10 crenças sobre a alma espalhadas pelo mundo

07/01/2015 às 08:454 min de leitura

Ela tem um significado diferente de acordo com cada cultura, religião ou crença, ciência, enfim, cada pessoa pensa na alma de uma forma distinta. De qualquer forma, ela é assunto para debate sempre que é citada: para onde a alma vai quando morremos? O que acontece com ela: simplesmente termina ou tem uma continuação?

A alma é o que nos dá ânimo para viver; é o que nos faz sermos únicos e diferentes uns dos outros; é a forma como agimos, como pensamos a vida e o que fazemos de bom para outras pessoas. Aqui, vamos mostrar 10 crenças sobre a alma espalhadas pelo mundo, pelas religiões, pelo tempo... E você? No que acredita?

A morte da alma

Na Grécia Antiga, as pessoas acreditavam que, quando uma pessoa morre, sua alma também deixa de viver. Para eles, corpo e espírito é um só e após o falecimento, a pessoa vira um nada, já que sua alma também vai embora. Era nisso também que Homero acreditava, já que retratou isso várias vezes em seus poemas.

Neles, os personagens não viam nada de reconfortante em morrer e ir para um lugar melhor. Então, eles arriscavam suas vidas em campos de batalha, desistindo de toda sua essência, em nome de sacrifícios impressionantes e heroicos, já sabendo que, caso morressem, nada restaria, a alma também iria embora.

Cortando a cabeça

Você sabe por que a Bíblia tem a decapitação como um dos piores dos crimes? Isso tem a ver com a crença que se tem sobre a alma. De acordo com os egípcios, a alma vive na cabeça e essa forma de morte a destrói completamente. Por isso podemos ver a decapitação ao longo da história, principalmente com o uso da guilhotina.

A lei rabínica reserva a decapitação como punição para os crimes mais graves, como assassinato e idolatria. Mais tarde, virou tradição que as cabeças fossem enterradas longe dos corpos e bem distante dos criminosos de outras maneiras, uma vez que, se a cabeça fosse cortada, ele não era digno de ficar ao lado de ninguém, nem de outros como ele.

Uma ideia muito antiga

Será que as pessoas já pensavam sobre a alma há muito tempo atrás? Será que essa preocupação já existia a milhares de anos? Os arqueólogos da Universidade de Chicago comprovaram que sim. Eles descobriram, na Turquia, um memorial feito de pedra que data de 3 mil anos atrás, talvez até remetendo ao século 8 a.C.

O dono do objeto, um homem chamado Kuttamuwa, fez um pedido escrito para que todos celebrassem sua vida mortal e a sua alma, que passaria a viver dentro do monumento desde o seu enterro. O mais estranho disso tudo é que as pessoas daquela região costumavam acreditar que a alma permanecia junto aos ossos após a morte.

Os zumbis têm almas?

Note que estamos falando sobre os zumbis do vodu, e não daqueles mortos-vivos dos filmes de terror, que logo aprendemos que não tem uma alma, realmente. Esses dois tipos são bem diferentes um do outro. Vamos começar pelo significado da palavra zumbi, que vem de "nzambi", que quer dizer... "alma"!

Quando uma pessoa morre, seu corpo e sua alma se separam. Se ela morre de forma traumática, inesperada, o Boko — uma espécie de feiticeiro — toma a sua alma. Uma vez feito isso, ele captura também o corpo, fazendo renascer a matéria com a intenção de realizar coisas malignas. Ou seja, um zumbi só é um deles porque tem uma alma.

A Alma do Mundo

Você acreditaria se te dissessem que o mundo tem uma alma e existe uma conexão entre ela e todas as coisas vivas, uma ligação permanente entre as almas e a natureza? Era nisso que filósofos gregos (como Platão), a Renascença e várias religiões acreditavam há muitos anos. Essa teoria recebeu o nome de anima mundi.

