Cientistas usam impressora 3D para criar coração com tecidos humanos

17/04/2019 às 10:012 min de leitura

Não é de hoje que os cientistas vêm trabalhando no desenvolvimento de órgãos que possam ser criados em laboratório e dispensem a necessidade de doadores humanos para transplantes. Inclusive existem diversos estudos em andamento que envolvem a produção de órgãos e tecidos artificiais com o uso impressoras 3D.

Pois um avanço anunciado recentemente foi o da criação de um coração completo, dotado de ventrículos, vasos sanguíneos e inclusive capaz de bater, mas que, em vez de ter sido fabricado com materiais sintéticos, foi impresso a partir de tecidos humanos.

Novidade

O coração foi desenvolvido por uma equipe da Universidade de Tel Aviv, em Israel, e, de acordo com Diego Bastarrica, do site Fayer Wayer, o órgão foi impresso com o uso do que os cientistas chamaram de “hidrogéis personalizados”. Essa substância foi desenvolvida através de tecidos adiposos obtidos de humanos – e foi empregada para que os pesquisadores criassem as “tintas biológicas” usadas na impressão do coração.

(Reprodução / YouTube /Haaretz.com)

Mais especificamente, primeiro os cientistas coletaram uma pequena quantidade de tecido adiposo por meio de uma simples biopsia e separaram as células de que necessitavam do colágeno e outros materiais. Depois, as células foram reprogramadas para que se comportassem como células-tronco e, então, diferenciadas para que se tornassem células cardíacas e de vasos sanguíneos. Por último, os materiais resultantes foram processados para ser usados como “tinta” pelos cientistas.

(Reprodução / Science Alert / Noor et al. / Advanced Science)

O coraçãozinho ainda não pode ser usado em transplantes para humanos, uma vez que suas dimensões se assemelham às do coração de um coelho. Além disso, embora o órgão bata sozinho, as células não “aprenderam” a trabalhar juntas ainda, e o coração não tem capacidade de se contrair e bombear o sangue.

[POR FAVOR, INSERIR ESTE VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=crT9iJMawjk]

No entanto, de acordo com os cientistas, como as células são obtidas a partir do próprio paciente, o risco de complicações futuras – como seria o caso de uma rejeição, por exemplo – poderia ser eliminado, e o desenvolvimento da técnica pode, potencialmente, tornar a dependência em tecidos e órgãos de doadores desnecessária no futuro.

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