Artes/cultura
08/05/2014 às 06:06•2 min de leitura
Não são apenas os seres humanos que enfrentam sérios problemas com o vício: de uns tempos pra cá, até os animais passaram a procurar soluções alternativas — para não dizer ilícitas (no reino animal) — para dar um jeito no stress cotidiano ou simplesmente para acabar com a monotonia na floresta, fazendo com que os dias na selva passem a ser bem mais divertidos e relaxantes.
Se você achou que eles estão usando drogas pesadas, está certo! Mas calma, eles não estão alimentando o mercado do tráfico de crack, cocaína, maconha ou heroína. A ideia é outra: usar as substâncias encontradas na natureza ou até mesmo em outros animais menores — e não é apenas uma mordida inocente no catnip ou locoweed no final de uma semana difícil.
Descubra como quatro espécies de animais estão “fazenda a cabeça” e se tornando verdadeiros hippies chapadões no meio animal:
A turma canina desse subúrbio australiano desenvolveu um gosto bem peculiar: lamber as secreções tóxicas de sapos-cururu — Rhinella marina ou sapo-boi. Quando ameaçados, eles segregam um líquido branco leitoso — conhecido como bufotoxina — que provoca alucinações leves em pequenas doses, mas pode facilmente matar um adulto em quantidades maiores.
Aparentemente, os cães estão ligeiros e já aprenderam a lamber apenas uma pequena quantidade da substância desses sapos, fazendo com que eles fiquem em estado de graça e não sofram perigo de morte no happy hour. Infelizmente, muitos deles estão ficando viciados e podem sofrer com problemas de overdose em longo prazo.
No embalo dos cachorros lambedores de sapos, alguns equinos em nosso continente aderiram um novo costume: lamber as excreções de perereca macaco de cera (Phyllomedusa sauvagii), que produz uma brisa curta, mas uma intensa euforia — mais forte do que o locoweed.
Além disso, a substância encontrada nessas pererecas — dermorfina — já foi encontrada em cavalos de corrida. Nos EUA, essa onda já viciou diversos estábulos, principalmente depois da proibição de um novo e poderoso analgésico empregado por treinadores.
Os golfinhos sempre foram os verdadeiros hippies do alto mar. Estes mamíferos aquáticos e boêmios são os únicos animais conhecidos a terem relações sexuais — não apenas para reprodução, mas sim por puro tesão e relaxamento. Agora eles estão se afundando em veneno de baiacu, também. Além disso, diversos deles foram vistos mastigando ouriços do mar e, em seguida, passando o “brinquedo” pela boca para o próximo companheiro.
Ao ingerir a quantidade certa do veneno, os golfinhos parecem entrar em um estado de transe temporário — alguns até foram vistos com o nariz voltado para a superfície por um bom tempo, como se estivessem fascinados pelo próprio reflexo.
Se você se aventurar em uma trilha de algumas horas nessa maravilhosa ilha, provavelmente vai notar que os lêmures desse lugar têm um costume bem inusitado: eles descobriram uma espécie de analgésico dupla ação, que ao mesmo tempo serve como repelente de insetos e alucinógeno — substância encontrada em millipedes tóxicos.
Sabe o que eles fazem? Simplesmente esfregam a química na pele e pronto. Sendo assim, eles ficam livres das picadas dos insetos — através da oxidação da monoamina. Como brinde, eles acabam ficando em estado de êxtase e total descontração.
E você, leitor, se lembra de mais algum animal viciado como esses? Não deixe de compartilhar sua opinião com a gente nos comentários abaixo.