Água-viva-juba-de-leão: conheça a criatura que está dominando os mares

14/06/2014 às 07:592 min de leitura

Você já ouviu falar da água-viva-juba-de-leão? Pois, além de ser extremamente bela, essa criatura — da espécie Cyanea capillata — é a maior água-viva do mundo com corpo que pode medir mais de 2 metros de diâmetro e tentáculos que podem alcançar mais de 35 metros de comprimento. Mas antes de falarmos sobre os problemas relacionados com a reprodução desenfreada desses animais, que tal conhecê-los um pouco melhor?

As águas-vivas-juba-de-leão habitam os mares do México até o Ártico, e os encontros com elas não costumam ser muito agradáveis! Elas contam com centenas de tentáculos gigantes, todos equipados com células venenosas — os cnidoblastos — para capturar suas presas, que podem ser qualquer coisa desde zooplânctons e ovinhos de peixe, a outras águas-vivas e até indivíduos de sua mesma espécie.

De acordo com o site Wired, embora as toxinas presentes nos cnidoblastos das juba-de-leão não sejam tão potentes quanto as presentes nas vespas-do-mar, elas são mortais o suficiente para incapacitar as pequenas criaturas com as quais elas se alimentam e para provocar um bocado de dor em humanos desavisados que cruzem seu caminho.

Simplicidade e eficiência

Agora imagine um batalhão de animais desses, com centenas de tentáculos venenosos, cada um deles capaz de capturar vítimas que serão devoradas sem dó... Uma vez capturadas, os tentáculos levam as presas até a boca, que não passa de um orifício no corpo da água-viva que também funciona como ânus. No estômago, o processo digestivo é tão simples e eficiente que, mesmo após 600 milhões de anos de existência, essas criaturas nem precisaram evoluir.

O lado negativo — ou positivo, sob o ponto de vista das vítimas! — de essas criaturas não terem evoluído é que elas, ao contrário de outras águas-vivas que possuem órgãos para a visão muito desenvolvidos, não têm olhos, sendo equipadas apenas com estruturas rudimentares capazes de detectar a luz. Além disso, as juba-de-leão, em vez de possuírem cérebro, contam com uma estrutura nervosa que essencialmente controla todos seus processos vitais.

O ataque dos clones

Você deve estar se perguntando como é que essas criaturas praticamente cegas e “desmioladas” fazem para se reproduzir. Os machos liberam uma espécie de filamento composto por espermatozoides que são capturados pela “boca-ânus” das fêmeas. Então ocorre a fertilização e, depois, larvinhas são liberadas e vão vagando sozinhas até chegarem ao fundo do mar.

Lá as larvas se transformam em pequenos tubos chamados de pólipos, e quando as condições são ideais, elas começam a produzir centenas e centenas de clones delas mesmas. Pois graças ao aquecimento global, essas criaturas estão se reproduzindo muito mais e se desenvolvendo mais rapidamente do que o normal.

Problemão

Segundo cientistas da CSIRO — organização governamental para pesquisas científicas na Austrália —, embora a poluição, a pesca desenfreada, o aquecimento global e o resultante desequilíbrio ambiental sejam uma praga para muitas espécies marinhas, tudo isso é uma verdadeira bênção para as águas-vivas. E isso não é nada bom para os humanos.

Os pesquisadores explicaram que ainda não existem muitos dados sobre a explosão na população de águas-vivas. Contudo, eles já conhecem algumas consequências: além de mais acidentes com banhistas, mais usinas nucleares poderão ser atacadas e obstruídas e algumas espécies de peixes poderão desaparecer depois que as juba-de-leão devorarem todos seus ovinhos. E sabe o que é o pior disso tudo? No fim das contas, a culpa é dos próprios humanos.

Fonte

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