Você não vai acreditar no que acontece quando colocamos uvas no micro-ondas

13/03/2019 às 05:012 min de leitura

A ciência é realmente fantástica. Combinações e misturas de substâncias em diferentes circunstâncias são capazes de gerar os resultados mais inesperados, e é fácil se impressionar com tais experiências. Um caso curioso é o fato de uvas produzirem explosões de plasma quando aquecidas no micro-ondas (não, você não leu errado!).

Aliás, antes de começarmos a explicar o curioso experimento, avisamos que não é recomendado replicá-lo em casa, pois você pode danificar o seu micro-ondas e se machucar, como inúmeras pessoas que já tentaram. Então, é melhor deixar os riscos com os cientistas e conferir essa bizarrice conosco.

Por algum motivo que não conhecemos, alguém decidiu cortar uma uva ao meio — mas não inteiramente, deixando-a ligada por um istmo — e colocá-la no micro-ondas para ver o que aconteceria. Ao aquecer, faíscas de plasma (o estado de matéria visto no sol) apareceram ao redor da uva, o que é impressionante.

A curiosa experiência logo se tornou bastante popular no YouTube, viralizando e fazendo que as pessoas fizessem o mesmo com outras frutas. Através de tais testes, foi possível identificar que uvas secas produzem mais plasma e que, ao cobrir a fruta com um recipiente plástico, o efeito é potencializado. É válido ressaltar que algumas pessoas destruíram o micro-ondas ao realizar o procedimento, então realmente não recomendamos repeti-lo.

Por que isso acontece?

O Dr. Aaron Slepkov tentou encontrar as repostas para esse fenômeno. Segundo o especialista, a suposição mais comum para a produção do plasma, que atribui o efeito à condutividade da superfície da casca da uva, provavelmente está errada. Como visto em alguns dos vídeos que viralizaram, pedaços de outras frutas produzem resultados semelhantes, e até mesmo esferas de hidrogel podem funcionar.

O efeito pode ser replicado com uvas sem a casca e até mesmo sem o istmo ligando-as; uvas inteiras também podem produzir o efeito, desde que não se separem. O que realmente importa é o tamanho das frutas, que deve ser adequado para que formem cavidades ressonantes que concentrem campos eletromagnéticos em regiões extremas. A formação do plasma ocorre justamente nas áreas de concentrações eletromagnéticas, em que as duas metades da uva (ou de outra fruta) interagem cooperativamente.

Um único objeto esférico ficará muito quente, então são necessários dois pontos de acesso em contato para fazer que as faíscas que retiram átomos de seus elétrons produzam plasma. Quando essas áreas estão suficientemente quentes e próximas, faíscas ionizam os íons de sódio e potássio na fruta e assim criam o efeito.

Um fator crucial para o experimento é a água que compõe a maior parte da uva, pois ela tem alto índice de refração e baixa absorção no micro-ondas. O experimento realmente é interessante, já que fornece um insight e um modelo de estudo mais fácil para fenômenos do tipo, anteriormente observados apenas em escalas nano.

Quem diria que uvas seriam capazes de gerar a matéria do sol, não é mesmo?

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