Sinistro: guerreiros gauleses embalsamavam as cabeças de seus inimigos

09/11/2018 às 15:002 min de leitura

Você já deve ter ouvido falar dos antigos gauleses, né? Eles foram povos que ocuparam a Gália — região que hoje corresponde a territórios da França, principalmente, e algumas partes da Bélgica, Alemanha e Itália — a partir do século 5 a.C., mais ou menos, mas acabaram se tornando súditos do Império Romano após séculos de muitas revoltas e guerras sangrentas.

Anedotas macabras

Pois registros produzidos por historiadores greco-romanos — ou seja, pelos inimigos! — deixam bem claro que os guerreiros gauleses eram pra lá de violentos, temidos e sanguinários. Aliás, entre as “anedotas” que circulavam está a de que esses homens tinham o costume de decapitar seus inimigos caídos, embalsamar as cabeças, cravá-las em lanças e deixá-las expostas nas aldeias como aviso a possíveis invasores ou, ainda, partir para a guerra com as cabeças penduradas nos pescoços de seus cavalos.

Desenho gaulesesA galera era nervosa! (Steam Trading Cards)

Ademais, os registros históricos contam que, no caso de adversários ilustres, os gauleses tinham o hábito de apresentá-las como troféus a visitantes ou estranhos — e inclusive de cobrar resgates absurdos, caso houvesse interesse por parte dos exércitos inimigos ou da família do defunto em recuperar o órgão. Sinistro, né?

Aliás, até o processo de embalsamamento chegou a ser descrito, e deixe a gente adiantar: não devia ser bonito! Segundo os testemunhos, depois de decapitar o cidadão, os gauleses removiam o cérebro e aplicavam uma resina vegetal — que era aquecida para poder ser manipulada e tinha cheirinho agradável — na cabeça para preservar os tecidos.

Anedota confirmada

Como a maioria das histórias foram contadas (e escritas) pelos caras que queriam dobrar os gauleses, dominar suas terras e transformar esse povo em súdito, os historiadores atuais suspeitavam que esse papo de cortar cabeças e fazer com elas enfeites podia ser exagero — um rumor criado para associar a imagem dos guerreiros à de bárbaros selvagens.

Crânio humanoCabecinha da época dos gauleses (The Guardian)

No entanto, adivinhe só! Sim, caro leitor, fizeram uma porção de análises em crânios que foram descobertos em locais ocupados pelos antigos senhores da Gália e parece que eles embalsamavam cabeças, sim. Mais especificamente, os pesquisadores conduziram exames em 11 crânios do século 3 a.C. encontrados em um sítio arqueológico chamado Le Caillar, situado na França, e descobriram que 6 deles continham vestígios da tal resina que os gauleses supostamente usavam para preservar os órgãos.

Os cientistas também encontraram crânios de animais da mesma época, e nenhum deles apresentou vestígios de resina durante os testes. A confirmação de que a prática acontecia mesmo é bem interessante, mas, agora, os cientistas pretendem descobrir quando é que o costume de embalsamar as cabeças surgiu, se apenas os órgãos de inimigos eram submetido ao processo e se a história de alguns eram trocados por somas em ouro e riquezas é verdade.

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