Macabro: sabia que as grávidas podem “dar à luz” depois de morrer?

12/09/2017 às 02:002 min de leitura

O falecimento de mulheres grávidas é sempre uma fatalidade incrivelmente trágica e triste, e ninguém gosta muito de ficar falando sobre o assunto. No entanto, deixando a parte emocional de lado — e focando na ciência —, existe algo curioso (e muito macabro!) que pode acontecer quando uma gestante perde a vida. Você sabia que, às vezes, seus corpos podem “dar à luz” mesmo após a morte?

Conforme explicamos em matérias anteriores aqui do Mega Curioso — que você pode acessar através deste link, deste e deste aqui também —, assim que uma pessoa morre, as células do corpo param de receber oxigênio e começam a se degradar. Com isso, bactérias anaeróbias passam a se multiplicar, e sua ação resulta na produção de gases como o metano e o dióxido de carbono.

De acordo com o pessoal do portal Today I Found Out, esses gases fazem com que o corpo comece a inchar dramaticamente, e o aumento de volume e o acúmulo deles no interior do cadáver da gestante atua como as contrações uterinas, pressionando o útero e forçando o feto através do canal vaginal.

Prática macabra

Segundo o Today I Found Out, existem diversos registros históricos de mulheres que expulsaram seus fetos depois de morrer. Um dos casos mais antigos de que se tem notícia aconteceu em 1551, quando uma das vítimas da Santa Inquisição teve seu bebê horas depois de ter sido executada, enquanto ainda seguia pendurada na forca. Outro exemplo é o de uma belga que, em 1633, faleceu durante o parto e “deu à luz” três dias depois.

De acordo com o artigo, a expulsão do feto após a morte é conhecida desde a antiguidade, tanto que Esculápio, o deus da medicina na mitologia grega, foi tirado do útero de sua mãe depois de ela morrer no Monte Olimpo.

Além disso, era prática comum no passado que os médicos abrissem os abdomes das gestantes que acabavam de falecer na esperança de salvar os bebês, e a Igreja Católica obrigava os padres a fazerem o mesmo para que os fetos pudessem ser batizados — e assim eles fossem livrados de vagar no purgatório.

Na atualidade

Hoje em dia é bastante raro que esse fenômeno ocorra devido à forma como muitos países tratam seus mortos. Isso porque é cada vez mais comum que os corpos sejam submetidos ao embalsamamento, e o procedimento — além de empregar produtos químicos que retardam a decomposição — elimina boa parte dos fluidos corporais e dos microrganismos envolvidos no processo de putrefação.

Ainda assim, existem registros de casos mais atuais. Um deles aconteceu na Alemanha em 2005, quando uma gestante foi encontrada em avançado estado de decomposição em seu apartamento. A mulher havia morrido devido a uma overdose de heroína e, durante a necropsia, os médicos encontraram o bebê exposto até a altura dos ombros.

Outro caso foi registrado no Panamá em 2008, depois que um feto foi encontrado na lingerie de uma jovem vítima de assassinato que foi localizada vários dias após sua morte. O mais recente aconteceu em 2013, quando o corpo sem vida de uma refugiada que tentava chegar à Europa foi recuperado — e um bebezinho foi descoberto na legging da mãe. Muito triste.

*Publicado em 13/11/2015

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