O que são centenas de esqueletos no fundo de um lago do Himalaia?

26/02/2021 às 03:002 min de leitura

Um artigo publicado recentemente na revista The New Yorker trouxe à tona um dos mistérios mais intrigantes que, desde 1942, desafia os antropólogos do mundo: o dos “esqueletos do lago”, que questiona a existência de centenas de ossadas humanas existentes ao redor e dentro do lago Roopkund, nos Himalaias indianos.

Fonte: Awanish Tirkey/Shutterstock
Fonte: Awanish Tirkey/Shutterstock

Os ossos, pertencentes a 300 a 800 pessoas, foram relatados pela primeira vez no inverno de 1942, quando um guarda florestal os encontrou separados dos crânios, e alguns deles ainda com vestígios de carne. 

Em 2019, o mistério se aprofundou ainda mais, quando um grupo de pesquisadores publicou um estudo na revista Nature Communication, revelando que pelo menos 14 dos indivíduos que morreram no lago não eram do sul da Ásia. Exames de DNA mostraram que os genes dessas pessoas correspondem aos dos povos modernos do Mediterrâneo oriental, além de serem mil anos mais jovens.   

Desvendando o mistério dos ossos do lago

Fonte: Shubham Magdum/Shutterstock
Fonte: Shubham Magdum/Shutterstock

No artigo da The New Yorker, e em um webinar que se seguiu à publicação, o escritor e jornalista Douglas Preston, e o antropólogo Agustín Fuentes, da School for Advanced Research do Novo México nos EUA, tentaram responder às principais questões dos “esqueletos do lago”: o que um grupo de pessoas do Mediterrâneo fazia em uma altitude de 5 mil metros? E como eles morreram?

Uma história, transmitida por tradição oral, afirma que os ossos mais antigos referem-se a um acesso de ira da deusa Nanda Devi que conjurou uma tempestade de granizo para dizimar a comitiva de um rei que a enfurecera. Segundo Fuentes, a explicação sobre o granizo parece plausível, pois muitos corpos tinham crânios perfurados.

Fonte: Vishwas Krishnamurthy/Shutterstock
Fonte: Vishwas Krishnamurthy/Shutterstock

Para o antropólogo, uma tempestade teria surpreendido uma comitiva em visita ao lago, na crista superior que envolve o local. Provavelmente, as vítimas podem ter morrido de exposição e hipotermia, e seus corpos rolado morro abaixo.

Sobre o grupo de pessoas de aparente herança mediterrânea, ainda não há consenso sobre o que eles faziam a 7 mil quilômetros de casa. Sabe-se apenas que eram homens e mulheres não aparentados que vieram por volta do ano de 1800 d.C. de algum lugar distante do mar. As pesquisas continuam.

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