Fósseis de até 50 milhões de anos são reconstruídos por cientistas

24/08/2019 às 08:001 min de leitura

Uma equipe de pesquisadores da University College Cork (UCC), na Irlanda, descobriu como reconstruir corpos de vertebrados extintos há muito tempo a partir da "análise da química dos melanossomas fossilizados dos órgãos internos". As chamadas melanossomas são organelas (estruturas que executam tarefas específicas dentro das células) onde a melanina é sintetizada, armazenada e transportada. A melanina, por sua vez, é o pigmento que colore a íris dos olhos, os cabelos, as penas e a pele.

Reprodução/Popular Mechanics

O estudo foi conduzido por Valentina Rossi e Maria McNamara, bióloga e professora de geografia na universidade. Juntamente com um grupo de químicos do Japão e dos Estados Unidos, elas utilizaram um acelerador de elétrons para analisar a composição química dos fósseis.

Apesar da deterioração sofrida com a fossilização que acaba gerando perda da integridade física e química dos espécimes, foi possível refazer alguns tecidos moles dos vertebrados fósseis em observação. Ademais, os resultados revelaram que a melanina em animais como pássaros, mamíferos, répteis (e seus “equivalentes fósseis”), concentra-se em altas quantidades em seus órgãos internos. Essa descoberta facilitou a missão dos pesquisadores: reconstruir determinados órgãos e tecidos dos animais pré-históricos de uma maneira nunca antes feita.

Reprodução/Popular Mechanics

"O ponto intrigante aqui é o fato de os animais terem melanossomas - que normalmente produzem coloração na pele, penas e cabelos - em seus órgãos internos.", Valentina afirma em uma declaração ao Popular Mechanics.

A equipe de Rossi e McNamara estudou fósseis de sapos e girinos de 10 milhões de anos e espécimes de um réptil marinho e um morcego pré-histórico de quase 50 milhões de anos. McNamara declarou em um comunicado à imprensa que a descoberta é notável "na medida em que abre um novo caminho para a reconstrução da anatomia de animais antigos. Em alguns dos fósseis, foi possível identificar pele, pulmões, fígado, intestino, coração e até mesmo o tecido conjuntivo".

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