Escaneamento do cérebro pode ajudar a entender a diferença de personalidade

30/01/2017 às 05:002 min de leitura

Um projeto comandado pela Washington University em St. Louis nos Estados Unidos está produzindo um banco de dados com imagens coletadas por ressonância magnética da atividade cerebral de voluntários. O objetivo da pesquisa é mapear os caminhos de diferenciação entre os indivíduos, em suas personalidades, capacidades, talentos e comportamentos.

O Human Connectome Project liberou sem custos para a comunidade científica os dados coletados até agora. De acordo com o responsável pelo projeto, a proposta é que neurocientistas de todo o mundo possam trabalhar com essas informações e desvendar os mistérios dos circuitos cerebrais.

Atividades dos voluntários e o mapa das conexões neurais

Dezenas de voluntários já passaram pelo processo de escaneamento da atividade cerebral, uma jornada que leva até quatro horas e envolve uma série de tarefas, como jogos, cálculos aritméticos, ouvir histórias e mexer partes do corpo. O objetivo é chegar a 1,2 mil indivíduos registrados e produzir uma amostra mais detalhada da estrutura cerebral.

As regiões amarelas e vermelhas são estimuladas pelo som, enquanto as áreas verdes e azuis trabalham os cálculos aritméticos. Fonte da imagem: Human Connectome

O projeto visa entender como as conexões cerebrais podem determinar os comportamentos das pessoas. Através da coleta de diferentes formações de cérebro, os pesquisadores montam uma imagem comum da estrutura que serve de comparação para as diferenciações em cada um dos indivíduos.

O escaneamento por ressonância magnética produz imagens computadorizadas e em três dimensões da atividade cerebral, captadas através das energias geradas pelas transmissões neurais. Acredita-se que a diferente formação de conexões é o que faz um indivíduo ser único, definindo a sua personalidade e a sua capacidade de pensar e sentir.

Comparação entre a ressonância de um voluntário (na esquerda) e uma composição a partir de 12 indivíduos (na direita). Fonte da imagem: Human Connectome Project

Pesquisadores e neurocientistas dizem ainda que o projeto vai ajudar a entender mais sobre algumas doenças de ordem cerebral como o Mal de Alzheimer e de Parkinson. Outros problemas de gestão psiquiátrica, como a esquizofrenia, o vício em drogas e o comportamento obsessivo-compulsivo, também podem ter origem no desenvolvimento irregular do cérebro, o que poderá ser mais bem mapeado e compreendido com o projeto em desenvolvimento.

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