Imagem de Projeto Manhattan: como cientistas reagiram à 1ª bomba atômica? no megacurioso

Entenda como os pesquisadores que estiveram no Trinity Site no dia 16 de julho de 1945 reagiram à primeira bomba atômica detonada na história

<head></head><body>Se o filme Oppenheimer (2023), de Christopher Nolan tem sido um sucesso de bilheterias nos cinemas mundiais, um dos principais motivos de toda essa glória passa pela história intrigante que inspirou o roteiro do filme. A película conta a história de Robert Oppenheimer, o físico teórico encarregado do Projeto Manhattan e responsável por criar a primeira bomba atômica no mundo.Antes mesmo das cidades de Hiroshima e Nagasaki serem atacadas, quem presenciou a explosão de uma bomba nuclear pela primeira vez na história foi o Trinity Site, no Novo México — local onde os Estados Unidos conduziam seus testes. Então, veja só o que os cientistas que estiveram presentes neste marco histórico falaram sobre o acontecimento!<h2>Explosão marcante</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/wki4hg9Om-k" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>No dia 16 de julho de 1945, o Trinity Site estava pronto para receber o primeiro teste de bomba atômica na história do planeta. Após bilhões de dólares gastos e anos de pesquisa, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126752-oppenheimer-5-historias-incriveis-sobre-o-pai-da-bomba-atomica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Robert Oppenheimer</a> e sua equipe de cientistas haviam finalmente concluído o "projeto perfeito" e se prepararam para a primeira explosão. Os Estados Unidos acreditavam que essas novas armas não apenas mudariam o rumo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra</a> Mundial, mas também seriam úteis para a Guerra Fria que estava por vir.Antes do teste ser concluído, todos os pesquisadores que ainda estavam na região receberam óculos siderúrgicos para conseguir observar a "nuvem cogumelo" sem machucar os olhos. Por medidas de segurança, pesquisadores como Richard Feynman estavam a 32 km de distância do Trinity Site no nomento da explosão.Feynman, no entanto, decidiu que não queria ver nada através de óculos escuros e preferiu ver tudo por trás do para-brisa de uma caminhonete. Segundo seu relato, no momento que a bomba caiu no chão, primeiro viu-se um incrível clarão iluminando o céu, que foi posteriormente seguido por uma grande bola laranja de fogo a qual subia e ondulava aos poucos. Um minuto e meio após a explosão, um enorme estrondo ecoou pelos campos do Novo México — quase como se fosse um relâmpago.<h2>Surpresa e medo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25025009307000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Quando Oppenheimer e colegas teorizaram sobre a primeira bomba atômica, existia um medo de que a arma pudesse gerar uma reação em cadeia na atmosfera que acabaria com o mundo de uma vez por todas. Embora essa probabilidade fosse mínima, muitos envolvidos no evento estavam apreensivos.Em relato histórico, o cientista James Conant afirmou que esperava um flash de luz relativamente rápido no momento da explosão. Contudo, como a luz branca encheu o tanto o céu, por um momento ele disse pensar que "algo tinha dado errado e o mundo inteiro havia pegado fogo".Algumas das pessoas presentes, que acompanharam a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/126799-as-5-das-maiores-explosoes-na-historia.htm#:~:text=Uma%20das%20explos%C3%B5es%20mais%20famosas,que%20a%20bomba%20de%20Hiroshima." rel="noopener noreferrer" target="_blank">explosão</a> deitadas de bruços no chão e vendo tudo pelo reflexo de um pedaço de vidro, relataram terem ficado completamente cegadas pelo flash por alguns segundos. Mesmo tão longe do epicentro da explosão, o calor da bomba podia ser sentido no ar.<h2>Importância histórica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25025327465003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Um dos relatos mais impressionantes vem de Joe Hirschfelder, o químico designado para medir a precipitação radioativa da explosão. "De repente, a noite se transformou em dia, e estava tremendamente brilhante, o frio se transformou em calor; a bola de fogo gradualmente mudou de branco para amarelo e para vermelho à medida que crescia e subia no céu; depois de cerca de cinco segundos, a escuridão voltou, mas com o céu e o ar cheios de um brilho roxo, como se estivéssemos cercados por uma aurora boreal", descreveu.&nbsp;Um general do Exército que acompanhava de perto a reação de Robert Oppenheimer quando tudo aconteceu chegou a dizer que até mesmo o físico parecia espantado com a sequência de acontecimentos. "O Dr. Oppenheimer ficou mais tenso com o passar dos últimos segundos. Ele mal respirava. Seu rosto só foi demonstrar alívio quando tudo já tinha acontecido", disse.&nbsp;O que realmente se passava na mente do gênio responsável pela invenção da arma que eventualmente pode acabar destruindo o planeta no momento da explosão nunca foi repassado para qualquer livro de história. De qualquer forma, o rumo da vida em nosso planeta foi definitivamente alterado a partir daquele momento.</body>

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Projeto Manhattan: como cientistas reagiram à 1ª bomba atômica?

Imagem de Runit Dome: o 'túmulo' de lixo nuclear dos EUA que pode romper a qualquer momento no megacurioso

Entre 1977 e 1980, o governo norte-americano construiu o Runit Dome para conter resíduos radioativos dos testes nucleares para a Guerra Fria

