Novos estudos tentam explicar os segredos pelas variadas velocidades atingidas pelos seres humanos em uma corrida.

<p>Correr rápido — de verdade — não é exatamente algo que qualquer ser humano saiba como fazer bem. Porém, existe um nome específico que sabe como fazer isso muito melhor do que todos: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109100-usain-bolt-e-o-homem-mais-rapido-do-mundo-mesmo-em-gravidade-zero.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Usain Bolt</a>. O velocista jamaicano passou muito tempo sendo o humano mais rápido do mundo, chegando a velocidades de 37,57 km/h em uma corrida de 100 metros.</p><p>Esses números não apenas são extraordinários, como dificilmente podem ser alcançados até mesmo por outros corredores na Terra. Essa é basicamente a velocidade de um carro numa zona limitada no centro da cidade, já imaginou? Mas qual o motivo de certos indivíduos serem muito mais rápidos do que os outros? Para sanar essa dúvida, cientistas foram atrás de respostas.</p><h2>Explicações variadas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08115543395133.jpg" alt="Fatores genéticos determinam tipos de músculos predominantes em nosso corpo, o que impacta na velocidade de corrida. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Fatores genéticos determinam tipos de músculos predominantes em nosso corpo, o que impacta na velocidade de corrida. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Como você pode imaginar, existem diversos motivos pelos quais uma pessoa consegue ser mais rápida do que as demais. Obviamente, a genética é um fator primordial nesse sentido, mas pesquisadores garantem que escolhas pessoais ao longo da vida e experiências também influenciam nesse processo.</p><p>O primeiro fator que mexe com a sua capacidade de correr rápido é a estrutura corporal, incluindo como seus músculos funcionam. Em geral, o corpo humano possui 600 <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127619-qual-e-o-maior-e-o-menor-musculo-do-corpo-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">músculos</a> que trabalham em conjunto para realizarmos atividades — permitindo que os humanos possam se mover em diferentes direções e velocidades variadas.</p><p>Porém, esses músculos são divididos em dois tipos de grupos de fibra: contração rápida e contração lenta. As fibras musculares de contração rápida são maiores e ajudam o corpo a se mover rapidamente e a gerar força significativa. Por isso, é comum que velocistas tenham uma abundância de fibras desse gênero.</p><p>No entanto, esse também é o tipo de fibra que se cansa rapidamente, o que limita o tempo que você consegue <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106691-16-coisas-que-nao-te-falam-sobre-correr-mas-que-voce-deveria-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">correr</a> em velocidade máxima. Já as fibras de contração lenta são menores e nos ajudam a correr em velocidades menores, mas com maior resistência. Corredores de longa distância e ciclistas competitivos tem mais desses músculos.&nbsp;</p><h2>Genética e mental</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08115628669137.jpg" alt="Treinamento contínuo e técnicas aprimoradas podem melhorar o desempenho na corrida, dizem estudos. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Treinamento contínuo e técnicas aprimoradas podem melhorar o desempenho na corrida, dizem estudos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A quantidade de cada tipo de fibra muscular que temos é algo determinado exclusivamente por nossos genes. Portanto, cada pessoa precisa trabalhar com o que tem para melhorar a sua mobilidade. Contudo, é preciso destacar que a capacidade física de um humano não envolve apenas seus músculos.</p><p>No fim das contas, nossos músculos esqueléticos são controlados pelos nossos cérebros. Nesse sentido, uma pessoa pode ensinar seu corpo a usar as melhores técnicas possíveis de corrida para aumentar seu desempenho. Fatores como postura adequada e passada econômica também são determinantes.</p><p>Quanto mais uma pessoa pratica uma atividade, é comum que ela tenha uma curva de aprendizado e se torne cada vez melhor. A genética evidentemente pode ser uma barreira em termos de potencial máximo, mas isso não significa que não existem coisas que você possa melhorar para atingir seu potencial máximo.</p>

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Por que algumas pessoas correm mais rápido que outras?

Estudos revelam que novos elementos ainda podem ser acrescentados a tradicional tabela periódica que conhecemos.

