Por que vermelho e verde se tornaram as cores do Natal?

Sempre que um novo período natalino se aproxima, é bem comum encontrarmos enfeites variados nas portas e casas de diversas pessoas. Apesar de formatos e tamanhos diferentes, eles muitas vezes apresentam as cores verde e vermelha como algo em comum.

E aí, a pergunta que fica no ar é: você já se perguntou alguma vez por que verde e vermelho acabaram se tornando cores tão predominantes para essa festa? Vamos apresentar algumas possibilidades para isso nas linhas abaixo.

1. Árvores do paraíso

Macieira do livro bíblico do Gênesis pode ser uma das explicações para termos vermelho e verde no Natal.

Essa aqui teria uma ligação com a Bíblia, mais precisamente a história de Adão e Eva presente no livro do Gênesis, que fala sobre a criação do mundo. Nele, um dos pontos centrais é a árvore do fruto proibido, que comumente entende-se como sendo a maçã.

Essa era uma história muito interpretada na véspera do Natal durante a Idade Média, e um dos elementos principais do cenário era a tão falada árvore com o fruto vermelho. Porém, havia um problema: as macieiras não costumavam ficar tão verdes nesse período, por isso havia a necessidade de encontrar uma substituta para as apresentações.

"Você não podia usar uma macieira, porque as macieiras não estavam no período propício para gerar as frutas, e as próprias árvores não eram apresentáveis. Dessa forma, utilizavam uma árvore sempre verde, como um pinheiro, e depois o decoravam com as maçãs", explicou David Landry, professor de estudo religioso da University of St. Thomas, ao site CBS News.

2. Azevinhas

Azevinhas trazem as cores vermelha e verde, e são capazes de continuar crescendo mesmo no inverno. (Fonte: GettyImages/Reprodução)

Outra possibilidade para termos vermelho e verde como cores tão marcantes para o Natal são as azevinhas. Segundo estudos feitos pelo professor Bruce David Forbes, os povos do período medieval da Europa buscavam uma forma de festejar durante o inverno, mas com alguns elementos que fossem marcantes e representassem vida.

Pelo fato de o inverno acabar atrapalhando a produção de muitas frutas ou mesmo no crescimento de algumas árvores, era preciso encontrar algo que se mantivesse vivo mesmo em baixas temperaturas. A solução para isso foi usar as azevinhas, que mantêm as folhas verdes e os frutos vermelhos mesmo em condições mais adversas.

3. Coro alto das igrejas

Coro alto de uma igreja inglesa pintado nas cores vermelha e verde. (Fonte: Mental Floss/Reprodução)

Essa aqui precisa de um pouco mais de explicação, mas faremos de uma forma prática para a sua compreensão.

O coro alto da igreja era uma parte separada, onde geralmente membros do alto clero ou monges podiam se reunir para assistir às missas sem contato com o restante do povo. Entre os séculos XV e XVII, essas áreas recebiam tratamento especial com algumas pinturas que geralmente usavam uma cor entre duas opções: azul e verde, ou dourado e vermelho.

Uma das combinações mais comuns era a do verde com o vermelho, e algumas das igrejas da Inglaterra inclusive mantiveram esse padrão por um bom tempo. Esse costume acabou se perdendo, voltando a popularizar quando os vitorianos começaram a restaurar essas artes e adotar o padrão para indicar o fim de um ano e o começo do próximo — o que é bem próximo do Natal.