Como os chineses adivinham o sexo do bebê usando uma tabela?

Quem já passou por uma gestação sabe que diversas pessoas ficam curiosas para tentar descobrir o sexo do bebê, especialmente pai e mãe. Dentre os vários métodos existentes, um que vem ganhando cada vez mais popularidade é a "tabela chinesa da gravidez", que conta com uma taxa de acerto acima de 90% segundo os defensores do método.

Há diversas lendas na rede referente à origem desse sistema, muitas delas remetendo à Dinastia Qing (que durou de 1644 a 1912). Após ficar sumida, essa tabela voltou a ganhar popularidade na década de 1970 e a ser usada por diversos casais não apenas na Ásia, mas também em outras regiões do globo.

Como a tabela chinesa funciona?

É possível de fato prever o sexo de um bebê usando uma tabela?

O sistema usado pela tabela chinesa segue a lógica do calendário lunar, com algumas diferenças em relação ao calendário que usamos no Ocidente, o gregoriano. Esse método também considera duas informações importantes: a idade lunar da mãe (no calendário chinês) e o mês em que a concepção ocorreu.

A idade lunar da mãe, inclusive, é calculada somando um ano à data do registro habitual, exceto se mulher tenha nascido em janeiro ou fevereiro, caso em que o número é mantido como o original. O cruzamento dos dados permitiria estabelecer o sexo do bebê em desenvolvimento.

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O que diz a ciência sobre o assunto?  

Um estudo feito na Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, avaliou uma enorme base de dados com informações sobre mais de 2,8 milhões de nascimentos que ocorreram entre 1973 e 2006 na Suécia. Os cientistas então fizeram o cruzamento da idade lunar da mulher com o mês da concepção para estimar qual era o sexo dos bebês que nasceram.  

O resultado? A tabela chinesa teve uma eficácia de 50%, muito próxima ao grau de aleatoriedade das situações em que existem duas opções possíveis (menino ou menina).  

Para a ciência, tabela chinesa não é uma fonte confiável.

Já uma experiência parecida foi conduzida na Escola de Medicina da Universidade de Hanover, na Alemanha. Os especialistas analisaram 6,7 mil nascimentos, que ocorreram entre 2000 e 2006 na cidade. A conclusão dos alemães: não existe qualquer influência do ciclo lunar no momento do parto, em complicações na hora do nascimento ou no sexo do bebê. 

Por conta disso, a tabela chinesa pode funcionar como um passatempo e uma forma de diversão, mas o melhor caminho para saber o sexo do bebê são os exames de sexagem fetal e o ultrassom. O primeiro é feito com a amostra de sangue colhida da 8ª semana da gestação em diante, enquanto o segundo é feito por imagem. 

Caso queira verificar a tabela chinesa por conta própria, a equipe do Mais Abraços criou uma calculadora baseada neste método, e você pode acessá-la clicando aqui.