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“Invocação do Mal 2”: o que é real e o que é ficção

16/06/2016 às 11:585 min de leitura

Bastou um fim de semana para que “Invocação do Mal 2” levasse 1 milhão de pessoas aos cinemas, tornando-se a maior estreia de um filme terror no Brasil. Repetindo o sucesso das obras anteriores – “Invocação do Mal” e o prólogo “Annabelle” –, o filme mostra novamente as aventuras de Ed e Lorraine, conhecidos como “caçadores de fantasmas”.

Desta vez, o casal vai até Londres para ajudar uma família que vem sendo atormentada por espíritos em sua própria casa. A história, que é baseada em fatos, apresenta alguns dos acontecimentos do "poltergeist de Enfield", que causou muita polêmica durante os anos 1970 e ainda é discutido.

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Se você já assistiu ao filme, está na hora de saber o que aconteceu na realidade e o que foi só ficção. Está preparado?

A família

Peggy Hodgson, 40 anos, era uma mãe solteira que lutava para criar os seus quatro filhos: Margareth, 13 anos; Janet, 11 anos; Johnny, 10 anos; e Billy, 7 anos. Eles moravam em uma casa no burgo de Enfield, na Grande Londres, e tinham uma vida comum.

Estes são os personagens reais da história e os atores que os deram vida nas telonas:

Peggy Hodgson e Frances O'Connor

Janet Hodgson Birthplace e Madison Wolfe

Margaret Hodgson Birthplace e Lauren Esposito

Johnny Hodgson Birthplace e Patrick McAuley

Billy Hodgson Birthplace e Benjamin Haigh

Como tudo começou

Na noite de 30 de agosto de 1977, Peggy colocou os filhos na cama e resolveu descer para o primeiro piso da casa, quando ouviu ruídos e berros. Ela subiu rapidamente para o quarto das crianças, que gritavam por socorro. Janet e Johnny alegaram que a cama de Janet havia se movido. Pensando se tratar de um mal-entendido, Peggy acalmou os filhos e saiu novamente do dormitório. A noite prosseguiu sem mais acontecimentos.

Antes mesmo que pudesse sair do quarto, viu, incrédula, o mobiliário se mexendo sozinho em direção à porta, como se quisesse trancá-los.

No dia seguinte, a cena se repetiu: assim que ela começou a descer as escadas, ouviu ruídos estranhos. Rapidamente, retornou e abriu a porta: as crianças continuavam na cama, mas uma cadeira havia saído do lugar. Estranhando a situação, Peggy tranquilizou a família e resolveu levar a cadeira para o seu quarto. Porém, ao apagar as luzes, novos barulhos fizeram com que ela começasse a cogitar que aquilo não se tratava de uma situação normal.

Para o seu espanto, Peggy percebeu que uma grande cômoda havia se afastado da parede. Ainda relutando com os acontecimentos, a mulher recolocou o móvel no lugar e, antes mesmo que pudesse sair do quarto, viu, incrédula, o mobiliário se mexendo sozinho em direção à porta, como se quisesse trancá-los.

Os vizinhos e a polícia

Assim como na ficção, em um primeiro momento, Peggy correu até os vizinhos para pedir socorro. Depois de vasculharem a casa, eles não encontraram um invasor – como esperado –, mas também ouviram os sons que apavoraram a família.

A casa assombrada

Há, de maneira escrita e falada, o testemunho de um dos policiais que atendeu a ocorrência na residência da família e disse ter visto móveis se movendo. Em entrevista ao canal BBC, a oficial Carolyn Heeps deu o seguinte depoimento:

"Eu diria que ela (a cadeira) levantou do chão uns 10 ou 12 centímetros. Então, voou para a direita, depois para o oeste e 'andou' por mais 10 cm. Eu chequei se havia algum desnível no piso, colocando uma bolinha de gude no chão para ver se ela corria pela mesma direção. Ela não foi, nem se moveu. Eu procurei por linhas, fios, embaixo da poltrona e nas almofadas, mas não achei explicação."

A relação com a imprensa

Logo, veículos de comunicação, como o jornal Daily Mirror, começam a enviar jornalistas para investigar o caso e entrevistar a família. Segundo relatos dos próprios profissionais, uma peça de LEGO voou em direção ao fotógrafo Graham Morris e o equipamento da emissora BBC foi entortado, prejudicando as gravações.

