos. Suas histórias, no entanto, seguem vivas para a eternidade.</body>

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'Mestres do Ar': a história real por trás do 100º Grupo de Bombardeios dos EUA

Imagem de O curioso caso de Jonathan Childe, o "stalker" da rainha Vitória no megacurioso

No século XIX, um homem foi confinado a um manicômio por conta de sua obsessão pela rainha da Inglaterra

<head></head><body>Em 1837, a rainha Vitória tinha um <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113006-tatiana-tarasoff-e-a-mente-de-seu-stalker.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">stalker</a>. O capitão Jonathan Childe, oficial do 12º Lanceiros, talvez por ser bonito e bem-nascido, convenceu-se de que a jovem rainha da Inglaterra estava romanticamente ligada a ele.Por conta dessa paixão, Childe começou a escrever cartas para a rainha sem parar. E mesmo que ela tenha educadamente pedido que o capitão deixasse de escrever, o sujeito não conseguiu parar, o que levou a consequências indesejáveis para ele.&nbsp;<h2>A obsessão do capitão pela rainha Vitória</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/16/16203935683001.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A jovem <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123023-rainha-vitoria-a-maior-traficante-de-drogas-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rainha Vitória</a> tinha 18 anos quando chamou a atenção do capitão, que começou a escrever obsessivamente cartas para ela. A pressão do palácio contra o insistente ato fez com que o pai de Jonathan Childe levasse o filho a ser examinado por médicos, para avaliar se o seu caso era clínico e precisava de intervenção.&nbsp;Depois de algumas tentativas de tratamento, Childe acabou sendo enviado para um manicômio em Dublin em 1842. Ele acabou sendo diagnosticado com vários transtornos mentais, sendo um deles a <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/100311-o-fim-de-um-relacionamento-e-o-dia-em-que-gregorio-falou-por-todos-nos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monomania</a>, um tipo de paranóia em que o paciente tem uma única ou um tipo específico de ideias.Então, seu caso foi considerado como uma forma de insanidade, levantando algumas discussões sobre como os transtornos mentais eram encarados nessa época. Vale lembrar que, no século XIX, não havia muitos estudos acerca de questões psiquiátricas, mas também havia dúvidas sobre se era melhor que os pacientes permanecessem internados ou não.No caso de Jonathan Childe, pesou contra ele o fato que o alvo de sua obsessão era a própria rainha da Inglaterra, e que, antes dele, dois outros homens haviam atentado contra a vida da monarca. Por isso mesmo, talvez se possa dizer que ele foi confinado injustamente.<h2>Os possíveis abusos no caso Childe</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/16/16205702888013.jpg" alt="(Fonte: Brown Digital Repository/Brown University Library/Reprodução)">(Fonte: Brown Digital Repository/Brown University Library/Reprodução)No século XIX, havia ainda muitos abusos nos tratamentos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124209-transtornos-mentais-distintos-podem-ter-origem-em-comum-sugere-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transtornos mentais,</a> e um paciente podia ficar internado por um longo tempo apenas por questões financeiras ou por desejo de sua família. As reformas no sistema começaram a acontecer aos poucos, mas a questão dos asilos e manicômios permaneceu imutável por muito tempo.Anos mais tarde, o caso de Childe foi considerado um exagero por parte dos médicos. Mesmo estando confinado, ele era considerado inteligente e eloquente pela equipe que o examinava, e não havia consenso de que ele deveria ficar internado. O fato é que ele permaneceu assim por mais de uma década.Childe, no entanto, encontrou aliados que lutaram para defendê-lo, até que ele foi solto em 1854. O sujeito passou então a afirmar publicamente que sua fixação pela rainha era coisa do passado. O jornal Morning Chronicle declarou em suas páginas que o capitão Childe, então na casa dos quarenta anos, tinha "aparência muito atraente".Entretanto, Childe foi condenado ao isolamento por conta das cartas que escrevia aos amigos, que levaram ao diagnóstico de que ele estava com a mente cheia de ilusões, embora fosse calmo e racional no trato com outras pessoas. Nessas cartas, ele dizia que havia mantido um caso sexual com a rainha por vários anos. Os conteúdos, inclusive, continham descrições grosseiras de relações sexuais.Mas, no fim, o fato é que se o capitão Childe tivesse nascido em outro momento histórico, e estivesse fixado em outro tema, seu destino poderia ter sido diferente. Suas cartas obscenas teriam sido tratadas de forma menos séria e seu fim, mais leve. Jonathan Childe morreu em um asilo para lunáticos, acometido por <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127121-fasciite-necrosante-saiba-tudo-sobre-a-infeccao-da-bacteria-carnivora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">necrose</a>, aos 49 anos.</body>

