Estilo de vida
26/07/2017 às 04:57•1 min de leitura
A Grã-Bretanha anunciou recentemente que deve banir propagandas que promovem estereótipos de gênero, que objetificam o corpo feminino e que possam reproduzir conceitos errados sobre autoimagem corporal.
Intitulado “Representações, Percepções e Danos”, o documento explica que os estereótipos de gênero presentes nas propagandas são prejudiciais às mulheres e nada fazem para evitar o uso de linguagem que usa o corpo feminino como objeto e que promove a divulgação de padrões fora do real.
“Nossa revisão mostra que formas específicas de estereótipos de gênero em anúncios podem contribuir para danos em adultos e crianças. Tais retratos podem limitar a forma como as pessoas enxergam a si mesmas, a forma como outros as enxergam e limitam as decisões de vida que elas podem tomar”, disse a autora do documento, Ella Smillie.
“Está com acne? Apenas pergunte ao seu namorado o que fazer. Ah, é mesmo, você não tem um namorado.”
As novas regras de publicidade ainda estão sendo elaboradas, mas o que se sabe até o momento é que propagandas que mostram uma mulher limpando a casa sozinha serão liberadas, mas as que mostram uma família inteira fazendo bagunça para que só a mulher limpe tudo serão banidas. Anúncios que mostrem o homem tentando, mas não conseguindo fazer limpeza também podem ser vetados conforme o novo regulamento publicitário.
Em Londres, já existem casos de propagandas que foram removidas por promoverem uma “pressão para se adequar a uma forma de corpo irreal ou insalubre”. Em Paris, alguns comerciais já foram banidos também porque foram considerados sexistas e discriminatórios.
Essas discussões têm sido cada vez mais abordadas, especialmente em países considerados desenvolvidos. A preocupação maior é em tirar a objetificação do corpo feminino do mundo da publicidade, e isso é difícil, pois uma coisa está totalmente ligada à outra. Até lá, o que se espera é que tais discussões se intensifiquem cada vez mais e que os publicitários e profissionais de marketing consigam expressar sua criatividade de maneira de uma maneira menos sexista.