<head></head><body>Situada no Oceano Pacífico entre o Havaí e as ilhas Filipinas, as Ilhas Marshall são uma nação insular bastante curiosa. Porém, o que chama mais atenção nesse lugar é uma enorme cúpula de concreto localizada entre seus coqueiros e águas cristalinas: o Runit Dome, uma estrutura que deriva do passado da nação como um local para testes nucleares.Entre 1946 e 1958, os Estados Unidos detonaram 67 bombas nucleares e atmosféricas no Atol de Enewetak e no Atol de Bikini, nas Ilhas Marshall. O objetivo era que tais testes fornecessem algum tipo de vantagem sobre a União Soviética na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121911-5-ideias-equivocadas-que-temos-sobre-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a>. Porém, para que isso fosse possível, era preciso a construção de um "lixão nuclear". Entenda mais sobre o caso!<h2>Testes em larga escala</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/04/04023213668006.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A história do Runit Dome começa na década de 1940, quando os EUA identificaram nas Ilhas Marshall um local adequado para conduzir testes nucleares. Segundo a imprensa norte-americana, esse cálculo foi feito com base na baixa população do país e na distância para outros países — assim como as rotas marítimas que passavam por ali.Por quase duas décadas, os Estados Unidos usaram a nação insular como local de testes não apenas para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121876-armas-nucleares-taticas-as-bombas-atomicas-pequenas-e-perigosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bombas nucleares</a>, mas também para armas biológicas. A primeira bomba lançada na ilha foi em 1946. Nos cinco anos seguintes, mais oito testes foram feitos, variando de 23 a 225 quilotons de potência.&nbsp;Com o passar do tempo, o governo norte-americano decidiu testar armas cada vez maiores. Isso incluiria a bomba Castle Bravo, que seria mil vezes mais poderosa do que as bombas lançadas sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122615-por-que-hiroshima-e-nagasaki-foram-alvo-de-bombas-atomicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima e Nagasaki</a>. Com o Tratado de Proibição Limitada de Testes assinado pelo país em 1963, os EUA deram uma freada nos testes nucleares, mas continuaram testando dezenas de armas biológicas nos anos seguintes.<h2>Construção do lixão nuclear</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/04/04023116925005.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Na década de 1970, no entanto, as coisas começaram a mudar. Os EUA haviam esgotado sua necessidade de testar armas nas Ilhas Marshall e outras prioridades surgiram para a Guerra Fria. Contudo, as décadas de explosão na região devastaram toda a paisagem que um dia fora maravilhosa, deixando para trás enormes crateras e toneladas de lixo radioativo.O governo norte-americano, então, concordou em ajudar a limpar a nação insular, tendo a ideia de criar uma "tumba" de concreto na Ilha Runit, a qual seria apelidada de Runit Dome. O problema é que os 11 testes nucleares conduzidos no Atol de Enewetak causaram uma "alta contaminação do subsolo", com os isótopos radioativos apresentando meia-vida de 24 mil anos.Logo, a Ilha Runit sempre seria tóxica para os humanos. Então, a Comissão de Energia Atômica e o Departamento de Defesa dos EUA criaram um plano para coletar detritos radioativos da região e despejá-los no Runit Dome, cobrindo tudo com uma cúpula de concreto. Entre 1977 e 1980, cerca de 4 mil militares trabalharam para jogar 35 piscinas olímpicas de solo contaminado e detritos na cratera. Os dejetos foram misturados com concreto e posteriormente selados com outra camada de concreto de 45 centímetros de espessura.<h2>Tragédia anunciada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/04/04023302214007.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Embora algumas medidas de segurança tenham sido implementadas para a construção do Runit Dome, diversos problemas surgiram ao longo do caminho. Em primeiro lugar, o atol estava quente demais para o uso de trajes de proteção e os amostradores de ar para monitorar a entrada de plutônio rapidamente quebraram.Com isso, centenas de soldados que participaram do projeto acabaram sofrendo de câncer, problemas ósseos e até causaram defeitos congênitos em seus filhos anos depois. O governo dos EUA, por sua vez, recusou-se a pagar pelos cuidados médicos.&nbsp;Para piorar a situação, a situação atual do Runit Dome é precária. O concreto utilizado para tampar o túmulo nuclear começou a envelhecer e apresenta pequenas rachaduras — o que pode criar grandes vazamentos no futuro e prejudicar ainda mais a vida das pessoas que moram nessa região.Em 2019, os norte-americanos anunciaram que pretendiam estender um acordo com as Ilhas Marshall para fornecer ajuda em troca de privilégios militares no território. No entanto, o Runit Dome segue sendo uma ferida aberta nessa relação.</body>

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Runit Dome: o 'túmulo' de lixo nuclear dos EUA que pode romper a qualquer momento

Imagem de Taylor Wilson: o jovem que realizou uma fusão nuclear aos 14 anos no megacurioso

Em 2008, com apenas 14 anos, ele foi a 32º — e mais jovem — pessoa a construir um reator nuclear funcional