<p>Você sabe quantos elementos existem na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121226-6-fatos-bem-curiosos-sobre-a-tabela-periodica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tabela periódica</a>? São 118 elementos ao todo, sendo 92 naturais e 26 artificiais. O sétimo período da tabela foi finalmente preenchido em 2010, quando os elementos nihonio, moscovio, tennessino e oganesson foram adicionados — deixando tudo bem organizado. Portanto, pode-se dizer que a tabela periódica está completa? Não exatamente.</p><p>Também podemos nos perguntar: existe algum máximo futuro onde seja impossível criar outros elementos? A resposta provavelmente também é negativa, o que deixa tudo ainda mais complicado. Portanto, precisamos reunir algumas informações químicas para entender a complexidade exagerada dos elementos que já encontramos até agora e o que ainda pode vir pela frente.</p><h2>Elementos químicos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/07/07122019414116.jpg" alt="Pesquisadores ainda debatem sobre limite máximo de elementos que ainda poderiam surgir na tabela periódica. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Pesquisadores ainda debatem sobre limite máximo de elementos que ainda poderiam surgir na tabela periódica. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Os elementos químicos são definidos pelo número de prótons em seu núcleo. Portanto, um elemento com seis prótons é o carbono, um com 26 prótons é o ferro e por aí vai. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119192-veja-como-e-um-atomo-em-alta-resolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">número atômico</a> de um elemento, portanto, é igual à sua contagem de prótons. A tabela periódica foi inicialmente construída a partir de elementos naturais com base em semelhanças químicas e foi preenchida até o urânio.</p><p>Como os pesquisadores perceberam que elementos com mais de 92 prótons não foram encontrados na natureza, eles passaram então a tentar produzi-los em laboratório. Assim surgiram os primeiros 26 elementos sintéticos — embora nenhum deles possua uma fórmula estável.</p><p>A razão pela qual eles não existem na natureza é porque simplesmente nunca foram produzidos na Terra. Cientistas acreditam que muitos deles já foram produzidos em supernovas e quilonovas, mas todos são suficientemente radioativos para terem decaído há muito tempo e virado outros elementos. Além disso, a produção de eventos mais recente tem sido bastante limitada para que quantias detectáveis sejam encontradas no Sistema Solar.</p><p>A grande maioria desses elementos chamados "transurânicos" foram facilmente encontrados após bombardear o urânio com núcleos leves. Inclusive, alguns foram produzidos como consequência de testes de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128348-por-que-nunca-existiu-aviao-movido-a-energia-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">armas nucleares</a>. Porém, quanto mais avançamos pelo sétimo período da tabela, mais difícil se torna a produção de novos elementos e mais curtas se revelam as suas meias-vidas.</p><h2>Expectativas para o futuro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/07/07122108684118.jpg" alt="Tendência é que a descoberta de novos elementos se torne cada vez mais difícil. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Tendência é que a descoberta de novos elementos se torne cada vez mais difícil. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Se está cada vez mais difícil produzir novos elementos, isso significa que os resultados devem parar por aqui? Provavelmente não. De acordo com os cientistas, não há nenhuma razão teórica para que elementos mais pesados não sejam possíveis no futuro. No entanto, dada a dificuldade de criar esses elementos, podemos esperar que seja ainda mais difícil fabricá-los e observá-los antes da decomposição.</p><p>Não existe um limite inquebrável, como acontece com a velocidade da luz, mas pode-se esperar que a dificuldade siga aumentando. Alguns pesquisadores propõem que exista uma chamada "ilha de estabilidade" até o número 164, que são elementos potencialmente forjados por uma quilonova.</p><p>Pequenas quantidades deles poderiam ter chegado ao nosso Sistema Solar, mas teriam afundado até o centro dos planetas — onde representam uma parte muito pequena do núcleo. Porém, é possível que esses mesmos elementos aumentem a densidade média de asteroides ao nosso redor a ponto de notarmos algo estranho.</p><p>Caso isso seja comprovado, e se pudéssemos devolver uma amostra de tais elementos à Terra, nós teríamos uma base para a produção de elementos com números atômicos próximos a 170, algo ainda maior do que a "ilha da estabilidade".</p>

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Existe um número máximo de elementos na tabela periódica?

Estudos sugerem que o uso de antidepressivos durante os meses mais quentes do ano pode ser algo delicado.

