O dia em que Einstein comeu vatapá no Brasil e virou notícia

21/10/2021 às 13:002 min de leitura

Albert Einstein (1879-1955) é um dos mais importantes físicos e teóricos que o mundo já conheceu. Mas você sabia que ele já passou pelo Brasil? Ou melhor, que ele resolveu “turistar” um pouco na cidade do Rio de Janeiro? 

Em 4 de maio de 1925 ele desembarcou na cidade maravilhosa. Na época, a cidade ficou ansiosa com a chegada do físico, afinal, era uma celebridade da ciência e ganhador do Prêmio Nobel.

(Fonte: Central Press / Getty Images / Reprodução)(Fonte: Central Press / Getty Images / Reprodução)

No entanto, engana-se quem pensa que ele se limitou às atividades programadas, como as palestras e eventos acadêmicos. Curioso e admirador da cultura e tradições de outros povos, Einstein resolveu aproveitar sua estada no Rio para fazer um roteiro que nenhum turista poderia colocar defeito.

Passou pelo Museu Nacional, a Floresta da Tijuca, Santa Tereza, São Conrado e Copacabana Palace. Claro, também subiu o morro do Corcovado e conheceu o Pão de Açúcar.

O gênio e o vatapá

Como disse o poeta Gregório de Matos, “o vatapá é o Brasil em forma de comida”. Sem dúvidas, uma das melhores maneiras de conhecer as tradições de um povo é por meio de suas criações culinárias.

(Fonte: Uol/ Reprdução)(Fonte: Uol/ Reprdução)

Em 12 de maio de 1925, quem abrisse o periódico O Jornal se depararia com uma manchete feita no melhor estilo das revistas de fofocas atuais: “Einstein comeu, hontem [sic], vatapá com pimenta.”

O problema é saber o que ele achou do prato baiano.  Durante um almoço na cidade maravilhosa com alguns membros ilustres da sociedade e do mundo acadêmico, convidaram o alemão para experimentar esse item de nossa culinária.  

Para evitar qualquer surpresa, serviram o prato de vatapá com um aviso para que ele tomasse cuidado com a pimenta. Mas não teve jeito, errou na mão e exagerou no tempero.

Relatos da época dizem que Einstein chegou a queimar a língua e a suar intensamente devido ao descuido. Mas ele manteve a compostura, disse que apreciou o prato. Sobre esse evento, escreveu em seu diário de viagens uma observação: “Visita ao manicômio, cujo diretor é mulato e uma pessoa especialmente virtuosa. Com ele, almoço brasileiro com muita pimenta”.

Os desapontamentos

Antes de vir para o Brasil, Einstein esteve na Argentina e passou por Montevidéu. Queria mesmo era mostrar que a ciência não tem fronteiras nacionalistas. Mas, de acordo com seus relatos em seu diário e em cartas, sua visita por alguns países da América do Sul não foi muito boa. 

(Fonte: Showmetech/ Reprodução)(Fonte: Showmetech/ Reprodução)

Na Argentina, o físico teve que lidar com a bajulação da comunidade judaica. Também ficou desapontado com as questões científicas levadas a ele a ponto de as considerar estúpidas, sendo que até escreveu o quanto era difícil levá-las à sério. Considerou os sul-americanos um povo desprovido de preconceitos. Por outro lado, achou as pessoas por aqui vazias e menos interessantes que as europeias.

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