<head></head><body>Quando alguém fala de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123923-existe-uma-maneira-de-produzir-energia-limpa-inesgotavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fusão nuclear</a>, qual é a primeira coisa que vem à sua cabeça? Estrelas sendo formadas no universo? Uma área muito complexa da física? Ficção científica? E, que tal um adolescente em um laboratório improvisado na garagem de casa?Desde pequeno, Taylor Wilson começou a se interessar pelo tema. Considerado uma das crianças mais inteligentes da sua geração, ele acabou se dedicando a estudar o assunto, o que fez com que se tornasse a pessoa mais jovem da história a atingir a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123756-tecnica-de-fusao-nuclear-pode-gerar-energia-limpa-infinita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fusão nuclear</a>.&nbsp;<h2>Um jovem prodígio&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15073002731000.jpg" alt="Taylor com os pais e o irmão mais novo. (Fonte: PopSci)">Taylor com os pais e o irmão mais novo. (Fonte: PopSci)Nascido em 1994, na cidade de Texarkana, no Arkansas, desde muito pequeno ele já demonstrava ter um grande potencial para a ciência. Seus pais, percebendo que o filho poderia ir longe, sempre o incentivaram e estimularam o potencial de Taylor.Seu primeiro contato com radiação foi aos 10, quando ele pendurou uma tabela periódica em seu quarto. Com apenas uma semana, Taylor memorizou todos os números atômicos, massas e pontos de fusão dos elementos químicos.No ano seguinte, sua avó o levou até uma livraria no dia do seu aniversário, para que ele escolhesse um livro de presente. Taylor saiu de lá com The Radioactive Boy Scout&nbsp;("O escoteiro radioativo" em tradução livre para o português). Esse livro conta a história de David Hahn, um adolescente que tentou construir um reator em um galpão no quintal de casa na década de 1990. Terminando o livro, Taylor disse para si mesmo: “As coisas que aquele garoto estava tentando fazer, tenho certeza que posso realmente fazê-las.”<h2>O nascimento de uma estrela</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/15/15073913003001.jpg" alt="Primeiro reator construído por Taylor. (Fonte: SciRadioactive)">Primeiro reator construído por Taylor. (Fonte: SciRadioactive)Não demorou muito para que Taylor começasse a transformar a garagem da casa em um espaço de pesquisa. Com o tempo, mesas abarrotadas de produtos químicos, microscópios e luzes negras germicidas começaram a aparecer. Depois foi a vez de recipientes revestidos de chumbo e preenchidos com pedaços de urânio — tirado de utensílios domésticos revestidos com tinta feita à base do material químico.Nesse ponto, talvez você deva estar se perguntando: como os pais de Taylor deixaram isso acontecer? Seria excesso de liberdade ou falta de responsabilidade? O que aconteceu é que Taylor sempre dava um jeito de conseguir o que precisava para suas pesquisas improvisadas. E sempre dizia saber que estava fazendo tudo de modo seguro.Para ter certeza disso, seu pai, Kenneth, pediu a um amigo farmacêutico nuclear que viesse verificar as práticas de segurança do filho. Depois de olhar o laboratório caseiro ele comentou: "Embora Taylor esteja fazendo tudo certo, a radiação funciona de maneira rápida e complexa. Aprender com um erro, pode ser fatal".Todos ao redor do jovem percebiam seu potencial. Foi assim que a meia-irmã de Taylor, Ashlee, recomendou que Kenneth o matriculasse na Davidson Academy. Ela é uma escola pública voltada para os alunos "mais inteligentes" dos EUA, e que permite que os eles façam pesquisas avançadas na Universidade de Nevada-Reno.&nbsp;Nessa época, com apenas 13 anos, Taylor estava estudando uma maneira de produzir isótopos radioativos de maneira segura e barata para usar no tratamento contra o câncer. Ele sabia que era necessário ter um equipamento capaz de resistir a um calor extremo e pressão negativa, e encontrou o que precisava em um dos armazéns da Davidson.Enquanto passeava com o físico atômico Ronald Phaneuf, Taylor encontrou uma câmara de alto vácuo feita de aço inoxidável de paredes grossas. Era o que faltava ao jovem para realizar seu sonho. Nos meses seguintes, Taylor e Phaneuf se dedicaram a construir o reator, corrigindo eventuais erros que surgiam e conseguindo equipamento e material de conhecidos e amigos do professor, para realizar a fusão.Assim, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110940-um-jovem-de-14-anos-criou-seu-proprio-reator-de-fusao-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pouco depois de completar 14 anos</a>, Taylor, Phaneuf e Bill Brinsmead, um técnico de laboratório, carregaram deutério na máquina. Após ligar o reator e confirmar a presença de nêutrons, Taylor tornou-se a 32ª — e mais jovem — pessoa do planeta a realizar uma reação de fusão nuclear.</body>

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Taylor Wilson: o jovem que realizou uma fusão nuclear aos 14 anos