A cena que mostra um repórter em frente à residência retrata bem o que aconteceu.

O pedido de ajuda

Aqui é que a ficção se afasta da realidade: não foram os Warren que realmente deram suporte a este caso. O casal só fez uma pequena visita à família, deixando o caso nas mãos de Maurice Grosse, da Sociedade de Pesquisa Psíquica.

Ed e Lorraine Warren e os atores Patrick Wilson e Vera Farmiga

Grosse chegou na casa no dia 5 de setembro e lá se estabeleceu, acompanhando diversos acontecimentos, como barulhos e cadeiras que pareciam flutuar ao lado da pequena Janet. Tentando desvendar que tipo de entidade estava presente, ele fazia perguntas e esperava que fossem respondidas com sons: uma pancada para “sim” e duas para “não”. Ele afirma que foi assim que descobriu se tratar de um homem que havia vivido e morrido naquela casa. 

Maurice Grosse e Simon McBurney

Também foi neste período que as irmãs revelaram que costumavam brincar com um tabuleiro de Ouija, usado para “chamar espíritos e se comunicar com eles”. No filme, a situação é apresentada ao público logo no início da trama.

Acontecimentos reais e os da ficção

Os relatos e registros afirmam que objetos se moviam; pancadas e outros ruídos eram ouvidos; pequenos focos de incêndio surgiam; e interferências elétricas impossibilitavam o trabalho dos repórteres.

Fotos mostram travesseiro - supostamente - se movendo sozinho

Os profissionais também afirmam terem registrado os momentos em que a pequena Janet flutuava no ar, mas a maioria das pessoas acredita que a menina estava apenas pulando.

Flutuação ...

Ou pulo?

Outra cena marcante no filme mostra dezenas de cruzes girando no quarto da garota, mas não há qualquer relato da época sobre o assunto.

Cruzes girando? Só na ficção

A voz

Além de todos os acontecimentos bizarros na casa, a pequena Janet dizia ser possuída por essa entidade maligna e uma das maiores provas disso seria a mudança drástica em sua voz. No documentário realizado pela BBC, é possível ouvir:

Ela afirmou que a voz era do antigo proprietário da casa, Bill Wilkins, que teria morrido ali mesmo. É inegável que a voz é assustadora, ainda mais vinda de uma garota de 11 anos. Porém, ao analisarem os áudios, vários especialistas afirmam que, apesar da voz grossa e áspera, o vocabulário continuava sendo o de uma criança.

É possível que Janet usasse a mesma técnica que cantores de metal, utilizando as falsas cordas vocais, também chamadas de pregas vestibulares.

Billy Wilkins

Billy Wilkins era um senhor que vivia anteriormente na casa e morreu de uma hemorragia cerebral, assim como no filme. A dúvida é se Janet já sabia da história ou realmente era possuída pelo espírito.

Nas gravações, é possível ouvir o que seria uma mensagem do próprio Bill: “Pouco antes de eu morrer, fiquei cego e então tive uma hemorragia e adormeci. Eu morri na cadeira que fica no canto, lá embaixo”.

Billy Wilkins existiu e morreu na casa

Tragédias que ficaram fora das telonas

Dois acontecimentos trágicos abalaram a família e ficaram de fora da ficção: Billy, o irmão mais jovem, morreu aos 14 anos de câncer. Posteriormente, o filho de Janet morreu dormindo, com apenas 18 anos. 

Controvérsias

Além das polêmicas em relação às fotos e aos áudios mostrando a voz da garota, outros pontos relatados fazem com que céticos desmereçam a história. O próprio Grosse afirmou ter visto as meninas escondidas entortando colheres. Questionadas, elas disseram que estavam apenas testando os especialistas.

Em uma entrevista realizada em 2002, Janet disse que ela e a irmã eram responsáveis por apenas 2% do que acontecia na casa.

***

Depois de todos estes relatos, de que lado você está? Acredita na possessão ou acha que tudo não passou de uma brincadeira bem elaborada pela pelas crianças? Deixe seu comentário!

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