O suposto “azar” de abrir um guarda-chuva dentro de casa é antigo

15/02/2020 às 09:002 min de leitura

As superstições sobre o que pode ou não trazer azar se multiplicam e vão desde os famosos espelhos quebrados até os inocentes gatos pretos. Mas há uma delas que, talvez, você já tenha até cometido o desatino de fazer sem que o azar tivesse batido à sua porta.

Já abriu um guarda-chuva dentro de casa? Nunca ouviu a avó dizendo que dá azar? Se não ouviu, já pode se considerar um sujeito de sorte; se já ouviu, saiba que essa crença vem de muitos anos atrás e, apesar de ninguém ter provado se o guarda-chuva aberto dentro de casa dá ou não azar, existem teorias que podem apontar como essa superstição começou.

Uma das “teorias” é de 1200 a.C., quando os guarda-chuvas eram utilizados pelos antigos sacerdotes e pela realiza egípcia. Naquela época, eles eram feitos de penas de pavão e o objetivo era proteger os sacerdotes e a realeza do Sol.  Segundo o Reader’s Digest, abrir o guarda-chuva dentro de casa, longe dos raios do Sol, irritaria o deus Rá, trazendo assim consequências negativas para quem o fizesse.

Foto: Pixabay

Mantenha o guarda-chuva fechado

Já o HowStuffWorks traz outra teoria interessante envolvendo outra divindade, dessa vez Nut, a deusa do céu. De acordo com essa explicação, os primeiros guarda-chuvas teriam sido criados para honrar e espelhar a maneira como Nut protegia a Terra, fazendo com que a sombra deles fosse considerada sagrada. Caso alguém de fora da nobreza usasse um, ela se tornaria praticamente uma má sorte ambulante.

Passados os anos e séculos, os guarda-chuvas evoluíram e se tornaram populares durante a Era Vitoriana, quando Samuel Fox, inventou a armação paragon, com as nervuras de aço conhecidas com mecanismo de mola que faz com que se abra rapidamente.

O físico industrial, professor universitário e autor de diversos livros como o “As origens extraordinárias das coisas cotidianas”, Charles Panati, escreveu que abrir um guarda-chuvas rapidamente em uma pequena sala, poderia facilmente ferir um adulto ou uma criança seriamente ou, na “melhor” das hipóteses, quebrar um objeto frágil.

Então, hoje o “azar” dos guarda-chuvas abertos dentro de casa está mais para o receio de ferir algo ou alguém do que uma superstição amaldiçoada. Para garantir, antes de abrir o guarda-chuva para secar no canto da sala, é bom dar uma checada que nada poderá ser quebrado com a rapidez das nervuras desenvolvidas ainda na Era Vitoriana.

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