Mais tarde, o cristianismo separou tudo o que é mundano e espiritual, mas algumas pessoas continuavam a acreditar na alma do mundo, que tinha como símbolo um ovo cósmico, uma divisão entre a antiga religião, mitologia e filosofia. Algumas pessoas acreditam que vem daí a prática de dar ovos de Páscoa, antes mesmo do simbolismo criado pelo cristianismo.

A busca pela melhoria da alma através da alquimia

Levando em consideração que a alquimia é a ciência da transformação e que todas as almas estavam conectadas a um bem maior — a anima mundi —, os alquimistas queriam criar algo que pudesse transformar a própria alma para canalizar e mudar o mundo ao redor. Não só a mudança do corpo, mas também a mudança do interior.

Essa teoria afirmava que devemos plantar sementes na alma e, assim como a natureza cultiva o que é plantado em sua terra, devemos imitá-la e abraçar o nosso espírito, orientando o crescimento de tudo o que desejamos. Só assim é que podemos mudar as coisas ao nosso redor, aprendendo a encontrar e cultivar a alma corretamente.

Atchim!

Midrash — um grupo de ensinamentos baseados no Torá — afirmava que, quando alguém espirrava, sua alma estava deixando seu corpo. Ele explica que Jacob orou para que sua alma fosse mantida depois de um espirro e recebeu autorização. Então, é por isso que digamos "saúde" depois que alguém espirra, para manter sua alma em seu corpo.

Porém, de acordo com os mesmos ensinamentos, espirrar é uma coisa boa, já que é sinal de que a oração da pessoa foi ouvida e autorizada. A sensação de alívio que o corpo sente é um reflexo do que a alma está sentindo. Uma crença polinésia também diz que o espirro é um sinal não de que a alma está saindo, mas voltando de onde quer que ela esteja vagando.

613 canais da alma judaica

Assim como acontece no budismo, a teologia judaica também ensina que cada alma atravessa uma reencarnação. A Kabbalah nos ensina que existem 613 canais diferentes dentro da alma, cada uma eles associado com os membros e os vasos sanguíneos. Portanto, cada atitude que o corpo toma é uma forma de purificar a alma, assim como o oposto também pode acontecer.

A alma só pode ser elevada quando todos esses canais estiverem inteiramente purificados através de pensamentos puros, ações e palavras. Em um processo chamado kaneshamot giligul, a alma renasce várias vezes até que todos os canais atinjam o estado de pureza. Todo esse processo é uma reparação pelos pecados cometidos nessa vida.

A caça às cabeças

Após trabalhar com indígenas, o missionário holandês Albert Kruyt pode consolidar a sua teoria, afirmando que algumas tribos guardavam as cabeças de seus inimigos não como uma forma de troféu, mas para poder aprisionar a alma do morto que ficava presa nela. Com isso, a vila se tornava mais fértil e as culturas mais saudáveis e produtivas.

Se uma aldeia não tivesse almas guardadas dentro das cabeças, as plantações iriam morrer, os moradores ficariam doentes e a própria comunidade entraria em declínio. Antropólogos que estudam diferentes culturas não conseguiram encontrar um conceito que pudesse justificar essa ligação da guarda da cabeça com a fertilidade e prosperidade.

Os animais têm alma?

Essa é uma questão bastante complexa e que costuma causar bastante debate. O Papa Bento XVI afirmou claramente que os animais não têm alma, atiçando a ira de pessoas no mundo inteiro, inclusive entre os católicos. Já o Papa Francisco diz que os bichos não só têm uma alma como também vão para o céu como qualquer ser humano.

Então, se os animais têm alma, por que não devemos tratar todos eles da mesma forma? Melhor, por que não tratá-los da mesma forma que lidamos com qualquer pessoa? E, claro, isso vale também para os animais que comemos. É uma pergunta que deve ser pensada e debatida com respeito. E você, o que acha sobre isso?

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