Saiba quais são as duas substâncias que nos fazem cair no sono rapidinho

18/04/2019 às 02:302 min de leitura

Tem gente que deita, fecha os olhos e dorme, como se isso fosse a coisa mais simples do mundo. Por outro lado, há quem simplesmente não consiga dormir com facilidade e, entre essas pessoas, um desejo comum é o de descobrir um botãozinho capaz de ativar o sono como um toque de mágica – bem... Talvez isso um dia seja possível.

Para que nosso cérebro nos dê o comando de finalmente dormir, é preciso que algumas alterações fisiológicas ocorram para que o “interruptor” do cérebro seja devidamente ativado. Uma pesquisa publicada recentemente no Nature revelou uma boa notícia: possivelmente estamos perto de descobrir como interferir nesses processos e ativar o interruptor do sono com sucesso.

O estudo em questão foi realizado com o cérebro de moscas da espécie Drosophila melanogaster. Esse tipo específico de inseto já foi estudado antes, e essas pesquisas anteriores revelaram que eles têm um aglomerado de neurônios em uma região cerebral cuja função é controlar a transição do estado de alerta para o de sono. Essa mesma função é também encontrada em muitos mamíferos, incluindo nós, seres humanos.

Como funciona?

Quem nunca?

Esses neurônios permanecem quietinhos enquanto estamos acordados, mas são ativados quando sentimos sono. Em estudos anteriores, pesquisadores já mostraram que é possível alterar artificialmente a atividade desses neurônios – na ocasião, essas moscas iam de alertas a sonolentas rapidamente. Ainda assim, não se sabe exatamente quais são os mecanismos que controlam essas atividades neurais em humanos.

Para tentar descobrir alguma pista nesse sentido, os pesquisadores liberaram dopamina nessa região cerebral dos insetos. A presença dessa substância fez com que os neurônios ficassem ativos e as moscas, por consequência, caíssem em sono profundo. Da forma contrária, quando a dopamina era totalmente retirada, as mosquinhas ficavam acordadas.

Boa notícia

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Outra coisa descoberta nessa pesquisa foi que o controle desses neurônios é feito por um canal de potássio, que regula o fluxo de íons de potássio nas membranas celulares para que a sua corrente possa ser alternada. Quando os neurônios do sono estão silenciosos, esses canais de potássio agem de modo a evitar o influxo de íons de potássio. Já quando a dopamina está presente, esse canal de potássio migra e se instala na membrana neuronal, permitindo que os íons de potássio cruzem sua barreira e ativem a função neuronal que nos deixa com sono.

Por enquanto, essas conclusões nos mostram que tanto a dopamina quanto o potássio têm um papel fundamental em termos de sono. Descobrir outros mecanismos relacionados com o “interruptor” que nos faz acordar e dormir pode, futuramente, ajudar insones de todo o mundo a não enxergar mais a hora de dormir como um grande pesadelo.

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