Botswana acredita ter solucionado mistério da morte de 350 elefantes

28/09/2020 às 03:002 min de leitura

Após meses de investigação, parece ter chegado ao fim o mistério das mortes de 350 elefantes encontrados sem vida na região do delta do rio Okavango em Botswana, entre os meses de maio e junho passado. Segundo cientistas, o culpado, ou pelo menos um deles, foram neurotoxinas presentes em prolíficas colônias de bactérias que habitam alguns poços de água da região.

Em entrevista coletiva realizada na semana passada, o veterinário-chefe do departamento de vida selvagem e parques nacionais daquele país, Mmadi Reuben, esclareceu: “Nossos últimos testes detectaram neurotoxinas cianobacterianas como a causa das mortes. Elas são bactérias encontradas na água”.

Segundo o site Live Science, mais de 70% dos corpos dos elefantes mortos foram encontrados perto de poços de água contendo proliferação de algas, cujas cepas são capazes de produzir toxinas, como as cianobactérias, organismos unicelulares conhecidos como algas azuis, por se agruparem em forma de tapetes ou “flores” em superfícies aquáticas.

Embora essas “flores” sejam perigosas e mortais, por atacar o sistema nervoso, a pele ou o fígados dos animais, elas foram a princípio descartadas porque não se verificaram mortes de outras espécies. Porém, os cientistas acreditam que os elefantes sejam particularmente suscetíveis pelos seus hábitos de banhos constantes e grande ingestão de água.

Ainda existem outras hipóteses

Fonte: Handout/Reuters/Reprodução
Fonte: Handout/Reuters/Reprodução

As amostras de tecido retiradas dos elefantes mortos ainda estão sendo analisadas por laboratórios, segundo Reuben. Para ele, “ainda temos muitas perguntas a serem respondidas. (...) Temos várias hipóteses que estamos investigando”.

Uma das hipóteses já descartada foi a caça furtiva, uma vez que todos os 350 elefantes encontrados estavam com suas presas intactas. Esta é uma notícia reconfortante, quando se sabe que Botswana mantém a maior população desses proboscídeos na África, com cerca de 130 mil espécimes.

Em entrevista ao The Guardian, o Dr. Niall McCann, diretor do National Park Rescue, alertou que as mudanças climáticas tem aumentado a intensidade e a gravidade da proliferação de algas prejudiciais. Ele confirmou que sua organização está trabalhando num sistema de alerta com a Botswana e outros países atingidos. 

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