O sêmen mais velho do mundo foi capaz de fecundar após longos 50 anos

22/03/2019 às 03:302 min de leitura

Imaginar que um sêmen teria sua habilidade de fecundação intacta mesmo após 50 anos causa em qualquer um — no mínimo — estranherismo. Em geral, essa ideia é considerada impossível. Mas, é sempre bom lembrar que a ciência é uma caixinha de surpresas. É de conhecimento geral que a produção de esperma na juventude se distingue da que acontece durante a velhice; na terceira idade, a máquina de esperma continua funcionando, mas a qualidade não é a mesma.

Diante disso, um grupo de cientistas da Austrália assumiu o desafio de contrariar essa afirmativa e, mais importante, comprovar que ela está incorreta. Dessa forma, os pesquisadores se remeteram a um laboratório da Universidade de Sidney que havia coletado e congelado amostras de sêmem de quatro carneiros. Essas amostras, contudo, possuíam uma peculiaridade: sua coleta havia acontecido no ano de 1968.

Reprodução/Fayer Wayer

Elas foram mantidas congeladas com nitrogênio líquido a uma temperatura de -196ºC durante 50 anos, até que os pesquisadores resolveram colocar sua capacidade de fecundação à prova. Para fazer a experiência, 56 ovelhas foram inseminadas artificialmente com essas amostras. O resultado foi chocante: a fecundação teve sucesso em 34 ovelhas.

Apesar do desfecho positivo, os cientistas decidiram fazer uma experiência mais atual para aumentar a confiabilidade da pesquisa. Assim, eles recolheram sêmen de 19 carneiros e congelaram por um mês. Após esse período, 1048 ovelhas foram inseminadas e 618 delas ficaram prenhas. Portanto, os espermas congelados por apenas 30 dias tiveram uma taxa de sucesso de 59%, enquanto que os espermas quinquenários obtiveram 61% de êxito.

Reprodução/Baixaki

A partir desses dados, os pesquisadores concluíram que os espermas coletados e reservados em baixas temperaturas não sofreram alterações em sua qualidade. Essa descoberta foi de extrema relevância para a Universidade de Sidney, que possui uma longa tradição de reprodução animal e para a comunidade acadêmica em geral. 

A esquipe de pesquisadores destacou que essas novas informações não contribuem somente para o entendimento da reprodução de animais como ovelhas, mas também ajudam a compreender mais a fundo o funcionamento da reprodução humana.

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