<p>Para quem não é muito chegado ao verão, aguentar as altas temperaturas e o calor pode ser um desafio e tanto. Porém, há quem diga que isso é um problema ainda maior para quem faz uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127891-por-que-antidepressivos-demoram-para-fazer-efeito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antidepressivos</a>.</p><p>Mas, quais evidências científicas existem sobre esse tema até o momento? Em termos literários, não são muitos dados disponíveis que indiquem uma correlação entre os temas, mas pesquisadores garantem que determinados dados podem fornecer uma explicação.</p><h2>Sensibilidade ao calor e antidepressivos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06184146896264.jpg" alt="Antidepressivos realmente aumentam sensibilidade ao calor? Estudos tentam encontrar possíveis explicações. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Antidepressivos realmente aumentam sensibilidade ao calor? Estudos tentam encontrar possíveis explicações. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Antes de falarmos sobre sensibilidade ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128543-por-que-sentimos-menos-fome-no-calor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">calor</a>, precisamos entender mais sobre o corpo humano. Para isso, é necessário conhecer a função do centro de regulação da temperatura corporal, ou termorregulação, que nada mais é do que uma pequena estrutura no meio do cérebro chamada hipotálamo.</p><p>Essa é a parte do nosso cérebro que alguns estudos sugerem sofrer os efeitos de uma classe de medicamentos antidepressivos conhecidos como antidepressivos tricíclicos (ADTs), que podem agir de tal forma que torna mais difícil regular o calor. Quando nosso corpo não está mais respondendo tão bem às altas temperaturas, sentimos superaquecimento e suamos excessivamente.</p><p>E o que isso tem a ver com os antidepressivos? Em geral, nosso corpo nos diz quando estamos com sede para regularmos a temperatura corporal. Porém, esses medicamentos podem diminuir a nossa sede e, consequentemente, reduzir a pressão arterial, é o que disse o pesquisador do departamento de psiquiatria da Universidade de Oxford, Dr. Wainwright, à <i>BBC</i>. A desidratação, por fim, costuma ser acompanhada de outros sintomas como dores de cabeça, tonturas e fadiga.</p><h2>Efeitos colaterais dos medicamentos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06184253135266.jpg" alt="Classes de antidepressivos possuem efeito direto no hipotálamo, o que poderia gerar intolerância ao calor. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Classes de antidepressivos possuem efeito direto no hipotálamo, o que poderia gerar intolerância ao calor. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Embora a redução da sede seja um efeito colateral dos ADTs, eles não são mais antidepressivos prescritos com tanta frequência. Normalmente, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123757-dr-anonimo-o-psiquiatra-que-mudou-a-concepcao-da-homossexualidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">psiquiatras</a> recomendam uma nova classe de medicamentos conhecidos como serotonina seletiva ou inibidores seletivos da recaptação de serotonina, ou simplesmente ISRS.</p><p>Segundo Wainwright, no entanto, também existem evidências de que os ISRS também afetam a termorregulação. “O que sabemos é que diferentes tipos de antidepressivos influenciam diferentes mensageiros químicos chamados neurotransmissores”, disse o psiquiatra consultor do Nightingale Hospital, Dr. Chi-Chi Obuaya, ao portal <i>Stylist</i>.</p><p>De qualquer maneira, o conjunto de evidências que poderia explicar por quais razões as pessoas sentem maior sensibilidade ao calor enquanto usam antidepressivos segue sendo algo incompreendido, ou pelo menos até que novas investigações sejam realizadas. No caso de problemas com a termorregulação durante o uso de medicamentos, o ideal é que o paciente busque ajuda médica para saber como lidar com a sua situação e mantenha sempre uma boa hidratação.</p>

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Antidepressivos realmente fazem as pessoas terem mais calor?

Se o planeta está constantemente girando para o leste, por que voos direcionados para o oeste não são mais rápidos? A ciência explica.

<p>Durante as aulas de geografia no colégio, aprendemos que a Terra realiza dois movimentos: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128398-quantas-vezes-o-sol-ja-deu-a-volta-na-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">translação</a> e rotação. O primeiro deles diz respeito à volta que fazemos em torno do Sol, o que configura um ano. Já o segundo, por sua vez, é a volta que o planeta dá nele mesmo, o que marca os nossos dias.</p><p>Logo, estamos constantemente girando no mesmo lugar e sempre na direção leste. Então, qual o motivo de voos de avião com trajetória para o oeste não serem mais rápidos do que o normal? Embora essa pareça uma pergunta boba, é algo que intriga usuários da internet há tempos e possui uma boa explicação científica.&nbsp;</p><h2>Teorias da conspiração</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06180429036252.jpg" alt="Conspiracionistas sugerem que rotação da Terra deveria alterar tempo de voos. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Conspiracionistas sugerem que rotação da Terra deveria alterar tempo de voos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Basta fuçar um pouco pela internet para encontrar algumas teorias da conspiração que tentam explicar o motivo dos voos não encurtarem dependendo da direção. Afinal, se a Terra gira numa velocidade aproximada de 1,7 mil km/h e um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128398-quantas-vezes-o-sol-ja-deu-a-volta-na-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">avião</a> voa numa velocidade média de 850 km/h, como pode os trechos de ida e volta durarem o mesmo tempo se estão indo em direções contrárias? Na cabeça dos conspiracionistas, isso só seria possível se a Terra fosse estacionária.</p><p>Porém, isso seria o equivalente a pensar que qualquer movimento exercido pelos seres humanos também sofre grave influência da velocidade de rotação da Terra. E o que isso quer dizer? Nessa teoria, se déssemos um salto no ar de um único breve segundo, automaticamente teríamos que aterrissar muito mais longe do local de origem do pulo. E isso obviamente não é o que acontece.</p><p>A ciência explica todo esse processo através da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128398-quantas-vezes-o-sol-ja-deu-a-volta-na-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lei da inércia</a>, que diz que todo objeto em movimento deverá permanecer em movimento a menos que outra força atue sobre eles. Por isso, quando saltamos diretamente no ar — independente se estamos em um trampolim ou em um carro —, pousamos onde começamos o ato.</p><h2>Explicações físicas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06180553509254.jpg" alt="Lei da inércia é o que garante voos com mesmos prazos de duração. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Lei da inércia é o que garante voos com mesmos prazos de duração. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>No fim das contas, os aviões não possuem propriedades mágicas que ignoram a lei da inércia. Portanto, quando decolam da Terra em movimento, precisam gastar certa quantia de energia para se locomoverem. Além disso, à medida que o planeta gira, ele arrasta consigo a maior parte da nossa atmosfera por meio de forças de atrito.</p><p>Se a atmosfera não fosse arrastada nesse processo, a velocidade relativa do vento até poderia ser usada para diminuir o tempo de um voo, mas você também estaria constantemente sendo atingido por rajadas de vento impressionantemente fortes.</p><p>Ao contrário do que a teoria da conspiração sugere, voar para o oeste — contra a rotação da Terra — demora um pouco mais do que voar para leste. O motivo? As correntes de jato de ar estreitas e de fluxo rápido na atmosfera, encontradas em grandes altitudes, geram uma resistência ao avião. O movimento de rotação pode até afetar indiretamente os tempos de voo através do seu efeito na velocidade e direção do vento, mas nada que fuja da normalidade.</p>