Imagem de Oppenheimer: quem foi o pai da bomba atômica? no megacurioso

O pai da bomba atômica vai ganhar cinebiografia que vai estreia em julho

<head></head><body>O próximo filme de Christopher Nolan, Oppenheimer, retrata a vida do "pai da bomba atômica", o físico Julius Robert Oppenheimer, e vai estrear em julho. O enredo é focado na complicada criação das primeiras armas nucleares e mostra o cineasta liderando a equipe que desenvolveu o primeiro artefato do tipo detonado com sucesso.A história mostra os bastidores da pesquisa que gerou o armamento, como as difíceis tomadas de decisão diante aos dilemas éticos, enquanto aborda aspectos pessoais da vida de Oppenheimer. Alguns vazamentos apontam que a obra vai tratar da ligação do cientista com organizações comunistas, que rendeu a suspensão do acesso do físico à Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos.O filme serve como um lembrete do assustador poder destrutivo das armas nucleares. O próprio Oppenheimer desaconselhou o desenvolvimento acelerado da bomba de hidrogênio, que é milhares de vezes mais poderosa que a bomba atômica. No entanto, o armamento acabou sendo criado pela Rússia, batizada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/37427-conheca-a-historia-da-mais-poderosa-bomba-nuclear-ja-criada-pela-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tsar bomb</a>, a arma mais potente da história.<h2>Quem foi Oppenheimer?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25140111491178.gif" alt="Suspeita de contatos com comunistas encerrou carreira científica de Oppenheimer. (Fonte: National Archives/Reprodução)">Suspeita de contatos com comunistas encerrou carreira científica de Oppenheimer. (Fonte: National Archives/Reprodução)Oppenheimer foi um físico teórico norte-americano que nasceu em 22 de abril de 1904, em Nova Iorque. Ele estudou universidades renomadas, como Harvard e Cambridge. Durante a década de 1930, o cientista fez importantes contribuições para a física teórica, trabalhando em campos como a teoria quântica de campos e a relatividade geral.Em 1942, ele foi recrutado para liderar o Projeto Manhattan, o programa secreto dos Estados Unidos para desenvolver a bomba atômica. Ele foi supervisor da construção da primeira bomba atômica, testada com sucesso em 16 de julho de 1945, no Novo México e foi considerado um herói nacional por sua contribuição para o esforço de guerra dos EUA.Mais tarde, se tornou um defensor ativo do controle de armas nucleares e se opôs fortemente ao uso da bomba atômica contra o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122615-por-que-hiroshima-e-nagasaki-foram-alvo-de-bombas-atomicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Japão</a>. Depois da guerra, Oppenheimer tornou-se diretor do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, até ser acusado de simpatia com o comunismo em 1954. Ele morreu em 1967, aos 62 anos.<h2>O que foi o projeto Manhattan?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25140301064183.jpg" alt="A tecnologia usada na bomba atômica tinha o propósito iniciado de acelerar partículas para pesquisa científica. (Fonte: Lawrence Berkeley Nat'l Lab/Reprodução)">A tecnologia usada na bomba atômica tinha o propósito iniciado de acelerar partículas para pesquisa científica. (Fonte: Lawrence Berkeley Nat'l Lab/Reprodução)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119975-projeto-manhattan-cientistas-injetaram-plutonio-em-pacientes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Projeto Manhattan</a> foi um programa de pesquisa e desenvolvimento coordenado pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, visando produzir a primeira bomba atômica. O programa foi nomeado assim porque a equipe responsável pela pesquisa estava inicialmente baseada no distrito de Manhattan, em Nova York.A iniciativa começou em 1939, antes da entrada dos Estados Unidos na guerra, e foi acelerado após a eclosão do conflito em 1941. A equipe responsável pelo projeto era composta por alguns dos maiores cientistas do mundo, como Robert Oppenheimer, Enrico Fermi e Niels Bohr, entre outros.O programa envolveu várias etapas, incluindo a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias necessárias para produzir uma bomba atômica, a construção de instalações de produção de urânio e plutônio, e a criação de um dispositivo explosivo que poderia desencadear uma reação em cadeia nuclear.<h2>Como funciona a bomba atômica?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25140820047185.jpg" alt="A divisão do átomo provoca uma reação em cadeia devastadora. (Fonte: Wikimedia/Chairboy/Reprodução)">A divisão do átomo provoca uma reação em cadeia devastadora. (Fonte: Wikimedia/Chairboy/Reprodução)A bomba atômica funciona é ativada por um processo chamado de fissão nuclear. O armamento usa um nêutron livre para dividir o núcleo atômico de elementos como urânio ou plutônio Essa divisão libera outros nêutrons que iniciam uma reação em cadeia, desintegrando muitos núcleos atômicos vizinhos.O armamento pode causar destruição em massa e impactos terríveis tanto para o meio ambiente quanto para a vida humana. Os efeitos da explosão podem se estender por quilômetros, destruindo edifícios, estradas e pontes, além de deixar as áreas afetadas inabitáveis por um longo período de tempo.Dependendo do tamanho da bomba e da área afetada, os danos podem incluir uma enorme explosão, uma onda de choque, incêndios, radiação eletromagnética, radiação térmica e radioatividade residual.<h2>Quantas bombas atômicas existem no mundo?</h2>O arsenal nuclear global, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), vai crescer pela primeira vez desde a Guerra Fria, e o risco de uso dessas armas atingiu o pico em décadas. Todos os países com armas nucleares estão aumentando ou atualizando seus arsenais e reforçando o papel das ogivas nas estratégias militares.O número de bombas atômicas no mundo não é divulgado por questões de segurança, mas estimativas apontam que existem cerca de 13 mil ogivas nucleares. O arsenal está distribuído em apenas 9 países, com a Rússia e os liderando o ranking. Além deles, China, França, Reino Unido, Paquistão, Índia, Israel e Coreia do Norte possuem artefatos do tipo.A grande maioria dessas ogivas são armas nucleares estratégicas, que podem ser direcionadas a longas distâncias, como mísseis balísticos e foguetes. Somente a Rússia, que está em guerra contra a Ucrânia, tem 1.500 ogivas implantadas nas bases de mísseis, bombardeiros e submarinos.</body>

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Oppenheimer: quem foi o pai da bomba atômica?

Imagem de É perigoso? Praia perto de usina nuclear em Angra tem água quente no megacurioso

Localizada perto das usinas nucleares de Angra 1 e 2, a Praia do Laboratório conta com água quente durante o ano todo para banhistas

<head></head><body>De todas as praias existentes em Angra dos Reis, poucas delas são tão especiais quanto a Praia do Laboratório, localizada perto das usinas nucleares construídas na cidade. Diferente das outras, essa praia é conhecida por ter água quente o ano inteiro, algo que costuma atrair <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/114788-banhistas-comemoram-fim-da-quarentena-pulando-em-lago-toxico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">banhistas</a> para a região.Além disso, esse é um local de ondas calmas e paisagem paradisíaca, tornando-se um verdadeiro atrativo para turistas que querem ter uma sensação parecida de estarem em fontes termais. Porém, qual o motivo da água ficar aquecida o ano todo? O fato dessa praia estar conectada às <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122675-por-que-usinas-nucleares-sao-uma-ameaca-constante-para-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">usinas nucleares</a> é um perigo para os banhistas? Entenda mais sobre o caso nos próximos parágrafos!<h2>Aquecimento da água</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/26184931679451.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A água da Praia do Laboratório é aquecida por um processo da central nuclear, que capta uma grande quantidade de água do mar para resfriar o vapor usado para movimentar um gerador de eletricidade na usina. Em declaração fornecida ao G1, a Eletronuclear, responsável por operar as usinas de Angra 1 e 2, garantiu que a água não tem contato com radioatividade.Durante esse processo, o vapor só surge devido ao aquecimento do reator nuclear. Porém, como o resfriamento ocorre em um circuito separado do sistema primário, a água que retorna à <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121760-as-5-praias-mais-perigosas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">praia</a> não oferece qualquer risco aos banhistas. A única diferença é que essa água que entra no reator sai com uma temperatura de três a cinco graus Celsius mais quente.O nome da Praia do Laboratório, inclusive, surgiu devido a um antigo laboratório que funcionava dentro do complexo nuclear. Alguns locais também costumam chamar a região de Praia Secreta, principalmente por conta da dificuldade de acesso.<h2>Qualidade da água</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/26185114540454.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Embora a Praia do Laboratório seja uma das mais "famosas" em Angra dos Reis, ela não é a única com águas aquecidas. Bem ao seu lado também existe a Praia das Águas Quentes, que conta com temperaturas ainda mais altas. Vale ressaltar, contudo, que toda a região é monitorada por seguranças da Eletronuclear.Um problema relacionado à região é que os boletins de balneabilidade — os quais analisam a qualidade da água para banhistas — não são feitos na Praia do Laboratório desde 2016. Os laudos produzidos pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) são divulgados no site oficial da empresa, mas a ausência de testes mais recentes mostra pesquisas desatualizadas.De todo modo, o histórico mais recente é positivo e mostra que a praia esteve apta para o banho na década passada. De acordo com o Inea, a última análise teria sido feita em fevereiro de 2020, mas a pandemia de covid-19 atrapalhou o processo de coleta de água e, por isso, os dados ainda estão desatualizados.Sendo assim, para quem deseja confiar nos relatórios passados e pretende ter uma experiência única em uma praia localizada ao lado de uma usina nuclear, Angra dos Reis é o local correto.&nbsp;</body>

