Como veteranos de guerra criaram o basquete em cadeiras de rodas?

24/07/2021 às 08:002 min de leitura

Tanto soldados quanto civis que recebiam o laudo médico de que fraturaram a medula espinhal antes da Segunda Guerra Mundial consideravam aquilo como uma sentença de morte. Em 1900, ficar paraplégico era entrar para as estatísticas de expectativa de vida de um pouco mais que 1 ano e meio.

Além disso, em meio a grande probabilidade de morte por sepse ou infecção, os paraplégicos sofriam com o estigma de serem considerados "inúteis" para a sociedade, tornando a vida ainda mais miserável pela falta de espaço no mercado de trabalho e no meio social. Como o homem daquela época poderia sustentar uma família? Como uma mulher poderia cuidar da casa e dos filhos?

No entanto, a Segunda Guerra Mundial se mostrou um divisor de águas na percepção social sobre a paraplegia por ser um período considerado o mais tecnológico da humanidade, em que surgiu novas práticas médicas revolucionárias e drogas que salvavam vidas — como a penicilina que, com sua capacidade milagrosa de reduzir infecções, diminuiu a taxa de mortalidade entre os paraplégicos.

Nas cadeiras do futuro

(Fonte: Abilities Expo/Reprodução)(Fonte: Abilities Expo/Reprodução)

Pensando em elevar a autoestima dos veteranos paralíticos e tentar fazê-los entender que o diagnóstico não significava o fim, os médicos Ernest Bors e Howard Rusk foram os responsáveis por implementar esportes que fossem ajustados aos corpos desses homens à sua nova condição.

Em cadeiras de rodas, eles tentaram desde vôlei sentado até beisebol, mas nenhum deu certo. Até que o instrutor de Educação Física Bob Rynearson, do Hospital Birmingham, na Califórnia, tentou o basquete em cadeiras de rodas. Então, ele escreveu o primeiro conjunto de regras para a modalidade e montou os treinos para as equipes.

(Fonte: New York Post/Reprodução)(Fonte: New York Post/Reprodução)

O objetivo de Rynearson era manter a velocidade e a agilidade conhecida do jogo sem comprometer a segurança dos jogadores. Ele queria que a cadeira de rodas se tornasse uma extensão do corpo do atleta e tivesse a propulsão necessária, por isso adotou as cadeiras aprimoradas de Herbert Everest e Harry Jennings, que eram feitas a partir de aço de aeronaves e pesavam apenas 20 quilos

Na primavera de 1948, dois times de veteranos da Segunda Guerra Mundial do Hospital Halloran, em Staten Island, entraram em um Madison Square Garden, em Nova York, para jogar basquete em cadeiras de rodas para uma plateia de mais de 15 mil espectadores.

Aquele episódio deu início à nova modalidade do esporte e às Paraolimpíadas.

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