Psicóloga desvenda porque gastamos mais na época do Natal

12/12/2012 às 11:033 min de leitura

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Na hora das compras, sabemos que o que nos faz comparar preços ou analisar a relação custo-benefício de um produto é a nossa racionalidade. No entanto, quem nunca disse “o que eu estava pensando quando comprei isso?!” quando se deparou com peças de roupa que nunca usou ou artigos que não combinam com a decoração da casa?

Para desvendar o que realmente nos faz comprar mais, a psicóloga Kit Yarrow, da Golden Gate University em San Francisco, nos Estados Unidos, passou os últimos 20 anos entrevistando consumidores. Com toda a sua experiência, ela contou no site Psychology Today que nunca encontrou alguém que pudesse resistir às compras por impulso ou por razões emocionais.

Isso significa que somos influenciados por diferentes elementos externos e, muitas vezes, nem mesmo temos consciência dos fatores que podem estar exercendo um forte efeito sobre nós. Nesse contexto, a especialista revela que os nossos sentidos têm um papel muito importante durante as compras.

Enquanto os consumidores desconhecem ou ignoram a influência de certas partes do corpo no nosso humor, desejo ou impulso de gastar dinheiro, os lojistas sabem bem como fazer as notas ou cartões de crédito saírem do nosso bolso.

Embora existam pessoas que recorram à internet para escapar dos shoppings lotados, a maior parte das pessoas opta por fazer suas compras de final de ano em lojas físicas. Para que você não caia nas armadilhas do comércio e acabe gastando mais do que o orçamento prevê, confira as dicas da psicóloga e entenda melhor como o nosso corpo funciona diante das compras.

Olhos

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As cores têm grande influência sobre nós, pois estão carregadas de associações que podem alterar nosso humor e percepção. Durante as festas de final de ano, predominam o verde e o vermelho nas decorações de shoppings e lojas.

O vermelho é uma cor energizante e estimulante, inclusive quando falamos em dinheiro. Segundo Kit Yarrow, garçonetes que usam vermelho recebem gorjetas de 14% a 26% maiores do que aquelas que vestem uniformes de outras cores.

Já o verde é uma tonalidade otimista associada à sorte e à prosperidade. Estudos também mostraram que a cor tem uma relação com a criatividade.

Nariz

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A psicóloga explica que os aromas acionam diretamente o nosso centro emocional no cérebro, evocando humores e memórias. Kit Yarrow aponta que não é à toa que lojas como a Bloomingdale’s, Hugo Boss, Victoria’s Secret e tantas outras utilizam perfumes para estimular nossos sentidos e aumentar nossa percepção de sua marca e seus produtos.

Estudos já mostraram que a essência certa pode aumentar nossa percepção da qualidade de um produto e nos levar a passar mais tempo fazendo compras. Os aromas mais comuns durante as festividades são o pinho, que evoca felicidade e nostalgia, e a menta, que desperta os sentidos e pode criar consumidores mais alertas.

Ouvidos

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A especialista lembra que, se assistirmos a um filme sem a trilha sonora, reconhecemos que a música tem o poder de gerar humores e intensificar emoções. Canções tipicamente natalinas nos colocam no clima da época, o que para muitos significa aumentar os gastos e o interesse por presentear.

Além disso, as músicas de Natal remetem à nostalgia. Estudos recentes mostraram que esse sentimento aumenta o bom humor e faz com que as pessoas se sintam bem consigo mesmas. A especialista explica que a nostalgia faz com que as pessoas se sintam ligadas umas às outras e encontrem significado e continuidade em suas vidas.

Todos esses sentimentos juntamente com o espírito natalino podem acabar levando as pessoas a ultrapassar as cotas com as compras de final de ano.

Coração

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Pressão, competição e ansiedade são alguns dos sentimentos que costumam nos afligir durante as festividades. Kit Yarrow explica que essas emoções fazem com que nossos corpos reajam impulsivamente e não consigam realizar escolhas com calma e racionalidade.

Segundo ela, qualquer terapeuta de casais recomenda esperar um tempo antes de uma discussão importante. Isso porque as pessoas tendem a reagir impulsivamente e depois é comum bater um arrependimento.

As compras feitas sob pressão podem ser descritas da mesma maneira: consumimos demais e depois temos que lidar com o remorso. Fatores como a lotação das lojas, a pressão do tempo, o receio da perda, a exaustão física e a sede podem nos levar a pensar menos e então todos esses sentimentos sobram para o coração.

Pele

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Temos tendência a comprar aquilo que podemos tocar. Isso explica porque muitos comerciantes investem pesado em lojas em que tudo está ao alcance das nossas mãos. Diversos estudos comprovaram que a sensação de tocar um produto pode alterar nossa percepção se compararmos com situações em que apenas vemos o item. A exemplo disso, a psicóloga cita um experimento que mostrou que pessoas que seguravam um tablet morno investiram 43% mais no produto do que aquelas que tocaram um tablet frio.

Além disso, somos naturalmente levados ao centro dos displays, onde costumam ficar os produtos mais caros. Em segundo lugar ficam os produtos à direita do centro, que são os itens que costumam ser mais manuseados devido ao grande número de pessoas destras.

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Para evitar que você se deixe levar pelas cores, aromas, sons e outros fatores externos presentes nessa época do ano, é importante estar ciente de todas essas influências. Além disso, a dica de da psicóloga Kit Yarrow é lançar mão de listas e fazer intervalos durantes as compras para que tudo saia como planejado.

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