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Por que a rotação da Terra não ajuda na aceleração dos voos?

Governo venezuelano tentou cobrir a última geleira remanescente, mas técnica acabou falhando.

<p>A Venezuela recentemente registrou um marco histórico negativo na luta contra as alterações climáticas: o país sul-americano tornou-se o primeiro do mundo a ver todas as suas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/derretimento-das-geleiras-esta-desacelerando-a-rotacao-da-terra" rel="noopener noreferrer" target="_blank">geleiras</a> derreterem na modernidade. O evento foi marcado pelo desaparecimento completo do último glaciar venezuelano em 2024.</p><p>Ainda em 1910, a região ostentava seis glaciares que abrangiam uma área total de cerca de 1 mil km<sup>2</sup>. Porém, com o passar do tempo, todo esse gelo foi reduzido para meros fragmentos de gelo que não cumprem mais os requisitos para serem classificados como glaciares.&nbsp;</p><h2>Situação dramática</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08171245345249.jpeg" alt="Imagens do Pico Humboldt em 2011 mostram grandes quantidades de neve. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Imagens do Pico Humboldt em 2011 mostram grandes quantidades de neve. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Até 2011, cinco dos seis glaciares da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128221-venezuela-e-guiana-o-que-o-brasil-tem-a-ver-com-essa-guerra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Venezuela</a> já haviam desaparecido, restando apenas o glaciar Humboldt (La Corona). Localizado no Parque Nacional da Serra Nevada, o marco gelado encolheu tanto que acabou sendo reclassificado como um campo de gelo tempos mais tarde. Em março deste ano, o professor da Universidade dos Andes (ULA), Julio Cesar Centeno, decretou o que todos temiam: “Na Venezuela não há mais geleiras”, disse à AFP.&nbsp;</p><p>Em seu ápice na história, La Corona chegou a cobrir 4,5 km<sup>2</sup> com seu gelo impressionante, mas agora a ex-geleira estende-se por menos de 0,02 km<sup>2</sup>. Segundo a classificação dos pesquisadores, um pedaço de gelo precisa ter pelo menos 0,1 km<sup>2</sup> de extensão para poder ser qualificado como geleira.</p><p>Segundo os dados obtidos pelos pesquisadores ao longo da última meia década, a cobertura glacial do país diminuiu 98% entre 1953 e 2019. A taxa da redução do gelo acelerou rapidamente após 1998, atingindo um pico de 17% ao ano a partir de 2016. Essa é apenas uma amostra de como as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/com-as-mudancas-climaticas-o-sabor-de-muitos-alimentos-tende-a-mudar" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a> têm impactado o nosso planeta ao longo dos últimos anos.</p><h2>Fim trágico</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08171341912251.jpg" alt="Venezuela anuncia fim trágico de geleiras no país em 2024. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Venezuela anuncia fim trágico de geleiras no país em 2024. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 1998, a própria La Corona já cobria apenas cerca de 0,6 km² e já estava prestes a perder seu status de geleira em 2015. Em entrevista ao <i>The Guardian</i>, o pesquisador da ULA Luis Daniel Llambi disse na época que "nossa última expedição à área foi em dezembro de 2023 e observamos que o glaciar tinha perdido cerca de dois hectares desde a visita anterior em 2019".</p><p>Também em dezembro de 2023, o governo venezuelano tentou cobrir o glaciar Humboldt com uma manta geotêxtil em uma medida desesperada de isolá-lo e protegê-lo. Porém, o plano não só falhou, como também atraiu a ira de conservacionistas que afirmaram que a estratégia imprudente teria levado à contaminação do ecossistema à medida que o tecido se decompõe em microplásticos ao longo do tempo.</p><p>Centeno destacou que esses microplásticos são praticamente invisíveis e vão para o solo com o tempo, posteriormente contaminando plantações, lagoas e até mesmo o ar. Em resumo, esse é um fim bastante trágico para um país que chegou até mesmo a acolher eventos de esqui na década de 1950.&nbsp;</p>

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Venezuela é primeiro país a perder suas geleiras na modernidade

De acordo com lendas antigas, coelhos e lebres sempre foram criaturas representantes do submundo e um sinal de morte.

