“Caçador de exoplanetas” da NASA encontra mais 95 mundos alienígenas

20/02/2018 às 11:282 min de leitura

O telescópio espacial Kepler, o famoso “caçador de exoplanetas” da NASA, conseguiu realizar mais um feito histórico: descobriu mais 95 mundos alienígenas, que orbitam estrelas longe do Sol, com sistemas planetários distintos do nosso. A missão estendida da sonda, conhecida por K2, examinou todos os dados captados até o final de 2014 e validou o montante em uma lista de 275 “sinais candidatos”.

"Descobrimos que alguns dos sinais foram causados por sistemas de estrelas múltiplas ou o ruído da nave espacial", conta o Andrew Mayo, astrônomo do Instituto Espacial Nacional da Universidade Técnica da Dinamarca e um dos autores do estudo. “Mas também detectamos planetas que variam de tamanho menor que a Terra até maiores que Júpiter.”

kepler nasaA sonda Kepler já encontrou quase 2,4 mil exoplanetas na Via Láctea

Entre as novidades está uma corpo celeste de brilho especial. "Validamos um planeta em uma órbita de dez dias em torno de uma estrela chamada HD 212657, que até agora é a estrela mais brilhante a hospedar um planeta encontrado pelas missões Kepler ou K2. Os planetas em torno das estrelas brilhantes são importantes porque os astrônomos podem aprender muito sobre eles, a partir de observatórios terrestres."

Missão estendida K2 descobriu 307 novos planetas até agora

De acordo com a lista atualizada da NASA, o Kepler encontrou 2.341 exoplanetas entre 4.496 candidatos. A missão estendida K2 descobriu 307 novos mundos, entre 622 aspirantes adicionais. De acordo com o periódico Scientific American, outros 2 mil sinais captados pelo Kepler ainda aguardam análises para validação.

O Kepler foi lançado em março de 2009 para ajudar os cientistas a encontrar corpos rochosos e potencialmente habitáveis, como a Terra, em toda a Via Láctea. Durante quatro anos, a nave observou ininterruptamente cerca de 150 mil estrelas, procurando por sinais de astros que passavam por entre o brilho de sua luzes.

Kepler NASAO Kepler foi a primeira missão da NASA a detectar planetas como a Terra usando o método de transição, que mede a presença do astro de acordo com a passagem de luz da estrela hospedeira

Em maio de 2013, a segunda das quatro “rodas de reação”, essenciais para a manutenção da orientação da sonda, falhou, o que diminuiu sua capacidade de cumprir seu objetivo com a precisão que a tornou famosa. Contudo, os cientistas encontraram uma maneira de estabilizar o veículo usando a pressão solar e assim nasceu a K2 — que continua a “caça a exoplanetas” e a busca por cometas, asteróides, supernovas e vários outros objetos e fenômenos em nosso próprio sistema solar.

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