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É perigoso? Praia perto de usina nuclear em Angra tem água quente

Imagem de Cachorros de Chernobyl são geneticamente diferentes, diz estudo no megacurioso

Após 40 anos do desastre nuclear, pesquisadores usaram amostras de sangue para identificar diferenças genéticas entre cães na zona de exclusão de Chernobyl e nas áreas vizinhas

Centenas de c&atilde;es de rua seguem vagando pela zona de exclus&atilde;o de Chernobyl ap&oacute;s 40 anos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122870-qual-e-o-lugar-mais-seguro-do-mundo-no-caso-de-uma-guerra-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desastre nuclear</a> catastr&oacute;fico que gerou fortes preju&iacute;zos ambientais e humanos para essa regi&atilde;o na Ucr&acirc;nia. Inclusive, muitos desses c&atilde;es j&aacute; s&atilde;o descendentes de animais de estima&ccedil;&atilde;o que foram deixados para tr&aacute;s por fam&iacute;lias que fugiram do desastre.
Sem influ&ecirc;ncia humana na &aacute;rea, esses animais conseguiram prosperar. No entanto, agora pesquisadores querem descobrir quais os efeitos potenciais da radia&ccedil;&atilde;o de longo prazo nesses c&atilde;es. Estudos recentes mostram que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122642-como-seu-cachorro-sabe-que-alguem-esta-chegando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cachorros</a> que vivem dentro da zona de exclus&atilde;o nuclear s&atilde;o geneticamente distintos de outros c&atilde;es existentes nas &aacute;reas vizinhas. Entenda!
<h2>Estudos em Chernobyl</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/09/09151159254345.jpg" alt="(Fonte: Reposit&oacute;rio de imagens NZN)" />(Fonte: Getty Images)
Embora os cientistas j&aacute; tivessem examinado anteriormente criaturas menores que vivem na regi&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124498-5-curiosidades-sobre-os-animais-de-chernobyl.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chernobyl</a>, como p&aacute;ssaros, insetos e anf&iacute;bios, essa foi a primeira vez que um estudo decidiu examinar os efeitos potenciais da radia&ccedil;&atilde;o em animais de grande porte na &aacute;rea. A equipe de pesquisa acredita que novas descobertas podem ajudar a entender o que a radia&ccedil;&atilde;o de longo prazo significa para os seres humanos.
Publicano na revista Science Advances, o estudo examinou 302 c&atilde;es que viviam a dist&acirc;ncias variadas da usina de Chernobyl, comparando esses resultados com os genes de c&atilde;es que habitam entre 9 e 45 km de dist&acirc;ncia do local. Conforme aponta o documento, foi poss&iacute;vel destacar uma diversidade gen&eacute;tica muito mais baixa entre os c&atilde;es de Pripyat &mdash; uma cidade pr&oacute;xima que foi abandonada ap&oacute;s a cat&aacute;strofe.
Entre c&atilde;es na cidade de Chernobyl, uma &aacute;rea a 15 km da usina, e Slavutych, uma cidade para trabalhadores evacuados da usina a 45 km da regi&atilde;o, a diversidade gen&eacute;tica variou consideravelmente. Sendo assim, o resultado sugere que c&atilde;es de cidades mais distantes raramente procriam com c&atilde;es mais pr&oacute;ximos do lugar da explos&atilde;o.
<h2>Conclus&otilde;es</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/09/09151215049346.jpg" alt="(Fonte: Reposit&oacute;rio de imagens NZN)" />(Fonte: Getty Images)
Apesar do estudo observar que as barreiras f&iacute;sicas entre as cidades da &aacute;rea tamb&eacute;m possam ter contribu&iacute;do para as varia&ccedil;&otilde;es na diversidade gen&eacute;tica dos c&atilde;es, os pesquisadores levantaram a hip&oacute;tese de que a exposi&ccedil;&atilde;o a longo prazo &agrave; radia&ccedil;&atilde;o poderia explicar o porqu&ecirc; dos c&atilde;es na zona de exclus&atilde;o serem geneticamente distintos.
A expectativa &eacute; que estudos futuros possam mostrar efeitos mais definitivos da radia&ccedil;&atilde;o nas popula&ccedil;&otilde;es caninas de Chernobyl e arredores, como suas diferen&ccedil;as gen&eacute;ticas podem afetar sua sa&uacute;de, comportamento e apar&ecirc;ncia ao longo do tempo. Al&eacute;m disso, novos estudos tamb&eacute;m podem ajudar os cientistas a aprender sobre as muta&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas que ajudam os animais a sobreviver esse tipo de desastre.
Como c&atilde;es e humanos tendem a compartilhar espa&ccedil;os e dietas semelhantes, futuros testes feitos em Chernobyl ser&atilde;o extremamente importantes para revelar os efeitos potenciais da radia&ccedil;&atilde;o nas pessoas. Essa, inclusive, &eacute; a primeira vez que uma equipe de pesquisa tem uma oportunidade de fazer um trabalho t&atilde;o significativo sobre um animal que reflete t&atilde;o bem a experi&ecirc;ncia humana quanto os cachorros.&nbsp;
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Cachorros de Chernobyl são geneticamente diferentes, diz estudo

Imagem de 5 curiosidades sobre os animais de Chernobyl no megacurioso

Enquanto algumas espécies deixaram a lista de muito ameaçados de extinção, outros sofreram uma grande queda — e outros ainda se tornaram mutantes