<p>Os coelhos certamente são um dos maiores símbolos representantes da Páscoa, sem contar que também são animais extremamente fofos e adoráveis. Porém, e se eu te falasse que essas criaturas geram um pavor inacreditável em algumas pessoas? Essa é a definição de <strong>leporifobia, o medo irracional de coelhos e lebres</strong>.</p><p>Isso é ainda mais chocante quando analisamos que os coelhos provocam esse tipo de medo desde sociedades antigas, como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126729-revelando-o-passado-como-os-antigos-egipcios-redefiniram-o-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antigos egípcios</a> e os povos celtas. De acordo com essas crenças do passado, eles são animais do submundo e um fortíssimo indicador de que algum ruim está para acontecer.</p><h2>Lendas assustadoras</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/02/02180933080335.jpg" alt="Por se esconderem no subsolo, lebres sempre foram interpretadas como seres do submundo. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Por se esconderem no subsolo, lebres sempre foram interpretadas como seres do submundo. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Diversos povos aprenderam a temer os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124299-6-fatos-impressionantes-sobre-o-coelho-gigante-de-flanders.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coelhos</a> com o tempo, mas nenhum chegou perto da relação dos irlandeses com esses animais. E tudo começou com a lenda de um fazendeiro local que teria atirado na perna de uma lebre enquanto ela estava amamentando o leite de suas vacas. Enquanto o animal indefeso mancava pelos cantos, o homem seguiu-o até uma toca.</p><p>No subsolo, o fazendeiro teria encontrado uma mulher ferida, também com um sangramento na perna. O folclore dá a entender que o animal, na verdade, era uma bruxa que vagava pelos campos da Irlanda. Embora a lebre não fosse exatamente uma figura temida pelos antigos agricultores locais, ela era respeitada como um animal inteligente e enigmático que não deveria ser caçado ou consumido.</p><p>Os antigos egípcios, por sua vez, acreditavam que os coelhos tinham uma relação marcante com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123141-mundus-patet-quando-roma-abria-as-portas-do-submundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">submundo</a>. Osíris, o Governante dos Mortos, muitas vezes foi retratado em ilustrações e esculturas com cabeça de lebre — uma criatura venerada por sua rapidez e sentidos aguçados.</p><h2>Medo retratado na modernidade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/02/02181020219337.jpg" alt="Donnie Darko é uma das obras modernas que retratam os coelhos em papéis sombrios. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Donnie Darko é uma das obras modernas que retratam os coelhos em papéis sombrios. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Se coelhos e lebres eram figuras marcantes e temidas pelos povos antigos, o que não falta são exemplos de narrativas contemporâneas envolvendo esses animais. Em <i>Alice no</i> <i>País das Maravilhas</i>, por exemplo, o delirante Coelho Branco assume a postura de uma lebre frenética e excitada na época de primavera.</p><p>Em 2001, então, o filme <i>Donnie Darko</i> volta a usar a criatura em um papel mais sombrio: o assustador personagem Frank, descrito como metade homem metade coelho. No longa, Frank usa uma fantasia de coelho assustadora e é morto durante uma festa de Halloween, assumindo de uma vez por todas a figura sobrenatural do traje de coelho. Contudo, sua forma morta só pode ser vista pelo protagonista Donnie Darko, que está sendo guiado para a vida após a morte.&nbsp;</p><p>No fim das contas, os leporídeos possuem habilidades impressionantes, como a velocidade fora do normal e fertilidade assustadora, sem contar o fato de que realmente adoram viver em ambientes subterrâneos. Talvez, por esses motivos, tantas pessoas aprenderam a temê-los por não compreenderem suas existências.</p>

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Leporifobia: o medo irracional de coelhos

Estudos debatem quais locais ao redor do planeta sofreriam menos com o início de um novo conflito bélico em escala global.

