Sabia que existe uma teoria de que não estamos em 2017, mas sim em 1720?

13/10/2017 às 07:003 min de leitura

A humanidade certamente não concorda em tudo, não é mesmo? Afinal, nem todo mundo torce para o mesmo time, segue a mesma crença, defende a mesma ideologia política, tem os mesmos gostos musicais... enfim! As opiniões divergem, e isso é absolutamente normal.  Entretanto, se há uma coisa com a qual a grande maioria das pessoas concorda é que estamos no ano de 2017, certo? Bem, mais ou menos! Isso porque existe um pesquisador que garante que quase 300 anos foram adicionados à nossa história e que, na realidade, estamos em 1720.

Mulheres do século 18Mulheres do século 18 batendo papo (Mental_Floss)

De acordo com Katie Serena, do site All That Is Interesting, essa é a teoria proposta por um historiador alemão chamado Heribert Illig, que acredita que o calendário gregoriano é uma picaretagem e que 297 anos na Idade Média não passam de invenção. E o mais fascinante é que, apesar de parecer maluquice, Heribert se baseou em levantamentos históricos, registros arqueológicos e muita pesquisa para desenvolver a sua ideia.

Hipótese do Tempo Fantasma

Segundo Katie, a teoria de Heribert foi batizada de “Hipótese do Tempo Fantasma” e, de acordo com ela, a confusão de calendários remonta ao ano 1000 da Era Cristã e se trata de uma conspiração envolvendo três líderes mundiais da época para alterar o sistema de datação. Calma... já vamos explicar melhor!

Historiador alemãoEsse é Heribert Illig (Welt N24)

Heribert acredita que Oto III, do Sacro Império Romano-Germânico, Constantino VII, Imperador Bizantino, e o Papa Silvestre III se reuniram e fizeram umas tramoias para mudar o calendário de forma que o reinado de Oto pudesse ser iniciado no ano 1000 — em vez de no ano de 996. Segundo o alemão, a razão seria simplesmente que o trio achava que esse ano soava muito mais imponente e significativo do que o de 996.

Imperador Oto IIIOto III, do Sacro Império Romano-Germânico (Wikimedia Commons/Domínio Público)

Então, de acordo com Heribert, para pôr o plano em andamento, Oto, Constantino e o Papa alteraram documentos da época, criaram uma porção de acontecimentos que nunca existiram e inventaram pessoas de mentirinha. Sendo assim, segundo a teoria do alemão, Carlos Magno, o primeiro Imperador dos Romanos, por exemplo, não passou de uma lenda que foi “produzida” pelo o trio, juntamente com 297 anos de história. Tudo lorota.

Evidências

De acordo com Katie, Heribert alega que a “mentira” pegou porque o sistema de datação de artefatos medievais é falho e também porque a grande maioria dos estudiosos se apoia nos documentos escritos da época medieval para reconstruir a História. Contudo, os levantamentos dele teriam mostrado que existe algo muito estranho com o período compreendido entre os anos de 614 e 911.

Constantino Império BizantinoCoroação de Constantino (Wikimedia Commons/Domínio Público)

Antes de 614, conforme observou Hilbert, existem registros de diversos acontecimentos significativos, assim como após 911. Entretanto, entre esses dois anos, por alguma razão, não rolou nada de muito interessante — e o alemão acha isso muito suspeito. Ademais, o historiador diz ter descoberto discrepâncias matemáticas entre o calendário Juliano, que divide o ano em 365 dias e 25 minutos, e o Gregoriano, que é o que se encontra em uso oficial atualmente e tem 11 minutos a mais.

Você achou que esse papo de que Oto, Constantino e o Papa se uniram para conspirar meio sem pé nem cabeça? Pois existe outro estudioso que apoia a teoria de Heribert. Segundo Katie, esse cara se chama Hans-Ulrich Niemitz e chegou a publicar um livro sobre o assunto, no qual lista mais evidências quanto à Hipótese do Tempo Fantasma.

Carlos MagnoCarlos Magno (Wikimedia Commons/Domínio Público)

Niemitz defende a ideia de que, na cronologia aceita pela maioria dos historiadores, entre a Antiguidade e a Renascença — período compreendido entre os anos 1 e 1500 — existem 300 “sobrando”. É claro que a hipótese proposta por Heribert e apoiada por Niemitz tem muitos (muitos mesmo) críticos na área acadêmica, mas, pelo menos, Niemitz admite que existem argumentos que podem invalidar essa fascinante proposta. E aí, caro leitor, já pensou se os dois estão certos e, de repente, todo mundo tem quem se acostumar com a ideia de que estamos em pleno século 18?

Fonte

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