<head></head><body>Na noite do dia 26 de abril de 1986, uma explosão no reator 4 da usina nuclear de Chernobyl foi responsável por uma das maiores crises da história da humanidade. Com mais de 100 vezes a quantidade de radiação liberada no bombardeio de Hiroshima, Chernobyl passou de cidade modelo para um local abandonado em questão de poucos dias, dando origem à chamada <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123126-ras-de-chernobyl-evoluiram-para-suportar-radiacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Zona de Exclusão</a>.Mas enquanto as pessoas foram evacuadas, a vida selvagem continuou seguindo seu próprio rumo. Agora, quase quatro décadas após a explosão, a vegetação voltou a tomar conta da região e os animais que conseguiram suportar os elevados índices de radiação parecem estar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118761-chernobyl-por-que-o-desastre-nuclear-foi-bom-para-a-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">melhores do que nunca</a>.<h2>1. O cavalo selvagem</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23091802297449.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Em 1994, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121389-longe-dos-humanos-animais-se-multiplicam-em-chernobyl.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cavalo-de-przewalski</a> foi classificado como extintos na natureza. O avistamento selvagem mais recente datava da década de 1960, o que significava que eles estavam vivendo em grupos muito pequenos e em áreas remotas — no início do século XX, esses animais eram encontrados da Mongólia até o Leste Europeu.Mas ainda na década de 1990, Mike Wood e Nick Beresford, dois os ecologistas britânicos que se especializaram em estudar os efeitos da radiação na vida selvagem de Chernobyl, perceberam que o cavalo-de-przewalski estava voltando a números mais expressivos na Zona de Exclusão. Os animais vêm sendo monitorados desde então, e o grupo parece estar crescendo de maneira consistente.&nbsp;<h2>2. A radiação pode ter matado os insetos de Chernobyl</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23091858078450.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Uma lenda bastante comum afirma que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/explosoes-atomicas/36924-as-baratas-realmente-sobreviveriam-a-um-desastre-nuclear-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baratas seriam os únicos animais que sobreviveriam a um desastre nuclear</a>. Porém, Chernobyl tem demonstrado que talvez a situação seja um pouco diferente. Enquanto a maioria dos vertebrados tem conseguido resistir à radiação, insetos e aranhas tiveram uma grande queda em seus números.Um estudo de 2009 indicou que quanto mais radiação havia em certos locais ao redor da área do desastre de Chernobyl, menor a população de invertebrados. E esse é um padrão que também foi observado após o acidente nuclear de 2011 na usina nuclear de Fukushima.<h2>3. Os animais de Chernobyl são mutantes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23092401827453.png" alt="(Fonte: Mental Floss)">(Fonte: Mental Floss)Segundo um estudo de 2011, animais tiveram 20 vezes mais as mutações genéticas na região de Chernobyl, do que quando comparados com populações de outras áreas. Eles ainda estão um pouco distante de se tornarem criaturas monstruosas com vários olhos, mas já é possível notar algumas mudanças. A radiação afeta o DNA, fazendo com que pequenas características possam surgir por acaso.Enquanto os animais que estavam próximos da usina nos primeiros dias provavelmente morreram devido a alta quantidade de material radioativo, os que sobreviveram provavelmente tiveram seu material genético alterado em diferentes níveis. Um exemplo desses animais mutantes é a andorinha. Biólogos já relataram que o número dessas aves com albinismo é maior na Zona de Exclusão do que fora dela.Áreas com níveis mais altos de radiação também parecem ter dado origem a populações de pássaros com cérebros menores, esperma menos viável e diminuição da diversidade e abundância de espécies.<h2>4. Os ratos têm acumulado níveis preocupantes de radiação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23092307612452.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)O césio-137 tem uma meia-vida de mais de 30 anos. Em determinados organismos, a radiação pode ser acumulada por algumas gerações, como é o caso de alguns fungos. Como eles são alimentos de pequenos roedores, algumas espécies apresentam uma concentração particularmente elevada.Até o momento, as principais consequências envolvem animais menos férteis em áreas com maiores concentrações de radiação, com uma queda correspondente nas populações em geral. Eles também demonstraram ter taxas mais altas de catarata do que os animais de fora da Zona de Exclusão.<h2>5. Alguns cães de Chernobyl foram adotados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/23/23092028588451.png" alt="(Fonte: Mental Floss)">(Fonte: Mental Floss)Muitos animais domésticos foram abandonados em Chernobyl após o acidente nuclear. Como esses animais não se espalham por grandes territórios, a maioria foi deixada viva. Agora, uma organização chamada Clean Future Fund trabalha em uma campanha para fornecer cuidados médicos, vacinas e até comida para os filhotes de cães e gatos de Chernobyl. E desde 2018, os cães que foram identificados como tendo níveis seguros de radiação passaram a ser adotados.</body>

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5 curiosidades sobre os animais de Chernobyl

Imagem de Busca por cápsula radioativa perdida mobiliza equipes na Austrália no megacurioso

Busca por cápsula com Césio-137 ocorreu na última semana de janeiro, deixando cidades em estado de alerta

