Satélite revela 'super-raio' com brilho mil vezes mais forte

26/11/2020 às 12:002 min de leitura

A existência dos chamados super-raios acaba de ser confirmada por dois novos estudos feitos nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, além da veracidade do fenômeno, seu brilho chega a ser 1 mil vezes mais forte do que a média de um raio comum.

Na década de 1970, quando o termo “super-raio” foi inventado, ainda existia uma dúvida entre os cientistas se o seu brilho era verdadeiramente mais potente que os demais ou se tudo era apenas um golpe de vista aplicado pelo ângulo de visualização dos satélites. Portanto, essa é a primeira vez que o grau de luminosidade pôde ser comprovado. 

A energia de um super-raio

(Fonte: Unsplash)
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Após anos de análise de dados, os cientistas puderam afirmar que as descargas elétricas superbrilhantes são capazes de produzir pelo menos 100 gigawatts (GW) de energia. De acordo com o Departamento de Energia dos Estados Unidos, esse valor seria capaz de abastecer mais da metade de todos os painéis de energia solar e turbinas de vento do país — que juntos consumiram 160 GW no ano de 2018.

De acordo com os experimentos feitos nos EUA, os super-raios são formados através da interação de descargas elétricas de uma nuvem e de um pedaço de terra. Normalmente, os raios são oriundos de um evento gerado por uma nuvem com carga negativa. Porém, para que esse fenômeno ocorra, é preciso que essa corrente elétrica seja positiva.

Pesquisadores utilizaram satélites Vela, cujo principal objetivo era detectar explosões nucleares, para estudar a existência dos super-raios. Em 1979, o impacto de um super-raio próximo à África do Sul foi tão forte que chegou a ser confundido com a atividade de uma bomba nuclear.

Análise de satélites

(Fonte: Unsplash)
(Fonte: Unsplash)

Assim como em metodologias anteriores, ambos os estudos publicanos no dia 12 de novembro no Journal of Geophysical Research: Atmospheres fizeram o uso de satélites para poder observar o padrão de comportamento dos super-raios.

Conforme os relatos apresentados pelos cientistas do Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México, os relâmpagos superbrilhantes são mais comuns em áreas do mundo com maior índice de grandes tempestades. Os pesquisadores esperam que as novas informações descobertas sobre a existência dos super-raios possam ajudar em pesquisas futuras na compreensão completa deste fenômeno.

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