Imagem de Autor de ficção científica Ray Bradbury morre aos 91 anos no site Mega Curioso

Escritor ficou famoso ao publicar títulos como 'Fahrenheit 451' e 'O Homem Ilustrado'.

<img src="https://mega.ibxk.com.br/2012/6/materias/4680518836174435.jpg" alt="" />Ray Bradbury (Fonte da imagem: <a target="_blank">Foto por Seve Castillo / Associated Press</a>)
Reuters. Por Christine Kearney e Bill Trott - Ray Bradbury, um gigante da literatura norte-americana que ajudou a popularizar a fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica com obras como "Cr&ocirc;nicas Marcianas", morreu na ter&ccedil;a-feira aos 91 anos, informou seu editor nesta quarta-feira. Bradbury publicou mais de 500 obras, incluindo "Fahrenheit 451", um romance cl&aacute;ssico sobre a censura a livros em uma sociedade do futuro, e outros favoritos, como "O Homem Ilustrado" e "Something Wicked This Way Comes". "Bradbury morreu pacificamente, ontem &agrave; noite, em Los Angeles, ap&oacute;s uma longa doen&ccedil;a", disse um porta-voz da sua editora, a HarperCollins. Como escritor de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica, Bradbury disse que n&atilde;o queria prever o futuro -mas &agrave;s vezes queria evit&aacute;-lo. Este era o caso do livro de 1953 "Fahrenheit 451", a hist&oacute;ria de uma sociedade totalit&aacute;ria, anti-intelectual, onde os livros proibidos s&atilde;o queimados por "bombeiros". O t&iacute;tulo refere-se &agrave; temperatura &agrave; qual o papel se inflama. O romance, que Bradbury escreveu em uma m&aacute;quina de escrever alugada na biblioteca da UCLA, apresentava um mundo que pode soar familiar para os leitores do s&eacute;culo 21 -televisores interativos do tamanho das paredes, sistemas de comunica&ccedil;&atilde;o auriculares, publicidade onipresente e a tend&ecirc;ncia de ser politicamente correto. "Na fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica, n&oacute;s sonhamos", disse ele ao jornal The New York Times. "A fim de colonizar no espa&ccedil;o, reconstruir nossas cidades ... para lidar com qualquer quantidade de problemas, temos de imaginar o futuro, incluindo as novas tecnologias que s&atilde;o necess&aacute;rias." "A fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica tamb&eacute;m &eacute; uma &oacute;tima maneira de fingir que voc&ecirc; est&aacute; escrevendo sobre o futuro, quando na realidade voc&ecirc; est&aacute; atacando o passado recente e o presente." Mas para um futurista, Bradbury nem sempre abra&ccedil;ou a tecnologia. Ele chamava a Internet de uma fraude perpetrada por empresas de inform&aacute;tica, desdenhava caixas autom&aacute;ticos e rejeitava os videogames como "um desperd&iacute;cio de tempo para homens com mais nada a fazer". Bradbury trouxe n&atilde;o apenas uma vis&atilde;o futurista, mas a sensibilidade liter&aacute;ria para a fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica e a fantasia. Seu interesse pela escrita come&ccedil;ou quando era garoto e at&eacute; mesmo em seus &uacute;ltimos anos ele gostava de escrever diariamente -seja um romance, um conto, um roteiro ou um poema. "O divertido na minha vida tem sido me levantar todas as manh&atilde;s e correr para a m&aacute;quina de escrever porque alguma nova ideia surgiu", disse ele em seu anivers&aacute;rio de 80 anos.

Eduardo Medeiros Schutt

Autor de ficção científica Ray Bradbury morre aos 91 anos