<p>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121222-russia-e-ucrania-teremos-uma-3-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terceira Guerra Mundial</a> por muito tempo pareceu ser apenas um enredo para filmes de ficção. Porém, tendo em mente a instabilidade política que vem acometendo o mundo nos últimos anos, a ameaça parece mais palpável. E como as armas nucleares são o maior temor do momento, ninguém espera que algo do tipo aconteça — principalmente pelos riscos que isso ofereceria para a humanidade como um todo.</p><p>Mas, e se nós não pudermos mais evitar que esse conflito ocorra? <strong>Quais lugares na Terra seriam os mais seguros para se estar enquanto as bombas estiverem sendo derrubadas do céu?</strong> Nesse cenário hipotético, pesquisadores já separaram algumas respostas.</p><h2>1. Antártica</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29225802336000.jpg" alt="Explosões na Antártida seriam potencialmente fatais para o mundo. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Explosões na Antártida seriam potencialmente fatais para o mundo. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Caso a 3ª Guerra Mundial definitivamente envolvesse um evento nuclear massivo, simulações de computador realizadas por pesquisadores da Universidade de Warwick indicam que uma das melhores apostas da humanidade para sobreviver seria a Antártica.</p><p>O motivo? O continente simplesmente está protegido por sua localização remota e pelo notório desinteresse da comunidade política global em potencialmente bombardear essa área com recursos importantes. Além disso, uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127151-5-efeitos-colaterais-que-as-armas-nucleares-tiveram-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerra nuclear</a> provocaria o derretimento de até 30% do gelo dessa região, o que desencadearia o aquecimento global de uma vez por todas e o aumento dos níveis de água no planeta todo.</p><h2>2. Argentina</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29230010815005.jpg" alt="Cultura autossuficiente da Argentina ajudaria em eventual Terceira Guerra Mundial. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Cultura autossuficiente da Argentina ajudaria em eventual Terceira Guerra Mundial. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Diga o que quiser dos nossos hermanos, mas um estudo de 2022 da Universidade Rutgers indicou que a Argentina talvez seja um dos lugares mais seguros no mundo para se estar durante a Terceira Guerra Mundial. Segundo os autores do artigo, o principal motivo é que essa é uma região do mundo com excelentes condições de sobrevivência para quem restar no planeta.</p><p>Além da autossuficiência agrícola, a Argentina também é conhecida por suas políticas de não intervenção, o que a afastaria do foco de conflitos e protegeria seus habitantes.</p><h2>3. Oceania</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29230054657007.jpg" alt="Estudos apontam países oceânicos como regiões seguras em uma guerra. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Estudos apontam países oceânicos como regiões seguras em uma guerra. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Também em 2022, um estudo publicado na <i>Discrete Dynamics in Nature and Society</i> descobriu que havia muitas semelhanças entre a Nova Zelândia e a Austrália em termos de capacidade de sobrevivência a um grande evento nuclear.&nbsp;</p><p>Os dois países são capazes de produzir alimentos suficientes para sustentar suas populações, especialmente se as exportações de laticínios fossem interrompidas. Além disso, eles são 76% autossuficientes em termos de energia. Na pior das hipóteses, você estaria fugindo de bombas nucleares para lutar contra animais bizarros por todos os cantos.&nbsp;</p><h2>4. Suíça</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29230238977009.jpg" alt="Enorme quantidade de bunkers na Suíça ajudariam habitantes na guerra. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Enorme quantidade de bunkers na Suíça ajudariam habitantes na guerra. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Embora a Europa seja o epicentro da maioria das guerras, pesquisadores sugerem que a Suíça possui algumas coisas ao seu favor para fugir das consequências. Obviamente, sua longa política de neutralidade é algo favorável, mas não o único ponto.</p><p>O país também conta com uma série de abrigos nucleares com espaço suficiente para receber sua população inteira e até mesmo mais alguns. Em 2022, estudos demonstraram que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125113-conheca-as-fortalezas-militares-escondidas-nos-alpes-suicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Suíça tinha bunkers</a> capazes de comportar até 9 milhões de pessoas — mesmo tendo população de 8,6 milhões. Portanto, mesmo que a Terceira Guerra Mundial exploda ao seu lado, o país parece estar preparado.&nbsp;</p>

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Quais seriam os países mais seguros durante uma Terceira Guerra Mundial?

Novo estudo indica "falsa segurança" sobre casos de salmonela em aves de quintal.

<p>Seria verdade que aves domésticas são mais seguras de se consumir do que aves comerciais? Embora exista um pensamento popular de que galinhas criadas em quintais e granjas menores possuam menos chances de ter <a href="https://www.megacurioso.com.br/virus-bacterias-e-protozoarios/101837-salmonelas-fazem-seus-hospedeiros-comerem-mais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">salmonela</a> do que galinhas de granjas maiores, um novo estudo publicado na revista <i>Foodborne Pathogens and Disease</i> contrariou essa teoria.&nbsp;</p><p>Coordenada por Jessica Pazygnat, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, a pesquisa encontrou resistência a múltiplos medicamentos nas amostras de salmonela em ambos os tipos de sistemas de produção, e em proporções não muito diferentes.&nbsp;</p><h2>Casos de salmonela em galinhas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/26/26173555020111.jpg" alt="Estudo identificou similaridades em casos de bactérias multirresistentes entre galinhas domésticas e comerciais. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Estudo identificou similaridades em casos de bactérias multirresistentes entre galinhas domésticas e comerciais. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Segundo Pazygnat, o foco do estudo era avaliar frangos criados para o consumo de carne em vez dos para consumo de ovos. O principal motivo? Os frangos de corte são a carne mais consumida no mundo, mas até o momento não havia muitas pesquisas que falassem sobre fazendas caseiras — que crescem de popularidade por todas as partes.</p><p>"Os Centros de Controle de Doenças têm emitido alertas sobre surtos de <i>Salmonella</i> em granjas avícolas caseiras nos últimos anos, então queríamos ver quais são os patógenos nas granjas caseiras, mas também comparar isso com granjas comerciais", afirmou a pesquisadora em comunicado oficial.</p><p>Para realizar testes mais aprofundados, a equipe de pesquisa testou 10 rebanhos de quintal e 10 rebanhos comerciais — entre 22 e 1 mil aves. Enquanto todas as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126801-galinhas-eram-animais-de-estimacao-exoticos-segundo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">galinhas</a> de fazenda viviam ao ar livre, as fazendas comerciais tinham dezenas de milhares de aves em ambientes fechados. Para completar, os investigadores também testaram amostras de fezes e condições como cama, solo e comedouros.</p><h2>Análise de dados</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/26/26173646803117.jpg" alt="Pesquisadores alertam para cuidados preventivos na hora de preparar a carne do frango. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Pesquisadores alertam para cuidados preventivos na hora de preparar a carne do frango. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Após recolher os dados obtidos nas pesquisas, Parzygnat revelou que menos casos de salmonela foram encontrados em fazendas caseiras do que em fazendas comerciais — 19,1% contra 52,3% das amostras. Porém, esse já era um resultado esperado pelos investigadores, uma vez que estudos anteriores já haviam mostrado baixas taxas de salmonela em ambientes menores.</p><p>O maior problema nas amostras esteve relacionado aos casos de salmonela multirresistente. "Há uma sensação de que as aves de quintal são mais seguras do que as aves comerciais. Mas embora tenhamos encontrado menos salmonela nelas, a proporção de bactérias em quintais e granjas comerciais que eram multirresistentes – o que significa que mostraram resistência a três ou mais classes de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128499-zosurabalpina-o-novo-antibiotico-que-pode-ser-super-heroi-contra-superbacterias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibióticos</a> – foi, na verdade, não muito diferente", destacou a autora do estudo.</p><p>De acordo com Parzygnat, é possível que a salmonela seja um habitante natural do trato gastrointestinal das galinhas, mesmo que elas não apresentem sinais de doença. Por isso, medidas de prevenção, como cozinhar bem o frango e evitar a contaminação cruzada durante o preparo das aves, podem ajudar os consumidores a evitar contrair uma doença.</p>

