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Astrônomos registram a pulsação do 'coração' da Via Láctea

28/05/2020 às 12:002 min de leitura

Utilizando o rádio-observatório Large Millimeter/Submillimeter Array (ALMA), localizado em San Pedro de Atacama, no Chile, astrônomos conseguiram perceber oscilações de luz quase periódicas vindo do interior da Via Láctea, de um local conhecido como Sagitário A*. A aposta dos pesquisadores é que isso seja resultado de rotações das ondas de rádio circulando o buraco negro que fica no centro da nossa galáxia, revelando que ele teria um raio menor do que o planeta Mercúrio.

De acordo com Yuhei Iwata em entrevista ao Phys.org, já era de conhecimento científico que o Sagitário A* às vezes brilha em milímetros de comprimento de onda. "Desta vez, usando o ALMA, obtivemos dados de alta qualidade da variação de intensidade de ondas de rádio de Sagitário A* por dez dias, 70 minutos por dia. Em seguida, encontramos duas tendências: variações quase periódicas com uma escala de tempo típica de 30 minutos e variações lentas de uma hora”. Um artigo sobre o tema foi publicado na revista Astrophysical Journal Letters.

Esses clarões não foram observados apenas no comprimento de onda na faixa de milímetros, mas também na luz infravermelha e de raios X. Porém, as novas detecções são menores do que as captadas anteriormente, o que pode significar que essas variações são normais.

Representação dos pontos de luz na Via Láctea. Fonte: Phys.org / DivulgaçãoRepresentação dos pontos de luz na Via Láctea. Fonte: Phys.org / Divulgação

Por que essas luzem existem?

Não é o buraco negro em si que faz a emissão dessas luzes, mas o disco gasoso abrasador em seu entorno. De acordo com Tomoharu Oka, professor da Universidade Keio, "essa emissão pode estar relacionada a alguns fenômenos exóticos que ocorrem nas proximidades de um buraco negro supermassivo".

Os astrônomos acreditam que pontos quentes são formados no disco e circulam pelo buraco negro, emitindo ondas milimétricas. Ao levar em conta a teoria da relatividade especial de Einstein, a emissão é ampliada quando a fonte está se movendo em direção ao observador com velocidade parecida com a da luz.

Por conta da rotação da borda interna do disco ser bastante grande, ocorre-se então a emissão dessas luzes. "Os pesquisadores pretendem extrair informações independentes para entender o ambiente misterioso ao redor do buraco negro supermassivo", diz Oka.

Pesquisadores buscam mais informações sobre o buraco negro presente na Via Láctea. Fonte: Pixabay / DivulgaçãoPesquisadores buscam mais informações sobre o buraco negro presente na Via Láctea. Fonte: Pixabay / Divulgação

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