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Afinal, o que está acontecendo no Chile?

22/10/2019 às 14:002 min de leitura

Em meio às crescentes manifestações populares surgidas ao longo de 2019, mais um país ganhou destaque internacional nos últimos dias: o Chile. Tido como símbolo de estabilidade dentro da América do Sul, o país que é membro da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem enfrentado protestos que colocaram em evidência uma nova crise política.

Aumento da tarifa no Chile

O aumento na tarifa do transporte público em 6 de outubro de 2019 foi o estopim para que, na última quinta-feira (17), uma onda de manifestações tomasse conta do país. Com o aumento de 30 pesos, o valor da tarifa passaria aos 830 pesos — que corresponde a R$ 4,73 na moeda brasileira atualmente. Diante da indignação, alguns estudantes pularam as catracas das estações para utilizar o metrô sem pagar a passagem.

Manifestação em Santiago (Fonte: Wikimedia)

Na sexta-feira (18), a situação se agravou, com diversos estabelecimentos sendo destruídos por alguns manifestantes. O governo declarou estado de emergência, e com isso, buscava reprimir os protestos, que não deram trégua. No sábado (19), houve toque de recolher em algumas localidades. De acordo com o Presidente Sebastián Piñera, o país estaria em “guerra”.

Devido à constante pressão, o governo recuou em relação ao aumento da tarifa. Até a manhã desta terça-feira (22), foi divulgado que 15 pessoas morreram em meio aos confrontos no Chile. Nesta semana, as manifestações continuam e uma greve geral foi convocada para o dia 23 de outubro.

Descontentamento 

Os manifestantes alegam que seu descontentamento possui uma origem mais profunda, pois apesar do valor gasto com transporte representar uma quantia considerável dentro do orçamento e do seu aumento não ser visto com bons olhos, eles acreditam que o padrão de vida da população não tem melhorado no Chile. 

Acredita-se que apesar dos governos de centro-esquerda e centro-direita terem assumido o comando do país de forma intercalada nos últimos 13 anos, a perspectiva de melhoria de vida da população chilena teria se reduzido diante dos problemas estruturais do país, acentuando o desgaste e a inquietação ao longo desse período.

O Chile, de acordo com dados da OCDE levantados em 2017, é marcado por contrastes: possui uma das maiores rendas per capita ao mesmo tempo que é um dos países com maior desigualdade econômica dentro do grupo.

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