Estilo de vida
16/12/2022 às 02:00•3 min de leitura
O Natal é uma das melhores épocas do ano. E se engana quem pensa que ele se resume às trocas de presentes, uma árvore enfeitada, Papai Noel, uma ceia farta e, no caso do Brasil, da cantora Simone fazendo uma versão tupiniquim de uma canção de John Lennon e Yoko Ono. É tempo de muitas tradições intimamente ligadas com o período.
Claro que, ao falarmos de tradição, não estamos dizendo que todas as pessoas as praticam, mas que elas são aceitas como parte da celebração do Natal. Selecionamos as que consideramos mais conhecidas e fomos atrás de suas origens. Tem bastante curiosidade aqui para você contar durante sua ceia natalina. Confira.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O termo em inglês é eggnog, cuja origem ainda é tema de debate entre historiadores. O que se sabe é que o termo gemada foi encontrado em um artigo, pela primeira vez, em um poema do clérigo e filólogo Jonathan Boucher, no distante ano de 1775, no século XVIII, texto que só foi publicado cerca de 30 anos após sua morte
A gemada, segundo o consenso atual, teria origem em uma bebida britânica medieval conhecida como posset. Seus ingredientes eram leite quente coalhado com vinho ou cerveja, temperada com especiarias.
A bebida veio para os Estados Unidos com os colonos durante o século XVIII, mas só foi difundido entre a população local quando o conhaque e o vinho, usados na gemada, foram substituídos pelo rum, muito mais econômico.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Nativa do nordeste da África, a mirra se tornou um símbolo do Natal por conta do cristianismo. A mirra foi uma oferta do rei mago Baltazar a Jesus Cristo quando de seu nascimento. Pela leitura bíblica, presentear Jesus com mirra era uma maneira de reverenciar alguém importante como se ele fosse um deus, já que, à época, era considerada tão valiosa quanto o ouro.
A mirra é uma árvore com espinhos, que pode atingir a altura de até 5 metros. Suas flores são da cor vermelho-amarelo, enquanto seus frutos são pontiagudos. Chama a atenção que ela era, geralmente, utilizada para preparar os corpos para sepultamento.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A ligação entre o visco e o Natal é bastante curiosa, já sua origem está ligada ao Reino Unido, principalmente, mas também a outros países do norte da Europa. Ela é uma planta parasita, cujo período mais rico é, justamente, durante o inverno do hemisfério norte, momento em que celebramos a data natalina.
Conta a história que seu simbolismo remonta às civilizações grega e romana, que a usavam como planta medicinal, associada à vitalidade e fertilidade. A maneira como, na Inglaterra, tornou-se tradição de ser dado um beijo sob ela é incerta, mas já era popular no século XVIII. A recusa no ato é considerado um sinal de grande azar.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A maioria das pessoas que consome carne tem o hábito de comer peru na ceia de Natal. O que nem todo mundo sabe é que essa tradição é bastante recente. Na Europa, durante a Idade Média, por exemplo, comia-se cabeça de javali. Originário das Américas, foi domesticado há cerca de mil anos, na região que compreende o atual território do México.
Sua associação com o período começou a ganhar contornos quando um inglês partiu com seis unidades do animal rumo à Europa, no século XVI. O sucesso do animal fez com que o Rei Henrique VIII torna-se o peru seu prato das ceias de Natal.
Com os passar dos anos, a escassez de carne de ganso, mais comum entre os europeus, fez o peru se popularizar. Ajudou, ainda, o fato de que a ave ficava no período de abate próximo ao Dia de Ação de Graças, nos Estados Unidos. Inclusive, acredita-se que o hábito tenha chegado ao nosso país por influência da tradição norte-americana.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Ainda que ela também seja vista por aqui, a guirlanda é um enfeito de porta muito comum no período natalino no hemisfério norte. Feita de galhos secos, folhagens, flores e pedrarias, costumam ser circulares, mas podem ter outros formatos, bem como diferentes adornos.
Segundo historiadores, a tradição surgiu em Roma, usada como um presente que simbolizava saúde. Pela tradição, são confeccionadas quatro semanas antes do Natal, e uma vela deve ser acessa a cada domingo, para que a casa receba bençãos.