Estilo de vida
26/07/2022 às 13:00•2 min de leitura
A vida durante o Império Romano não era exatamente como muitos historiadores a retrataram em seus relatos. É bem comum que tenhamos contato com histórias sobre os grandes nomes dessa época, como Cícero, Calígula, Nero e Augusto, mas o fato é que a mera vida cotidiana dos romanos já era bem interessante por si mesma.
Quer uns exemplos? Algumas das atividades que conhecemos hoje eram bem diferentes nos tempos de Roma antiga. Era o caso dos funerais. Diferente de como tendemos a nos comportar quando vamos em um, os romanos não priorizaram a sobriedade ou o recato na hora de louvar seus mortos. Se ninguém chorasse o defunto, era um claro sinal de desprestígio. Por isso, os romanos contratavam carpideiras profissionais para chorar nos velórios de seus parentes.
Inclusive, havia uma espécie de "performance" especial feita por esses profissionais do choro - que geralmente eram mulheres. Para convencer que realmente estavam tristes, as carpideiras muitas vezes arrancavam os cabelos, sujavam as roupas e coçavam o rosto até sair sangue.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Outra questão bastante curiosa da cultura romana era que eles louvavam um deus chamado Fascinus, cuja representação era um falo divino voador que o poder de restaurar a masculinidade. Sua imagem envolvia um membro ereto e dois testículos com asas - para que, dessa forma, o deus pudesse jorrar suas bênçãos sobre os mortais. Os adoradores de Fascinus carregavam sua imagem como pingentes em torno do pescoço — mais ou menos como os cristãos fazem com a cruz de Cristo.
Acreditava-se também que Fascinus poderia engravidar mulheres. A donzela mais famosa que teria sido engravidada por ele foi Ocrísia, mãe do rei Sérvio Túlio. Segundo a lenda, Ocrísia era uma mulher virgem que foi visitada pelo deus alado e ficou grávida. Ela acabou por se casar por Túlio, filho do rei, e deu à luz o herdeiro da monarquia.
(Fonte: Aventuras na História)
Os romanos também tinham alguns hábitos para conservar a higiene e a saúde que hoje seriam considerados simplesmente nojentos. Por exemplo, eles usavam urina para clarear os dentes e para fazer limpezas em geral (o princípio era se beneficiar da amônia presente na secreção humana). Até as roupas eram lavadas na urina — processo que era normalmente executado pelos escravos.
Além disso, eles cultuavam os gladiadores, embora eles fossem bastante mal-tratados, já que treinavam sob condições péssimas. Mas o fato é que a sociedade romana os considerava como um misto entre atletas de primeira linha e estrelas do rock.
Por conta desse culto, alguns fluidos corporais dos gladiadores eram comercializados. Mulheres romanas ricas pagavam bastante dinheiro para receber o suor e a sujeira saída de seus corpos, que eram armazenados em pequenos frascos.
Outro elemento importante desta importância dada aos gladiadores é que até o seu sangue era aproveitado. Algumas pessoas misturavam seu suor a cremes faciais e perfumes, mas algumas mulheres aplicavam seu sangue sobre suas joias, pentes, perucas e outros utensílios de beleza. O sangue, inclusive, era bebido puro ou misturado com vinho, já que se acreditava que tinha propriedades afrodisíacas.
(Fonte: Getty Images)
Se todas estas informações pareceram no mínimo inusitadas, saiba que os romanos chegaram a desenvolver banheiros que armazenavam e descarregavam resíduos. Algumas cidades gregas tinham inclusive banheiros públicos com grandes salas com bancos, conectados a um sistema de drenagem.
Estes banheiros eram coletivos e não tinham cabines privadas. Todas as pessoas, independente do sexo, faziam suas necessidades na frente dos outros. Para se limpar, usavam esponjas reutilizáveis. No mínimo, eram hábitos bem nojentos.