Leopardos: fêmeas e machos caçam em horários diferentes

16/09/2020 às 03:002 min de leitura

A região das montanhas de Udzungwa, na Tanzânia, abriga uma das poucas populações de leopardos que não sofreram grande impacto da ação humana. Sua superfície é coberta por uma densa floresta úmida, o que torna impossível o acesso ao local usando veículos.

Mesmo diante da dificuldade, uma equipe de pesquisadores do Museu de História Nacional da Dinamarca conseguiu, pela primeira vez na história, posicionar 164 câmeras na região e coletar mais de 5 mil imagens do cotidiano desses animais. 

O experimento trouxe grandes revelações sobre os hábitos da espécie. Veja só!

As diferenças entre machos e fêmeas

(Fonte: Ramus W. Havmoller)(Fonte: Ramus W. Havmoller)

De acordo com os cientistas, entender como os leopardos se movimentam durante o dia é uma etapa primordial para protegê-los da extinção. Por muito tempo, acreditou-se eles eram animais com atividade de caça apenas durante o crepúsculo, mas o primeiro olhar sobre a população de Udzungwa surpreendeu os pesquisadores.

Através de sensores de movimento, as câmeras capturaram diversas imagens dos felinos em busca de suas presas, como antílopes e babuínos. Enquanto as fêmeas são tipicamente mais ativas durante o período da manhã, os machos tendem a poupar energia para ir atrás de suas vítimas na escuridão da noite.

O líder do experimento, Rasmus W. Havmoller, ressaltou que essa é a primeira vez que alguém consegue identificar padrões de atividade entre leopardos fêmeas e machos. "Os leopardos de Udzungwa são a nossa última oportunidade de estudar essas criaturas em um ambiente diverso, que foi levemente impactado pelos humanos", completou o pesquisador.

Leopardos ameaçados

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Os leopardos são animais "criticamente ameaçados de extinção", segundo o relatório da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza. A população desses felinos caiu em 85% durante o último século, ligando o alerta para as organizações protetoras do meio ambiente.

De acordo com a equipe de pesquisa, o fato de as fêmeas serem mais ativas pela manhã torna-as mais vulneráveis aos humanos, visto que esse é o horário em que eles são mais ativos. Por isso, entender os padrões de atividade da espécie pode ajudar na elaboração de medidas protetivas.

Existe uma grande preocupação dentro da comunidade ambientalista sobre o crescimento de populações humanas na África e na Índia, onde os leopardos são forçados para fora de seu habitat e transformam-se em alvos fáceis para caçadores.

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