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Novo estudo da NASA pode facilitar a identificação de planetas habitáveis

20/10/2017 às 11:302 min de leitura

Um dos grandes desafios para a agência espacial norte-americana NASA e seus cientistas associados é determinar com mais exatidão quais astros podem ser habitáveis. Entretanto, um novo estudo revela que pequenos planetas podem reter oceanos por bilhões de anos, mesmo estando realmente muito perto de suas estrelas. O segredo para isso está na quantidade certa de radiação infravermelha.

Grupo da NASA e do Tokyo Institute of Technology usaram um avançado modelo 3D para a simulação

Para saber como eles chegaram a esse resultado, primeiramente é preciso compreender que, se um mundo é muito frio, ele vai congelar a água, o que obviamente torna a formação de vida bastante complicada. Se é extremamente quente, o líquido evapora e vai para a estratosfera, onde será transformado em hidrogênio e oxigênio pela luz ultravioleta. Há ainda uma terceira situação chamada de “úmido de estufa”, que leva à perda dos mares e também reúne poucas condições para a sobrevivência de alguma criatura.

Planeta sol

Com o uso de um avançado modelo 3D de uma atmosfera, o Goddard Institute for Space Studies (GISS), da NASA, e uma equipe da Earth-Life Science Institute no Tokyo Institute of Technology simularam a circulação de um planeta em um hipotético sistema de estrela anã vermelha. “Encontramos um papel importante para o tipo de radiação que uma estrela emite e o efeito que tem sobre a circulação atmosférica de um exoplaneta na produção do estado úmido de estufa”, comenta Yuka Fujii, cientista do GISS.

A descoberta

Até então, os cientistas imaginavam que, se a superfície de um planeta fosse muito quente, perto de 65 graus celsius, as condições seriam as desfavoráveis encontradas no estado “úmido de estufa”. Contudo, o grupo notou nas pesquisas realizadas na estrela anã vermelha Trappist-1 que não era isso que estava acontecendo.

Com o estudo será possível afunilar o número de candidatos a mundos habitáveis

O modelo levantado na simulação mostrou que se um exoplaneta estiver mais próximo de sua estrela principal, o aquecimento infravermelho aumentaria a umidade na atmosfera de forma mais gradual. Isso significa que, contrário aos resultados anteriores, o local poderia ser lar de seres vivos como conhecemos.

Os testes continuam, e, se o estudo for validado, vai ajudar a afunilar os candidatos a mundos habitáveis fora de nosso Sistema Solar. Os cientistas podem primeiro medir a radiação de uma estrela, sabendo que as mais frias emitem mais radiação infravermelha próxima. A partir daí, eles poderiam medir a composição atmosférica do planeta usando métodos espectroscópicos.

trappist-1 estrela anãArte conceitual do sistema Trappist-1

"Ao sabermos a temperatura da estrela, podemos estimar se os planetas próximos têm o potencial de estar no estado úmido de estufa. Se houver água suficiente para ser detectada, isso provavelmente significa que o planeta está no estado úmido de estufa", explicou o coautor do estudo, Anthony Del Genio, da NASA. Nesse caso, a água é derramada rapidamente, e os oceanos estariam condenados.

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