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Drogas ajudam a restaurar funcionamento cerebral em sapos

29/05/2020 às 11:002 min de leitura

Um novo estudo realizado por pesquisadores Universidade Tufts (EUA), com financiamento do pioneiro da Microsoft, Paul Allen, conseguiu demonstrar que determinados tipos de drogas podem ajudar a reverter defeitos provocados no cérebro de sapos em decorrência da exposição à nicotina, por meio da restauração de padrões bioelétricos. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Frontiers in Cellular Neuroscience.

Drogas podem ajudar na recuperação de cérebros danificados em embriões de saposDrogas podem ajudar na recuperação de cérebros danificados em embriões de sapos

Estudos anteriores realizados pelos próprios pesquisadores já demonstraram que o aumento de expressividade do gene HCN2 tinha o poder de restaurar os padrões bioelétricos normais dos cérebros dos sapos. Entretanto, estas pesquisas envolviam mais uma forma de terapia genética.

A descoberta

O que a equipe procurou fazer foi saber como as drogas estudadas poderiam ser aplicadas para gerar o mesmo efeito restaurador no cérebro dos sapos. Duas delas que podem ativar o HCN2 e que estão no mercado são a gabapentina e a lamotriina, ambas aplicadas na prevenção de convulsões.

Nesse estudo, a equipe do centro de pesquisas expôs embriões de sapo à nicotina e depois iniciou o tratamento com as duas substâncias, que se mostraram capazes de auxiliar na recuperação dos padrões bioelétricos normais nos girinos. E não somente isso: com os padrões bioelétricos se normalizando, os defeitos estruturais começavam a ser reparados no cérebro, ao passo que a expressão genética era recuperada, bem como a função cerebral.

Sobre os resultados, o autor do estudo, Michael Levin, que também é professor de Biologia na Escola de Artes e Ciências da Universidade Tufts, comentou: "O que foi notável nos experimentos deste estudo é que, quando aumentamos a expressão do HCN2 [...] em regiões não neurais, os defeitos no cérebro ainda eram reparados ou prevenidos".

Um dos aspectos que mais chamou a atenção do meio científico nesse estudo é que os resultados apontam que a região danificada do cérebro não precisa ser atingida diretamente, uma vez que ficou demonstrado a possibilidade do uso de drogas em vez da manipulação genética.

Com isso, a perspectiva é de que essa pesquisa pode ser continuada abrindo caminho para novas formas de tratamento para algumas das principais doenças e danos provocados no cérebro humano.

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