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Mulheres usam hashtag #MeToo para denunciar abuso e assédio sexual

16/10/2017 às 12:163 min de leitura

O mundo de Hollywood foi sacudido por um escândalo envolvendo uma série de abusos praticados por um dos produtores de cinema mais poderosos do mundo, Harvey Weinstein, cofundador da Miramax e da The Weinstein Company. Nomes bastante conhecidos, como os de Angelina Jolie ("Lara Croft: Tomb Raider"), Cara Delevigne ("Esquadrão Suicida") e Gwyneth Paltrow ("Homem de Ferro 2"), se somam aos relatos de abuso feitos após reportagens do New York Times e da The New Yorker do último final de semana.

Na sequência dos relatos corajosos de mulheres que precisaram suportar isso sozinhas durante anos com medo de serem prejudicadas profissionalmente, a atriz Alyssa Milano ("O Namorado da Minha Namorada") pediu no Twitter que outras mulheres respondessem “Me too” (eu também, em inglês) para sinalizar se já haviam sofrido algum tipo de abuso ou assédio sexual.

Publicada no último domingo (15), a postagem já conta com mais de 43 mil respostas, a grande maioria delas trazendo a triste confirmação de que situações de abuso e assédio são mais normais e naturalizadas do que nós gostaríamos de admitir. Até mesmo homens se somaram às respostas e confirmaram também já terem recebido algum tipo de assédio ou abuso.

A campanha cresceu e se tornou a hashtag #MeToo, que também vem sendo usada por pessoas de várias partes do mundo para relatar casos de abuso. Em alguns casos, as mulheres se resumem apenas a confirmar a existência do abuso, sem entrar em detalhes — situação totalmente compreensível diante do trauma gerado por esse tipo de violência. A hashtag é popular também no Instagram e no Facebook.

Além de uma legião de anônimas, artistas famosas, como a cantora Lady Gaga e as atrizes Evan Rachel Wood (da série "Westworld") e Anna Paquin ("X-Men"), publicaram a hashtag.

Resposta

Em adição à #MeToo, algumas pessoas propuseram que homens usassem a tag #IHave (traduzido livremente para #EuJá) para sinalizar que, de alguma forma, já participaram de uma circunstância de assédio ou abuso.

Essa campanha tem suscitado ainda outras discussões, com alguns homens assumindo a culpa (ou fazendo relatos de situações que já presenciaram) e mulheres cobrando uma postura mais reativa deles no combate ao assédio e ao abuso sexual.

A somatória desses relatos escancara um problema ainda ignorado por muita gente. Pior ainda, nós, homens, somos os grandes responsáveis por perpetuar situações capazes de gerar constrangimento, dor e traumas a um sem número de mulheres todos os dias, seja na rua, no ambiente de trabalho ou em um bar. Repensar esse tipo de atitude (e apoiar as denúncias em casos de abuso) é essencial para reverter esse quadro tenebroso.

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