Enxaqueca: como ela pode afetar seu cérebro?

21/01/2022 às 11:002 min de leitura

Apenas no Brasil, mais de 2 milhões de novos casos de enxaqueca são registrados anualmente. Até alguns anos atrás, a percepção médica era de que essa condição tinha como causa a dilatação e contração dos vasos sanguíneos na superfície do cérebro, processo que seria responsável pelas sensações de idas e vindas da dor.

No entanto, com base em estudos mais aprofundados sobre a doença, essa percepção mudou. Por exemplo, hoje sabemos que a enxaqueca é a fase final de um complexo processo que afeta as vias nervosas do cérebro.

Por isso, os pesquisadores que se dedicam a estudar essa enfermidade a consideram mais como uma questão neurológica do que vascular, como era antigamente. Ainda falta muito para sabermos exatamente quais são todos os aspectos envolvidos no problema, mas o que já se sabe até agora permite um melhor gerenciamento das crises.

(Fonte: Ron Lach/ Pexels/ Reprodução)(Fonte: Ron Lach/ Pexels/ Reprodução)

O problema está nos gatilhos

Analisando pessoas que sofrem de enxaqueca, ao longo das últimas décadas os cientistas conseguiram identificar uma série de gatilhos relacionados à condição. A lista é longa, mas entre os principais temos:

  • álcool — o principal culpado é o vinho tinto, mas outras bebidas não ficam de fora;
  • mudanças climáticas — aumento da temperatura e até pequenas diminuições na pressão barométrica;
  • uso de telas — a má postura associada à luz intensa e brilhante das telas de computadores;
  • desidratação — a falta de líquidos no organismo diminui o volume de sangue, o que contribui para reduzir também o seu fluxo para o cérebro, então a perda de eletrólitos também pode estar relacionada com a enxaqueca;
  • cafeína — aqui o problema pode ser tanto a cafeína quanto a falta dela. Por isso, é recomendado às pessoas que sofrem de enxaqueca não oscilarem muito no consumo de café.

Outros gatilhos relacionados a essa condição são os altos níveis de estresse, condições hormonais, condições biológicas, exposição a cheiros, luzes cintilantes ou brilhantes e até alterações no padrão de sono.

Por falar em gatilhos, se você pensa que tem enxaqueca, é importante manter um registro daqueles que despertam as crises. Assim, quando for consultar o médico, ele poderá desenvolver abordagens melhores para ajudar você a gerenciar o seu caso; além disso, você mesmo poderá ficar mais atento para evitá-los.

O cérebro com enxaqueca

Uma vez que a enxaqueca é despertada, o cérebro começa a liberar compostos químicos chamados neuropeptídios. Entre eles estão a noradrenalina e a serotonina. O problema é que, ao serem liberados, eles conseguem viajar até as meninges — camada externa do cérebro — e então se inicia um processo de inchaço e inflamação dos vasos sanguíneos.

(Fonte: MART PRODUCTION/ Pexels/ Reprodução)(Fonte: MART PRODUCTION/ Pexels/ Reprodução)

A dor da enxaqueca que tem início com a ativação dos neurônios que envolvem o tronco cerebral tende a mudar após um período que varia entre 1 e 2 horas. Depois, a dor passa para uma 2ª fase; nesta, a situação fica pior, pois o sistema nervoso central, além de estar envolvido apresenta um alto nível de sensibilidade.

Sendo assim, caso você consiga tomar alguma medicação para aliviar a dor antes dessa segunda fase, há mais chances de interromper o processo de dor, mas, a partir do momento em que ela avança para o sistema nervoso central, os remédios tendem a se tornar menos eficientes.

E, claro, sem tratamento e acompanhamento médico adequado, gerenciar as crises de enxaqueca se torna algo extremamente difícil. Apenas para citar um exemplo, ela pode durar até 72 horas antes que seu sistema nervoso relaxe e seu cérebro volte a funcionar como antes da dor.

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