A Ciência comprova: as pessoas gostam de você mais do que você imagina

19/09/2018 às 10:303 min de leitura

Você não é a única pessoa que se preocupa com o que os outros acham a seu respeito, pode ter certeza. A maioria de nós acaba tendo dúvidas sobre como somos percebidos e julgados pelos que nos cercam: seja durante uma conversa no trabalho ou em um jantar na casa dos sogros, volta e meia ficamos inseguros, achando que as pessoas ao nosso redor podem não ir muito com a nossa cara, não é mesmo?

O ato de imaginar o que os outros pensam da gente se chama metapercepção, e o que se sabe sobre toda essa autoanálise é que, no fim das contas, nós achamos que as pessoas gostam menos da gente do que de fato elas gostam.

De acordo com um estudo publicado no Psychological Science, as pessoas tendem a gostar umas das outras depois de uma simples conversa, sem tanto julgamento como costumamos imaginar.

Segundo os pesquisadores, é normal acharmos que não somos são bem quistos, mas isso não apenas não corresponde com a realidade como nos impede de curtir nossa vida social de maneira natural e sem neuras.

“Nossa pesquisa sugere que estimar o quanto um novo parceiro de conversa gosta de nós - ainda que isso seja uma parte fundamental da nossa vida social e algo com que temos ampla prática - é uma tarefa muito mais difícil do que nós imaginamos”, disse um dos autores da pesquisa, Erica Boothby, da Cornell University, em declaração publicada no Mother Nature Network.

Experimentos sociais

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pesquisadores realizaram uma série de experimentos sociais para trabalhar essa questão, e o primeiro deles consistia em colocar pessoas para conversar durante cinco minutos com alguém que nunca tinham visto antes e que era do mesmo gênero. Dessas pessoas, 36 participantes receberam dicas para quebrar o gelo na conversa, com elementos sobre passatempos e as cidades natais das pessoas com as quais conversavam.

Depois do bate-papo, as pessoas eram levadas a uma sala onde respondiam um questionário sobre o quanto gostaram da conversa com o parceiro e o quanto eles perceberam que o parceiro tinha gostado da conversa com elas. No fim, os resultados revelaram que as pessoas subestimam o quanto são apreciadas pelas outras.

Depois desse teste, os pesquisadores tentaram codificar sinais que indicassem que as pessoas estavam gostando de alguém durante uma conversa. Adivinha só? A gente tende a ignorar esses sinais, e eles são comuns e frequentes, hein!

Mais testes

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 segundo experimento contou com 84 voluntários que não receberam dicas de conversa, com a ideia de que falassem mais naturalmente. Depois do fim do experimento, cada pessoa escreveu suas impressões tanto a respeito dos indivíduos que conheceram quanto sobre elas mesmas. De novo, os participantes subestimaram o quanto foram apreciados pelos outros em conversas informais

Os pesquisadores realizaram outros experimentos para checar essas mesmas informações, agora com conversas mais longas do que cinco minutos. Para checar se as percepções continuariam as mesmas, eles contaram com a participação de universitários que dividiram quartos estudantis durante um ano. Mesmo assim, os resultados mostraram que as pessoas continuavam percebendo a si mesmas como menos interessantes do que de fato eram percebidas pelos outros.

Sim, as pessoas gostam de você

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Ao que tudo indica, essa percepção de que não se é tão apreciado persiste com o passar do tempo e é igual tanto para homens quanto para mulheres.

Os pesquisadores acreditam que isso acontece primeiro porque as pessoas costumam ser críticas demais consigo mesmas e acabam tentando melhorar sempre, encontro após encontro, inclusive quando o tal erro que elas tentam corrigir nem mesmo é percebido pela outra pessoa.

Além do mais, tendemos a manter o padrão mais alto para julgar a nós mesmos, criando ideais internos que não são acessíveis aos outros. Para finalizar, superestimamos o quanto nossos sentimentos, como o autojulgamento e o nervosismo, são percebidos pelas pessoas com as quais convivemos e conversamos, e por isso achamos que os outros estão nos julgando com base nesses sentimentos. A verdade é que não, não estão.

Para nossa alegria, os pesquisadores explicaram que o que se percebe é que as pessoas são inseguras por dentro, mas, mesmo assim, conseguem ser mais agradáveis do que imaginam. Não é realmente uma boa notícia?

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