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Frangos de granja têm mais chance de ter salmonela do que os caipiras?

Estudo desdobra motivos evolutivos para os felinos domésticos se interessarem tanto por grandes alturas.

<p>Se você tem um gato dentro de casa, provavelmente já notou que ele adora sair por aí escalando as coisas e passar um tempo olhando o mundo lá de cima, não é mesmo? Afinal, não é nada bizarro acabar se deparando com seu felino de estimação em cima da geladeira ou sentado em alguma prateleira em momentos aleatórios do dia.</p><p>Não à toa, muitos especialistas em gatos recomendam aos donos desses pets manterem sempre algumas plataformas elevadas pela casa para que eles possam se aventurar. Mas qual o real motivo dos gatos adorarem tanto ficarem no alto? Para desvendar esse mistério, pesquisadores foram atrás das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128273-4-organismos-que-evoluiram-mais-de-uma-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">razões evolutivas</a> que explicassem esse gosto intrínseco da espécie.</p><h2>A evolução dos gatos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29230606669021.jpg" alt="Estudo indica que gosto por altura faz parte da evolução felina. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Estudo indica que gosto por altura faz parte da evolução felina. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Conforme publicado em um artigo na <i>Inverse</i>, a consultora de comportamento felino de Sacramento, nos Estados Unidos, Mikel Delgado, afirmou que o impulso dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/6-fatos-confirmando-que-seu-gato-e-de-fato-estranho" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gatos</a> de escalar todo tipo de objeto muito tem a ver com seus ancestrais felinos — que deixaram alguns hábitos para trás.</p><p>Segundo Delgado, é possível dizer que o ato de escalar é uma característica inata dos felinos simplesmente por conta da sua história natural. Afinal, os ancestrais dos gatos domésticos tinham como hábito escalar grandes árvores para escapar de predadores, esconder presas e inspecionar as áreas ao redor em busca de ameaças.</p><p>Embora nossos animais de estimação não precisem fazer nada disso para conseguirem ter uma boa vida no presente, esse comportamento acabou persistindo na espécie e pode ser visto na grande maioria dos indivíduos. Além disso, essa também é uma importante atividade de recreação para nossos pets, que utilizam seus instintos para gastar energia e terem uma vida mais feliz.</p><h2>Busca felina por espaços seguros</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29230642580023.jpg" alt="Momentos isolados no alto ajudam gatos a desestressar. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Momentos isolados no alto ajudam gatos a desestressar. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Agora que você sabe que o ato de escalar pode ser uma reação natural dos gatos aos seus instintos, precisamos falar sobre os motivos que ultrapassam essas respostas "selvagens". O principal destaque: os gatos são animais mais solitários que os cães, e vivem procurando momentos de relaxamento sem ter muitas distrações para incomodá-los.</p><p>Principalmente se o seu gato compartilha seu espaço com outros animais que andam livremente pela casa, sejam felinos, cachorros e por aí vai, encontrar um canto no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127132-qual-e-a-altura-maxima-da-qual-podemos-cair-e-sobreviver.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alto</a> do domicílio para ficar pode ser uma oportunidade de se privar dos estímulos e interações constantes — algo que gera uma sensação de alívio muito forte e importante.</p><p>Na visão de Delgado, se os donos do pet concordam em deixar o animal isolado quando ele se isola no alto da casa, é evidente que o animal "aprenderá que esse é um espaço onde ele pode ir quando não quiser ser incomodado". Os pesquisadores dizem, ainda, que retirar o acesso a essas plataformas elevadas pode trazer consequências indesejáveis para seu animal de estimação.</p><p>É comum que esses pets se sintam mais irritadiços e agressivos se não tiverem um momento pessoal, o que aumenta os níveis de estresse para todos. Portanto, se você avistar o seu gatinho tentando escalar tudo que vê pela frente, talvez esse seja o momento de você respeitar suas atividades.</p>

