O que faz com que os homens procurem a prostituição?

09/11/2011 às 13:492 min de leitura

Os homens recorrem à prostituição com muito mais frequência do que as mulheres porque, segundo os próprios, eles sabem distinguir amor e sexo. Essa revelação veio a partir de estudo realizado na Universidade de Vigo, que levou dois anos sondando o comportamento de homens que contratavam prostitutas.

Além disso, a pesquisa revelou o perfil dos homens que procuram esse tipo de serviço e descobriu que o que eles valorizam no serviço pago é o fato de não precisar conquistar a mulher, nem dar satisfações depois. A maioria dos voluntários afirmou que seria ótimo ser pago para praticar sexo e, ainda, mais de 90% dos entrevistados disseram que consideram as relações sexuais pagas uma necessidade.

Ao analisar o perfil dos usuários da prostituição, os pesquisadores identificaram que 80% deles têm entre 30 e 40 anos e possuem uma relação familiar estável, seja ela um namoro ou um casamento. Eles declararam também que, na hora de escolher uma parceira, procuram mulheres que sejam complemente diferentes de suas namoradas ou esposas.

Hoje, a prostituição é o terceiro “negócio” mais rentável do mundo, de acordo com as estatísticas divulgadas pelas Nações Unidas. Esse alto número revela uma profunda mudança social que vem ocorrendo nos últimos 30 anos. Segundo a socióloga Silvia Pérez Freire, uma das autoras do estudo, em entrevista à BBC Brasil, estamos substituindo o modelo social patriarcal, no qual o homem tem um papel de protetor e provedor da família, por um modelo falocêntrico, onde o homem se afirma por suas conquistas sexuais.

Mudança de paradigmas



Esse novo padrão social motiva os homens a procurar a prostituição, já que essa é uma das maneiras de satisfazer o desejo masculino de afirmar seu papel dominante na sociedade. Essa busca pela autoafirmação faz com que eles considerem o recurso da prostituição como uma necessidade social.

Nesse sentido, a pesquisa também revelou que muitos homens vão juntos a boates e prostíbulos, pois consideram esse um evento social tão comum quanto um jantar de negócios, por exemplo. Um reflexo desse pensamento é o fato de que eles pagam pelos serviços contratados com os cartões de créditos corporativos das empresas em que trabalham.

A socióloga Águeda Gómez Suarez, coautora do estudo, também nos chama atenção para a cumplicidade que existe em torno da prostituição. Os usuários não questionam nada, tampouco as prostitutas e, assim se constitui um pacto implícito sobre o que é feito em um prostíbulo. Dessa maneira, o sexo pago se torna uma relação cômoda e, pelo suposto sigilo que se convenciona, acaba atraindo também políticos e pessoas influentes.

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