Recentemente um incidente deixou a popula&ccedil;&atilde;o da por&ccedil;&atilde;o ocidental da Austr&aacute;lia alerta para o risco de contato com um material altamente radioativo. Tudo come&ccedil;ou quando uma mineradora fazia o transporte de um medidor de radia&ccedil;&atilde;o entre duas instala&ccedil;&otilde;es, no dia 12 de janeiro.
Mas foi apenas dez dias ap&oacute;s a conclus&atilde;o da viagem de 1.400 quil&ocirc;metros, no dia 25, que a empresa Rio Tinto deu falta de uma pequena c&aacute;psula radioativa que continha C&eacute;sio-137 e fazia parte do aparelho.
Assim, o problema estava formado, porque ao mesmo tempo em que um componente t&atilde;o pequeno, com cerca de 6 mil&iacute;metros de largura e 8 mil&iacute;metros de altura, oferecia tanto perigo a quem quer que se aproximasse dele, n&atilde;o havia nenhuma pista concreta acerca de sua localiza&ccedil;&atilde;o.
O caminho, ent&atilde;o, era percorrer toda a &aacute;rea envolvida e torcer para encontrar a pequena c&aacute;psula com sua estrutura preservada, sem que o material tivesse qualquer chance de sair &mdash; tarefa que foi considerada uma miss&atilde;o quase imposs&iacute;vel, devido &agrave; pequena dimens&atilde;o do item.
<h2>Entendendo os perigos do C&eacute;sio-137</h2>
<span data-fonte="Government of Western Australia/Department of Fire &amp; Emergency Services" data-fonte-url="https://edition.cnn.com/2023/02/01/australia/australia-radioactive-capsule-found-intl-hnk/index.html" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/07/gov-of-western-australia-07171754159372.jpg" alt="Gov. of Western Australia" />(Fonte: Government of Western Australia/Department of Fire &amp; Emergency Services)
O C&eacute;sio-137 apresenta n&iacute;veis de radia&ccedil;&atilde;o muito elevados e per&iacute;odo de meia-vida em torno de 30 anos, significando que a emiss&atilde;o &eacute; reduzida pela metade ap&oacute;s esse intervalo. Mas nesse ritmo, para que toda a sua radioatividade perdesse efeito, levaria pelo menos 300 anos. Por outro lado, a proximidade com a subst&acirc;ncia &eacute; capaz de causar danos irrevers&iacute;veis.
O maior tempo de exposi&ccedil;&atilde;o, somada a uma maior proximidade, poderiam causar queimaduras graves, al&eacute;m do risco de desenvolvimento de c&acirc;ncer, j&aacute; que o C&eacute;sio-137 emite raios beta e gama. O contato direto com a c&aacute;psula, por sua vez, poderia levar um adulto &agrave; morte em quest&atilde;o de horas.
Ou seja, al&eacute;m do temor que algu&eacute;m tivesse pego o objeto, existia o risco dele acabar perdido numa &aacute;rea mais povoada, causando danos a uma popula&ccedil;&atilde;o inteira. Por conta disso, al&eacute;m do alerta emitido &agrave; popula&ccedil;&atilde;o no dia 27, tamb&eacute;m foi reunido um grupo de mais de 100 pessoas para auxiliar na dif&iacute;cil busca.
Nessa miss&atilde;o foram utilizados medidores com capacidade de detectar a presen&ccedil;a de material radioativo num raio de at&eacute; 20 metros, um espectr&ocirc;metro de raios gama capaz de medir a intensidade da radia&ccedil;&atilde;o emitida por um determinado material, al&eacute;m de monitores de radia&ccedil;&atilde;o que s&atilde;o usados em locais como aeroportos.
<h2>Miss&atilde;o de busca</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Freepik&nbsp;" data-fonte-url="https://br.freepik.com/fotos-gratis/pesquisador-em-traje-de-protecao-trabalhando-em-um-campo-queimado-coletando-amostras-de-flora_27070500.htm#from_view=detail_alsolike"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06104557258061.jpg" alt="Caminh&atilde;o se deslocou entre a mina de Gudai Darri e a cidade de Perth. (Fonte: ArtPhoto_studio/Freepik/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Caminh&atilde;o se deslocou entre a mina de Gudai Darri e a cidade de Perth. (Fonte: ArtPhoto_studio/Freepik/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Cinco dias depois, que era o tempo estimado para percorrer a &aacute;rea que o caminh&atilde;o viajou, ainda n&atilde;o havia nenhum sinal da c&aacute;psula, apesar de todos os esfor&ccedil;os empreendidos. Mas no &uacute;ltimo dia 01 veio a boa not&iacute;cia: ela estava numa rodovia relativamente pr&oacute;xima ao local de embarque do ve&iacute;culo que a transportava, na cidade de Newman.
No final das contas, isso refor&ccedil;ou a hip&oacute;tese que ela havia se desprendido do material durante o deslocamento. O uso combinado dos aparelhos permitiu a localiza&ccedil;&atilde;o da pequena c&aacute;psula. E ao que tudo indicava, ela n&atilde;o havia se movido do local desde a ocorr&ecirc;ncia da queda.&nbsp;
Por se tratar de uma &aacute;rea menos povoada e que o C&eacute;sio-137 continuava selado dentro da c&aacute;psula, o risco de cont&aacute;gio tamb&eacute;m foi descartado. Caso contr&aacute;rio, o perigo seria muito maior. Afastados os temores, agora o governo australiano pretende conduzir uma investiga&ccedil;&atilde;o para apurar o incidente.

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Busca por cápsula radioativa perdida mobiliza equipes na Austrália

Imagem de Radiação gama pode causar problemas no cérebro de passageiros de aviões no megacurioso

Os chamados 'raios negros' possuem radiação prejudicial e podem atingir pessoas durante voos