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O curioso caso de Jonathan Childe, o 'stalker' da rainha Vitória

Imagem de 6 civilizações antigas que caíram no esquecimento no megacurioso

Esses povos podem não ser muito lembrados, mas também deixaram uma grande marca na história do mundo

<head></head><body>No imaginário popular, ao se falar do mundo antigo, geralmente lembramos do Egito, Babilônia, e, é claro, Grécia e Roma. No entanto, o mundo antigo foi muito mais vasto e duradouro do que se costuma pensar.Vamos explorar algumas civilizações antigas que quase ninguém lembra que já existiram?<ul><li style="font-weight: bold;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128565-antigas-cidades-de-2-500-anos-sao-encontradas-na-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antigas cidades de 2.500 anos são encontradas na Amazônia</a></li></ul><h2>1. Os Hititas&nbsp;</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17142621925169.jpg" alt="Porta de entrada de Hatusa, capital dos hititas. (Fonte: Bernard Gagnon/Wikimedia Commons)">Porta de entrada de Hatusa, capital dos hititas. (Fonte: Bernard Gagnon/Wikimedia Commons)Os Hititas, um povo antigo da Anatólia — também conhecida como Ásia Menor —, surgiram como uma potência dominante no Oriente Médio por volta de 1600 a.C., estabelecendo um império que se estendia por toda a Turquia moderna e o norte da Síria. A capital hitita, Hatusa, localizada perto da atual Bogazkale, na Turquia, era uma cidade expansiva com grandes templos, palácios e impressionantes fortificações, mas a força do império não se limitava apenas à arquitetura.&nbsp;Eles possuíam uma burocracia organizada e eficiente, além de um sistema jurídico robusto com leis que eram bastante progressistas para a época, abrangendo questões como herança, divórcio e proteção ao consumidor. O declínio do Império Hitita, por volta de 1200 a.C., fez parte de um colapso maior e misterioso que afetou várias civilizações antigas do Mediterrâneo e do Oriente Próximo.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">2. Civilização Olmeca</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17142756979171.jpg" alt="(Fonte: Glysiak/Wikimedia Commons)">(Fonte: Glysiak/Wikimedia Commons)Também conhecida como a "cultura mãe" da Mesoamérica, a civilização olmeca surgiu por volta de 1400 a.C. e floresceu até aproximadamente 400 a.C., nas terras baixas tropicais do que hoje é o México. Os olmecas são talvez mais conhecidos por suas cabeças de pedra colossais do que por qualquer outra coisa. Essas esculturas podem chegar a pesar até 40 toneladas e exibem uma habilidade artesanal incrível, um testemunho das avançadas habilidades dos olmecas em trabalhar a pedra.Além de suas realizações arquitetônicas, os olmecas foram notáveis por suas contribuições para o calendário mesoamericano, sistema de escrita e o conceito do número zero. Suas crenças religiosas, envolvendo um panteão de deuses associados a elementos naturais, influenciaram as religiões maias e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128458-5-impressionantes-invencoes-astecas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">astecas</a> que surgiram depois. Embora não haja evidências claras sobre as razões do desaparecimento dos olmecas, os arqueólogos acreditam que isso teve a ver com as severas mudanças ambientais que eles enfrentaram.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">3. Os Elamitas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17142834361174.jpg" alt="(Fonte: Hansueli Krapf/Wikimedia Commons)">(Fonte: Hansueli Krapf/Wikimedia Commons)A civilização elamita foi uma das culturas mais antigas estabelecidas no antigo Oriente Próximo. Localizada principalmente na região sudoeste do que é hoje o Irã, a história deste povo remonta a cerca de 3000 a.C. Ao longo de sua história, a civilização teve períodos de poder e destaque, especialmente durante os conflitos e interações com as potências mesopotâmicas vizinhas, como sumérios, acádios e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127537-babilonios-escreveram-o-teorema-de-pitagoras-mil-anos-antes-do-matematico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">babilônios</a>.