Acharam um planeta tão escuro, mas tão escuro, que ninguém sabe como ele é

26/04/2018 às 14:452 min de leitura

Os astrônomos vivem anunciando a descoberta de novos planetas pelo Universo, muitos deles com características pra lá de curiosas — como o PSR J1719-1438, que é feito de diamante, o OGLE-2005-BLG-390L, que tem temperaturas de – 220 °C e está entre os mundos mais frios de que se tem notícia, e o  TrES-4, que é 1,7 vez maior do que Júpiter e está entre os maiores já identificados. Pois os cientistas encontraram mais um mundo estranho para compor a lista de esquisitices que habitam o cosmos.

Pretinho

O planeta em questão foi batizado de WASP-104b, se encontra a cerca de 465 anos-luz de distância da Terra, e consiste em um exoplaneta gasoso massivo. Mas o mais interessante sobre esse mundo é que ele é tão escuro, mas tão escuro, que os cientistas não conseguem sequer estimar qual é a sua aparência. Segundo acreditam, esse corpo celeste é mais preto que o carvão e absorve até 99% da luz que ele recebe de sua estrela — característica que o coloca entre os cinco (ou até três) planetas mais escuros já identificados.

Planeta muito escuro(New Scientist)

E se esse mundo é tão escuro assim, como é que ele foi encontrado? Afinal, o Universo não é o que podemos chamar de espaço clarinho e incrivelmente brilhante! O WASP-104b foi encontrado quando os astrônomos o observaram transitar diante de sua estrela, um dos vários métodos usados pelos cientistas para detectar novos planetas.

Os astrônomos podem até não conseguir observar o WASP-104b e saber exatamente a aparência de sua superfície, mas eles conseguiram realizar uma série de levantamentos interessantes sobre o planeta. Os cientistas sabem, por exemplo, que ele apresenta uma rotação sincronizada com sua estrela, o que significa que sempre a mesma face está voltada para seu Sol, enquanto a outra fica constantemente apontada para o espaço.

Além disso, ele se encontra bastante próximo de sua estrela, tanto que o planeta completa uma rotação orbital a cada 1,76 dias terrestres, e, por também se tratar de um gigante gasoso, o WASP-104b foi classificado como sendo da classe “Júpiter quente”. Vale destacar que, apesar de se tratar de corpo extremamente escuro, esse não é o mundo mais negro já descoberto! Esse título pertence ao planeta TrES-2b, identificado em 2011, e que reflete menos luz do que a tinta acrílica de cor preta. Curioso, né?

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