O avi&atilde;o &eacute; considerado o meio de <a href="http://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124119-as-companhias-aereas-mais-e-menos-seguras-em-2023.htm" target="_blank" title="As companhias a&eacute;reas mais e menos seguras em 2023">transporte mais seguro do mundo</a>, no entanto, uma nova descoberta aponta que passageiros em voos podem ser atingidos por radia&ccedil;&atilde;o, o que pode gerar uma s&eacute;rie de problemas de sa&uacute;de.
Segundo a American Geophysical Union (AGU; associa&ccedil;&atilde;o internacional que tem como objetivo promover descobertas sobre a Terra e o espa&ccedil;o), os chamados "raios negros" ou "rel&acirc;mpagos escuros" podem expor temporariamente passageiros de avi&otilde;es a <a href="http://www.megacurioso.com.br/ciencia/117798-o-que-e-a-inversao-dos-polos-magneticos-da-terra.htm" target="_blank" title="O que &eacute; a invers&atilde;o dos polos magn&eacute;ticos da Terra?">n&iacute;veis perigosos de radia&ccedil;&atilde;o</a>.
Os raios s&atilde;o desencadeados por tempestades que &mdash; com os rel&acirc;mpagos &mdash; produzem campos el&eacute;tricos, gerando assim uma estimula&ccedil;&atilde;o dos el&eacute;trons e fazendo-os se movimentarem em altas velocidades, colidindo&nbsp; com mol&eacute;culas do ar e produzindo os <a href="http://www.megacurioso.com.br/educacao/121799-por-que-o-ceu-fica-colorido-no-por-do-sol.htm" target="_blank" title="Por que o c&eacute;u fica colorido no p&ocirc;r do sol?">raios gama</a>.
Esses raios, segundo a cientista atmosf&eacute;rica Melody Pallu, surgem em altitudes de cerca de 15 quil&ocirc;metros, justamente o espa&ccedil;o a&eacute;reo onde ocorrem os voos comerciais. E que se forem realizados a pelo menos 200 metros de dist&acirc;ncia do ponto de in&iacute;cio dos "raios negros" podem expor todos os seus integrantes a 0,3 sieverts de radia&ccedil;&atilde;o, enquanto o n&iacute;vel m&aacute;ximo considerado seguro seria de 0,2 sieverts durante um ano.
Essa exposi&ccedil;&atilde;o a n&iacute;veis t&atilde;o elevados de radia&ccedil;&atilde;o em um curto espa&ccedil;o de tempo pode gerar diversos efeitos negativos no c&eacute;rebro, como o aumento do risco de desenvolver&nbsp;<a href="http://www.megacurioso.com.br/ciencia/113729-dormir-pode-proteger-as-celulas-cerebrais.htm" target="_blank" title="Dormir pode proteger as c&eacute;lulas cerebrais">doen&ccedil;as neurodegenerativas</a> e c&acirc;ncer na regi&atilde;o da cabe&ccedil;a, altera&ccedil;&otilde;es nas ondas cerebrais e morte neuronal.
Diante desses riscos, &eacute; fundamental que sejam realizadas pesquisas mais profundas sobre o fen&ocirc;meno, seus efeitos a longo prazo &agrave; sa&uacute;de e formas de evitar ou minimizar o contato com esse tipo de radia&ccedil;&atilde;o.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias, mestre em Psicologia, p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia entre outras p&oacute;s-gradua&ccedil;&otilde;es, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em Antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad de Santander.

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Radiação gama pode causar problemas no cérebro de passageiros de aviões

Imagem de Quão perto de desenvolver uma bomba atômica os nazistas ficaram? no megacurioso

Falta de mão de obra, má distribuição de recursos e burocracia fizeram com que a bomba alemã nunca saísse do papel

<head></head><body>Entre os dias 6 e 9 de agosto de 1945, bombardeiros americanos lançaram sobre as cidades de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122615-por-que-hiroshima-e-nagasaki-foram-alvo-de-bombas-atomicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima e Nagasaki duas bombas atômicas</a> que mudaram o rumo da história mundial. Entretanto, inicialmente essas bombas tinham como alvo a Alemanha, já que os Aliados temiam que os nazistas criassem esse tipo de arma de destruição em massa antes deles.Tal receio se baseava no fato de que, em 1938, poucos meses antes de a Alemanha invadir a Polônia e iniciar a Segunda Guerra Mundial, os cientistas Otto Hahn, Fritz Strassman e Lise Meitner descobriram a fissão nuclear. No início de 1939, cientistas alemães se reuniram em Berlim para discutir a aplicação da energia nuclear em armas.Em setembro do mesmo ano, já em meio à guerra, o físico alemão Kurt Debner convocou outra reunião para definir objetivos da pesquisa e fundar o programa nuclear alemão, que ficou conhecido como “Projeto Uranium” ou “Clube Uranium”.<h2>O Projeto Manhattan e o medo da bomba alemã</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/20/20133049245215.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Vários cientistas, que fugiram da Europa nesse período, enviaram cartas ao presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt alertando sobre o risco dos alemães desenvolverem uma bomba atômica. Assim, em 1942, depois do apelo de cientistas como Albert Einstein, Roosevelt aprovou a criação do Projeto Manhattan.A falta de fontes confiáveis impedia que os Aliados conseguissem informações sobre o andamento do Projeto Uranium, então, o Projeto Manhattan era uma corrida contra um inimigo invisível, que eles acreditavam estar pelo menos 2 anos à frente no conhecimento sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122689-perigo-nuclear-as-bombas-que-foram-perdidas-e-ninguem-encontra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uso bélico da energia nuclear</a>. Mas essa crença dos Aliados estava completamente incorreta.<h2>Fracasso alemão na busca pela bomba atômica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/20/20133339060218.jpg" alt="Albert Einstein e J. Robert Oppenheimer, líder do Projeto Manhattan. (Fonte: Wikimedia Commons)">Albert Einstein e J. Robert Oppenheimer, líder do Projeto Manhattan. (Fonte: Wikimedia Commons)Muitos fatores fizeram com que os alemães nunca conseguissem desenvolver seu programa nuclear. O primeiro deles é que os nazistas haviam acabado com diversas universidades e institutos de pesquisa, fazendo com que cerca de 1.145 cientistas buscassem exílio em outros países.Isso incluiu nomes como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123663-por-que-einstein-nao-recebeu-o-nobel-pela-teoria-da-relatividade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Albert Einstein</a> e Erwin Schrödinger. Além disso, os nazistas acreditavam que a teoria atômica, a teoria quântica e outros avanços científicos da época constituíam uma “física judaica” degenerada. Assim, havia poucos especialistas para participar de um projeto tão complexo quanto o Uranium.Outro fator foi a burocracia alemã, que impedia que os recursos fossem melhor destinados. Havia muitos projetos com o mesmo foco simultaneamente, assim, nenhum possuía todos os recursos de que necessitava. O Projeto Uranium, por exemplo, possuía 100 pessoas trabalhando e contava com apenas 2 milhões em fundos.Para se ter uma ideia, o projeto norte-americano possuía 5 mil vezes mais pessoas trabalhando e 16 mil vezes mais financiamento. Felizmente, assim, o mundo não assistiu a ainda mais tragédias como a que aconteceu no Japão.</body>

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