&nbsp;Apesar dos elamitas também terem enfrentado inúmeras invasões e períodos de dominação pelos assírios e persas, sempre mantiveram um grau de autonomia até serem finalmente absorvidos pelo Império Persa. No entanto, apesar desse legado e realizações surpreendentes, não são muitas as pessoas que ouviram falar deles.<h2 style="text-align: justify;">4. Civilização Nok</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17142941106175.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Batizada com o nome da vila de Nok, na Nigéria, onde os primeiros artefatos dessa civilização foram descobertos na década de 1920, a cultura Nok é a mais antiga civilização conhecida da África Ocidental. Florescendo entre 1500 a.C. e 300 d.C., ela é principalmente conhecida por suas esculturas de terracota, que representam alguns dos exemplos mais antigos e refinados de escultura na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128482-estudar-o-coco-dos-porcos-formigueiros-pode-contribuir-na-sobreviencia-da-especie-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">África subsaariana</a>. O propósito dessas representações ainda é motivo de debate entre arqueólogos — enquanto alguns sugerem que tinham significado ritualístico ou religioso, outros propõem que poderiam ter sido usadas como amuletos ou símbolos de status.Além de sua arte, há evidências de que dominavam a fundição de ferro muito antes de outras culturas na região. Isso teve implicações profundas, não apenas para a agricultura e a guerra, mas também para os avanços sociais. Apesar dessa vantagem, os Nok desapareceram por volta de 300 d.C., por razões ainda não esclarecidas. E, como evidenciado pela participação deles nesta lista, foram esquecidos desde então. &nbsp;<h2 style="text-align: justify;">5. Império de Axum</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17143217390178.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A civilização de Axum foi um império comercial que ascendeu no Chifre da África por volta do século I d.C. e manteve seu poder até o século X d.C. Seu território central situava-se na atual região norte da Etiópia e Eritreia, e em seu auge, sua influência se estendia por partes do Sudão, Iémen e até o sul da Arábia. Uma das características mais marcantes deste povo foram suas realizações arquitetônicas, especialmente as estelas — altas colunas de pedra esculpidas.Se isso não fosse impressionante o suficiente, eles conseguiram se posicionar como um importante centro comercial, conectando o Império Romano e o Império Bizantino com a Índia e o Extremo Oriente. Eles também ocupam um lugar especial na história como um dos primeiros grandes impérios a adotar o cristianismo. Não duraram para sempre, mas deixaram uma grande marca na história do mundo.<h2 style="text-align: justify;">6. Confederação Xiongnu</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17143425256180.jpg" alt="Família nômade e seu cavalo. (Fonte: Wikimedia Commons)">Família nômade e seu cavalo. (Fonte: Wikimedia Commons)A Confederação Xiongnu, um poderoso império nômade que se desenvolveu nas estepes da Ásia Central e Oriental por volta do século III a.C., desempenhou um papel crucial na moldagem das dinâmicas políticas e militares da região. Em conflitos com a Dinastia Han da China, as batalhas resultaram na fortificação da Grande Muralha da China para se proteger contra os ataques Xiongnu.&nbsp;Apesar de seu impacto significativo na história antiga asiática, a Confederação Xiongnu enfrentou divisões internas e pressões externas, fragmentando-se em metades norte e sul até ser absorvida por outros grupos tribais e dominada por poderes emergentes na região até o final do século I d.C.</body>

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