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Por que os gatos gostam de ficar em lugares altos?

Pesquisadores dos Estados Unidos afirmam ter criado uma vacina capaz de frear ação de superbactérias.

<p>Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade do Estado de Michigan, dos Estados Unidos, relata ter conquistado um avanço científico capaz de enfrentar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127528-superbacterias-como-evitar-a-resistencia-aos-antibioticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">superbactérias</a> resistentes aos antibióticos: a criação de uma nova vacina. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que infecções resistentes a antimicrobianos matam mais de 1 milhão de pessoas por ano no mundo inteiro.</p><p>Segundo o autor do estudo, Xuefei Huang, existe uma forte preocupação de que, nesse ritmo de acontecimentos, poucos dos medicamentos modernos ainda seriam eficazes daqui a 20 ou 30 anos. Portanto, tal conquista científica ajudaria a enfrentar essa ameaça global para os próximos anos.</p><h2>Desenvolvimento da vacina</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/26/26165513620085.jpg" alt="Pesquisadores acreditam que novas vacinas serão a solução para combater superbactérias. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Pesquisadores acreditam que novas vacinas serão a solução para combater superbactérias. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>No artigo publicado na revista <i>Nature Communications</i>, Huang e outros pesquisadores relataram terem criado uma vacina candidata promissora para bactérias resistentes a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128499-zosurabalpina-o-novo-antibiotico-que-pode-ser-super-heroi-contra-superbacterias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibióticos</a>. Em termos gerais, as vacinas bacterianas — juntamente aos antibióticos — são uma ferramenta crucial na luta contra micróbios mortais.</p><p>Em seu estudo, Huang anunciou várias descobertas que ajudarão no desenvolvimento de uma vacina à base de carboidratos para infecções causadas pela bactéria <i>Staphylococcus aureus&nbsp;</i>e sua superbactéria relativa que é resistente à meticilina (MRSA). Tanto a <i>S. aureus</i> quanto a MRSA estão entre as causas mais prevalentes de infecções bacterianas.&nbsp;</p><p>Conforme apontam as pesquisas de campo, a formulação da vacina pré-clínica dos investigadores ofereceu altos níveis de imunidade contra índices letais dessas bactérias em testes com animais. Com este trabalho, os cientistas esperam equipar o meio científico com novos conhecimentos para melhorar e refinar futuras vacinas bacterianas.</p><h2>Trabalho pioneiro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/26/26165609052087.jpg" alt="Resistência a antibióticos por bactérias é uma verdadeira preocupação de saúde global. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Resistência a antibióticos por bactérias é uma verdadeira preocupação de saúde global. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Embora a grande maioria das <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125120-como-os-cientistas-sabem-que-as-vacinas-sao-seguras-para-a-populacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacinas</a> dependa de antígenos proteicos para funcionar, Huang e sua equipe optaram desenvolver carboidratos para o uso como antígenos. Essa variante pode apresentar certos desafios, porém também possui algumas vantagens únicas. "Uma vacina que funciona contra uma bactéria pode não funcionar contra outra, mesmo que sejam muito semelhantes", explicou em comunicado oficial.</p><p>Na visão dos investigadores, se for possível desenvolver um antígeno que seja partilhado por muitas bactérias, a cobertura vacinal seria muito melhorada. Nesse sentido, o polissacarídeo poli-ß-(1-6)-N-acetilglucosamina (PNAG) foi encontrado em muitas outras bactérias e até mesmo fungos — estando presente na parede celular dos estafilococos.</p><p>Ao alterar algumas informações contidas pelo PNAG, os cientistas conseguiram alterar seu desempenho para atuar como um antígeno potencial. Pensando nisso, a equipe criou uma biblioteca com 32 estruturas diferentes de PNAG, das quais duas delas eram especialmente promissoras. Normalmente, carboidratos não provocam respostas imunológicas fortes em nossos corpos, mas essas variantes demonstraram um desempenho diferenciado.</p><p>Enquanto os pesquisadores ainda se preparam para testes futuros de sua nova vacina candidata, Huang demonstrou-se ansioso para ver o papel que as vacinas bacterianas desempenharão na luta mais ampla contra a resistência aos antibióticos. Assim, uma guerra contra uma grande crise de saúde pode estar sendo vencida aos poucos.</p>

Pedro Freitas