Trítio, a bizarra substância radioativa que brilha por décadas

23/06/2021 às 11:002 min de leitura

Você já ouviu falar em trítio? Essa substância radioativa costuma estar presente na água em que você bebe, pode ser comprada sem qualquer tipo de restrição e ainda por cima está dentro de você neste exato momento. Mas não se assuste! Por mais bizarro que isso possa soar, esse isótopo de hidrogênio é completamente seguro para os seres humanos. 

Quando ouvimos falar em elementos radioativos, é comum que fiquemos assustados por alguns instantes. Caso você nunca tenha ouvido falar em trítio, essa substância é bastante parecida com aquele material verde usado por Homer na abertura de Os Simpsons (1989) e pode brilhar por até 25 anos. 

Conhecendo a substância

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Descoberto pelos pesquisadores Mark Oliphant, Ernest Rutherford e Paul Harteck em 1934, o trítio é um isótopo radioativo de hidrogênio usado prioritariamente em atividades de pesquisa, geradores de nêutrons e reatores de fusão. O trítio é composto por três nêutrons, enquanto a molécula de hidrogênio original possui apenas um. 

Por ser uma forma de hidrogênio, essa substância pode ser encontrada naturalmente no ar, na água ou até mesmo em algumas partes do organismo humano. Sua formação pode ocorrer tanto através de dois métodos:

  • Natural: raios cósmicos interagem com as moléculas de hidrogênio ou de deutério na atmosfera, formando trítio e carbono. Então, o trítio é carregado ao solo em formato de chuva, representando a forma natural do químico radioativo.
  • Artificial: o trítio também pode ser obtido através do bombardeamento do hidrogênio com nêutrons em um acelerador de partículas ou reator nuclear. 

Apesar de ser uma substância considerada radioativa e de certa forma com potencial nocivo, os riscos de alguém sofrer com altos índices de exposição são minúsculas, visto que o trítio libera pouca energia e se comporta quimicamente como água no corpo humano.

Funcionalidade

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Quando usado em pequenas proporções, o trítio costuma aparecer como uma ferramenta interessante para a iluminação de apetrechos. A Luz Beta, como é chamada, é usada em muitos dispositivos, como miras noturnas de arma de fogo, luzes de mapa, sinais de saída, relógios, facas e diagnósticos médicos.

Como o isótopo fornece cerca de 25 anos de brilho, qualquer aparelho que utilize essa luz jamais precisará de uma carga elétrica durante esse tempo. Por outro lado, o trítio também pode fazer parte de instrumentos de destruição em massa, como são os casos das bombas atômicas.

A principal função do trítio é aumentar o rendimento das armas de fissão e termonucleares, aumentando o potencial destrutivo do arsenal nuclear e impulsionando os processos de fissão. 

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