Garota teve deficiência permanente após doação de sangue 'errada'

27/11/2020 às 04:002 min de leitura

Numa entrevista por telefone transmitida pela emissora canadense CTV News na semana passada (17), uma jovem de Ontário relatou as circunstâncias trágicas com que ela perdeu a mobilidade do seu braço direito, e com isso parte do seu futuro, após uma doação de sangue.

Há quatro anos, Gabriela Ekman tinha apenas 17 anos quando decidiu doar sangue pela primeira vez na vida. Completamente saudável, procurou uma unidade da Canadian Blood Services e, durante o procedimentos, uma enfermeira aparentemente tirou sangue de uma das artérias da moça, em vez de uma veia.

Gabriela conta que, quando a flebotomista tirou o seu sangue, e deixou escapar uma expressão de surpresa, ela percebeu que havia algo errado. Mas não fez nada, nem mesmo quando a equipe comentou o quanto seu sangue era oxigenado, o que era também um sinal de que provinha de uma artéria. Quando percebeu o erro, já era muito tarde. 

A cirurgia

Fonte: CTV News/Reprodução
Fonte: CTV News/Reprodução

Ainda confusa sobre a reação, pois era sua primeira doação de sangue, Gabriela começou a sentir um grande desconforto no braço de onde o sangue foi tirado, e foi orientada por uma funcionária da unidade a procurar um hospital. Ela foi, mas os médicos não viram nada errado, e disseram-lhe para ir para casa.

Nas semanas seguintes, Gabriela não conseguiu mais mover o braço, desenvolveu hematomas do pulso ao ombro. Ao retornar ao hospital teve que se submeter a uma cirurgia de emergência para estancar o sangramento, remover um coágulo e fechar o orifício que estava mesmo em sua artéria.

A dor

Fonte: Mothership/Reprodução
Fonte: Mothership/Reprodução

A cirurgia salvou a vida de Gabriela, mas ela disse que continuou a sentir “uma dor indescritível” no braço. Mesmo com várias sessões de fisioterapia, nem a dor se foi nem os movimentos do braço foram recuperados. O diagnóstico foi: Síndrome de Dor Regional Complexa (SDRC), uma condição rara associada a lesões traumáticas.

Hoje, Gabriela Ekman tem 21 anos, depende de sua mãe para ajudá-la nas tarefas diárias, pois não consegue cozinhar ou dirigir. Teve que frequentar uma faculdade comunitária próxima à sua casa. Está se submetendo a tratamento para estresse pós-traumático, ansiedade e depressão.

Ela continua acreditando na importância da doação de sangue, mas está buscando uma compensação financeira da Canadian Blood Services.

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